sábado, 18 de agosto de 2018

O 'Estadão' e a tigrada da direita

Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:

Deparei com este editorial do ínclito Estadão, abaixo copiado, e chamou-me a atenção o vocabulário empregado para caracterizar os petistas e seus “escárnios à democracia”: “caterva”, “tigrada”, “meliante”, “tropa”, “campanha internacional de difamação”, “inexplicável ajuda do New York Times”, “demiurgo de Garanhuns”, “vigarice”, “seita”, “violentar”, “chicanas”, “embuste”…

Algumas me chamaram a atenção em especial: “tigrada” - termo inicialmente reservado aos policiais torturadores da ditadura de 64, que o Estadão tanto apoiou, aliás, conspirou para que fosse instalada; “campanha internacional de difamação” - lembrou-me também os tempos de 64, quando quem denunciava no exterior as torturas brasileiras era acusado de “denegrir (sic) a imagem do país”; por fim, “seita”, pela razão que explico abaixo.

Brasil golpeia também o direito internacional

Por Jeferson Miola, em em seu blog:

A decisão da ditadura brasileira de descumprir a decisão liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU que garante a candidatura do Lula na eleição presidencial deste ano converte o Brasil em Estado-pária, como corretamente declarou o ex-chanceler Celso Amorim.

Os 3 poderes de Estado – o executivo e judiciário, com obrigações materiais diretas na concretização da decisão da ONU; e o legislativo, com atribuições complementares na garantia do exercício da soberania popular – estarão sendo cúmplices no crime de desobediência à legislação internacional e de golpe ao Estado de Direito internacional caso não cumpram suas responsabilidades de Estado e não determinem o imediato direito do Lula votar e ser votado.

Bolsonaro toma pito no debate da RedeTV!

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O melhor momento do modorrento debate da RedeTV, na verdade o único digno de nota, foi o passa moleque de Marina Silva em Jair Bolsonaro.

No centro do pequeno palco onde não acontecia nada, Marina, com o dedo em riste, criticou as posições do deputado sobre o tratamento desigual entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

Acoelhado, Bolsonaro respondeu “acusando” Marina de, evangélica, propor um plebiscito sobre o aborto e a “maconha”, lamentando o “sofrimento” das mães com filhos drogados.

Os três poderes e a desarmonia

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Jamais em nossa curta história republicana os poderes que nos regem – Legislativo, Executivo e Judiciário – estiveram, como presentemente, de forma irmanada e coletiva, tão na contramão dos interesses do país e de seu povo, abrindo espaço, na medida em que se desmoralizam e perdem o respeito da sociedade, para a ofensiva reacionária que se espalha país afora.

A disfunção do sistema se confunde no olhar das grandes massas com a própria disfunção da democracia, levando nossa classe dominante a uma vez mais estimular perigosos arroubos totalitários, por enquanto tênues: os grandes rios nascem pequenos.

A ONU e o Brasil como pária internacional

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“Não há opção. Se o Brasil não cumprir, está se colocando como um pária internacional. Só lembro do Paquistão, e outro país que não vou mencionar, governado pelo Talibã, que se recusou (a cumprir decisão similar)”, disse o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim. “O Brasil tem duas opções: cumprir ou ser um pária internacional.”

O plano trabalhista de Jair Bolsonaro

Do site da Agência Sindical:

As 113 palavras do Plano de Governo do candidato presidencial do PSL, englobadas num catatau de 4.583 palavras, são poucas, mas suficientes para desagradar o conjunto do movimento sindical.

Além de inventar uma “carteira” destinada a trabalhadores precários e de segunda classe, o plano de Jair Bolsonaro acaba com a categoria profissional, uma vez que o trabalhador “poderá escolher” o seu Sindicato. Portanto, dispersa e desagrega.

O novo paradigma autoritário

Por Pedro Estevam Serrano, no site Jornalistas Livres:

Estado Democrático de Direito

Após as revoluções liberais ou burguesas – inglesa, francesa e americana –, podemos observar que o Estado moderno passou a existir sob duas configurações básicas: Estado Democrático de Direito – no qual as decisões políticas são adotadas por maioria, garantindo-se os direitos contramajoritários, e em que os direitos são estabelecidos não apenas no plano político, mas também no plano jurídico, principalmente no período pós-guerra, quando se adotaram constituições rígidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 – e Estado de exceção.

Com apoio de Lula, Haddad já chega a 15%

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Condenar e prender Lula pode não alcançar o objetivo dos golpistas de impedir o PT de chegar à presidência da República pela quinta vez seguida.

Segundo a nova pesquisa XP/Ipespe, em que Fernando Haddad chega a 15% e está tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro, que tem 21%, no limite da margem de erro de três pontos, no primeiro e segundo turnos, todo o esforço do esquema Lava- Jato-Mídia-Mercado pode ter sido em vão.

A Lava-Jato na campanha eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A Operação Lava Jato, mais uma vez, entrou na campanha eleitoral, por ora tendo como alvo apenas o ex-presidente Lula, mas outros candidatos podem ser alvejados.

A primeira intervenção eleitoral da operação foi na campanha de 2014, ano de seu nascimento, com o vazamento da delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, incriminando políticos do PT e de outros partidos.

O impacto da novidade (que depois se banalizaria) foi grande, mas não impediu a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.

A reportagem da revista Época sobre a EBC

Do site do FNDC:

A revista Época, semanário das Organizações Globo, elegeu como alvo de seu ataque na edição desta semana a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “O mico da TV Pública - Como os governos Lula, Dilma e Temer torraram R$ 6 bilhões no devaneio de criar a BBC brasileira” é a manchete de capa da revista que traz um editorial cobrando quais as propostas dos candidatos para o futuro da EBC e uma reportagem que tenta sustentar com dados e entrevistas a manchete com cara de furo de reportagem.


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Filha de Serra fará doação para Alckmin?

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (15), o Jornal Nacional da TV Globo, que sempre blindou os tucanos de alta plumagem, disparou o torpedo. A reportagem exibiu documentos enviados ao Brasil pelo governo da Suíça que reforçariam as suspeitas de caixa dois na campanha de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2006. Um deles é um e-mail, de novembro de 2007, no qual a filha do atual senador, Verônica Serra, autoriza a substituição do administrador de uma conta do banco suíço Arner. A conta, chamada de Firenze 3026, seria da empresa offshore Dormunt International Inc, do Panamá. De acordo com o Jornal Nacional, a herdeira do grão-tucano teria recebido uma procuração para gerenciar os recursos.

A decisão da ONU sobre candidatura de Lula

Banco prevê 2º turno com Bolsonaro x PT

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Hoje, a maior probabilidade é de que o ex-capitão do Exército enfrente o candidato do PT (Lula ou Haddad), no segundo turno. Essa é a previsão de um dos maiores bancos de varejo brasileiros! Foi obtida com exclusividade pelo blogueiro, junto a uma fonte que participou da reunião reservada. Alckmin, segundo os donos da grana, tem chances remotas de avançar. Eleição ocorrerá sob o signo "anti-sistema" – e Lula preso e perseguido só ajuda o PT no imaginário social.

A reunião aconteceu em São Paulo, na última quinta-feira (16/agosto). Foi um encontro pequeno, típico da gente de mercado: apenas doze pessoas do “board” (é o termo que se usa entre a turma da grana) de uma grande empresa europeia – que acaba de adquirir participação em empresa subsidiária de um dos maiores bancos privados do Brasil.

O analfabetismo político funcional

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O nível de conflagração política no país tem gerado uma falsa ideia de que há uma divisão racional entre diferentes visões de mundo. O Brasil não está dividido entre esquerda e direita, com suas ponderações que incorporam o centro como agente suavizante, de um lado ou de outro. O que se observa, na troca de ódios que alimenta o dia a dia da nação, é uma regressão ao nível da irracionalidade.

Eleição: guerra aberta, caos e surrealismo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Há duas guerras abertas no início desta campanha eleitoral.

Uma delas se arrasta há alguns bons anos: a máquina de moer gente composta pelo oligopólio midiático e pelo Judiciário/MP versus Lula e o PT.

Abundam, nos últimos dias, manchetes, matérias e colunas na grande mídia destinadas a achincalhar a candidatura de Lula, cujo registro foi consumado ontem.

Miriam Leitão, por exemplo, usa argumentos positivamente ridículos para criticar o artigo de Lula no New York Times. Vou citar apenas um deles. Lula escreveu que foi condenado com base no depoimento de uma testemunha. Miriam diz que não foi uma, mas várias. Eu conto ou vocês contam para a Miriam que palavra de testemunha – quantas forem – desacompanhadas de provas não valem – ou não deveriam valer – nada em um processo penal no mundo civilizado?

Dupla Temer-Alckmin provoca queda do PIB

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

No dia de ontem, enquanto os despachantes do PSDB registravam o “programa de governo” de apenas três páginas de Geraldo Alckmin – certamente o mais medíocre programa de um candidato à presidência da República desde 1989 - o Banco Central, comandado pelo aliado Ilan Goldfajn, informava que de acordo com seu indicador antecedente (IBC-Br) o PIB do país caiu 1% no segundo trimestre do presente ano.

Eleições 2018: O jogo está feito

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

As peças principais foram colocadas no tabuleiro e daqui a dois meses saberemos quem foi mais habilidoso na montagem de sua estratégia. Na etapa que terminou, há pouca dúvida de que o grande vencedor foi Lula.

Ganhou ao fazer com que o sentimento de esquerda, definido de forma ampla, tenha uma representação unificada, apesar de permanecerem as candidaturas de Guilherme Boulos, pelo PSOL, e do PSTU. As pesquisas mostram que a vasta maioria de seus eleitores não hesitaria em apoiar esse representante, mesmo ainda no primeiro turno, se percebesse que era preciso.

Eles só pensam no Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É um furor a corrida para ver quem é que ganha o “privilégio” de impugnar a candidatura Lula.

Está ficando interessante a composição da tropa de oportunistas que querem tirar uma “casquinha” do TSE para se promoverem como “aquele que tirou Lula das urnas., para ficar à frente.

Raquel Dodge não se constrangeu em seguir a “nau dos apressados” capitaneada por Kim Kataguiri e Alexandre Frota e, por fazer ontem uma representação às pressas, remendou-a hoje.

As propostas trabalhistas de "Bolsanaro"

Por João Guilherme Vargas Netto

As propostas trabalhista e sindical registradas pelo candidato "Bolsanaro" na Justiça Eleitoral e que fazem parte de seu programa de governo, totalmente submisso a Paulo Guedes, representante da bolsa, da banca e dos rentistas, são um ultraje à história de resistência e de organização dos trabalhadores. Merecem repulsa.

Reativando antigas propostas neoliberais e agravando ainda mais os efeitos danosos da lei trabalhista celerada compactuam com uma maior desorganização sindical e agridem de maneira letal a própria Constituição.

Carta aos companheiros em greve de fome

Por Pedro Tierra, no site Carta Maior:

"Ensinam lutas antigas que os poetas eram chamados a banhar com os unguentos da palavra a alma dos combatentes feridos. E distribuir sementes de fogo para acender e alumiar o coração dos que voltavam à frente de batalha.

Alguns poetas, ao longo da vida, se moveram no front e se confundiram entre homens e mulheres à luz das fogueiras dos acampamentos. Há quem diga que para isso servem os poemas: para acender as fogueiras dos acampamentos..." (*).