Por Ricardo Miranda, no site Os Divergentes:
Numa eleição como essa, existe o lado certo, o lado errado – sobre isso, podemos até debater – e existe o lado impensável. “O horror, o horror”, descreveu o assombroso Marlon Brando, na pele do Coronel Kurtz, no clássico “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola. O horror, para mim – discorda? entre na fila – chama-se hoje Jair Bolsonaro, o candidato-napalm. Se descartarmos todos os aspectos abjetos do pensamento e obra deste capitão-deputado, que nunca fez nada de bom no parlamento a não ser destilar seu ódio, seu preconceito, seus recalques e seus limites éticos, ainda assim restaria um elemento que, isolado, já seria suficiente para que qualquer pessoa com bom senso descartasse votar nele. Bolsonaro não só defende a tortura, uma das formas mais degradantes e desumanas de humilhação e extermínio de outro ser humano, ele a venera. Bolsonaro é a evidência de que existem pessoas más, e de que existem pessoas más capazes de votar em pessoas más. Simples assim.


















