sábado, 20 de outubro de 2018

Edir Macedo tenta intimidar jornalistas

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept-Brasil:

A provável ascensão ao poder do extremista de direita Jair Bolsonaro já está gerando um clima no qual jornalistas que criticam a ele, ou ao seu movimento – incluindo jornalistas que reportam para The Intercept –, estão sendo expostos a uma campanha agressiva de investigações pessoais, tentativas de intimidações e escrutínios perniciosas de membros de nossas famílias.

Esses ataques estão sendo orquestrados pelos meios de comunicação de propriedade do pastor evangélico bilionário e afogado em escândalos, Edir Macedo, que agora é um defensor explícito de Bolsonaro. O vasto império de mídia de Macedo – que inclui a segunda maior emissora de TV do país (Record), portais online (R7) e outras agências de notícias – está sendo usado para punir e retaliar jornalistas pelo crime de denunciar criticamente Jair Bolsonaro, seu movimento e as empresas de Macedo.

É hora da campanha boca a boca

Aracaju, 20/10/18
Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

O poder econômico está onde sempre esteve: do lado oposto. Alunos e professores da Universidade de São Paulo resolveram fazer sua parte naquilo que consideram a mais efetiva ação para conquistar votos: a campanha boca a boca. Para organizarem os trabalhos, reuniram-se no auditório da Faculdade de Educação.

O professor José Sérgio Carvalho, da Faculdade de Educação da USP, leu o artigo “Lembrai-vos” do professor Flávio Brayner da Universidade Federal de Pernambuco:

Brasil é alvo da guerra híbrida

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“Há uma Guerra Híbrida muito intensa sendo travada no Brasil neste momento e afeta todas os aspectos da vida de cada cidadão. Ao longo dos últimos dois anos, agentes externos vêm tentando muito sutilmente condicionar a população para voltá-la contra o Partido dos Trabalhadores, usando instrumentos como a Operação Lava Jato, apoiada pela NSA [agência norte-americana de inteligência]”, afirma o analista político norte-americano Andre Korybko, autor de “Guerras Híbridas – Das Revoluções Coloridas aos Golpes”, recém-lançado no Brasil pela Expressão Popular.

Jornal Nacional se redime da vergonha

Por Gilberto Maringoni, no blog Diário do Centro do Mundo:

Correta, honesta e equilibrada. Assim podem ser classificados os quase oito minutos que o Jornal Nacional desta sexta (19) dedicou ao principal tema da agenda política desde ontem, o Zapgate (o nome, genial, foi divulgado por Isabel Lustosa).

Provavelmente não se trata de opção política, mas da rendição a uma evidência jornalistica, que não pode ser ocultada depois que o próprio WhatsApp cancelou dezenas de milhares de contas suspeitas de spam e de fake news. O assunto inundou as redes e deixá-lo de lado implicaria sério risco à credibilidade do programa da Globo.

Dono da Havan insufla agressões a jornalista

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Associação Brasileira de Jornalismo investigativo, Abraji, soltou ontem à noite nota denunciando que Luciano Hang, dono das Lojas Havan e um dos acusados de estar financiando a onda de fake news pró-Jair Bolsonaro, ameaçou (e cumpriu a ameaça) de espalhar para sua rede de 56 mil seguidores (e sabe Deus quantos replicadores mais) o telefone do repórter Ricardo Galhardo, que  ligou para o empresário para ouvi-lo sobre a suspeita de que ele havia contratado envios de mensagens em massa.

“Quando perguntei sobre o assunto, ele me xingou, disse que iria ‘me f***er’ e que iria colocar meu telefone nas redes sociais”, relata o jornalista.

Como Haddad pode virar o jogo?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Ditadura não terminou: quando você não acerta suas contas com a história, a história te assombra” (Vladimir Safatle, filósofo, no jornal espanhol El País, que faz a melhor cobertura da eleição brasileira).

Entra dia, sai dia, e a campanha do segundo turno embarca na reta final na mesma pasmaceira, sem qualquer fato político novo que possa mudar o cenário consolidado a favor de Bolsonaro nas pesquisas, sem nenhum sinal de reação da campanha de Haddad.

As duas peles de Bolsonaro

Por João Roberto Martins, no site Carta Maior:

“Sou capitão do Exército, a minha especialidade é matar”, disse, com sua alegada sinceridade, o então deputado e pré-candidato à Presidência da República, a 29 de junho de 2017, em entrevista coletiva em Porto Alegre. A frase pode servir de atalho para ingressar em sua complexa personalidade.

Manifesto internacional contra o fascismo


Nós, mulheres e homens de várias partes do mundo comprometidos com a Democracia e os Direitos Humanos, expressamos o mais profundo repúdio ao candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, que disputa o segundo turno da eleição presidencial no Brasil no próximo 28 de outubro.

As posições que o candidato tem sustentado ao longo de sua vida pública e nesta campanha eleitoral são calcadas em valores xenófobos, racistas, misóginos e homofóbicos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Venezuela, por que Venezuela?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A fixação de Bolsonaro com a Venezuela obedece a vários objetivos: oferecer o Brasil como plataforma de lançamento terrestre para os Estados Unidos rumo ao óleo da bacia do Orinoco; fixar a ofensiva diplomática no eixo Bogotá-Brasília; dar ao fascista um inimigo externo.

O inimigo externo é essencial para todo regime fascista.

Assim Bolsonaro pode atacar os inimigos internos como traidores da Pátria, associados a interesses estrangeiros.

O alô de Temer ao novo regime

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Já ninguém se importa com Michel Temer, que acaba de ser indiciado, juntamente com a filha e o melhor amigo.

Enquanto estiver no cargo, nada lhe acontecerá.

A procuradora-geral Raquel Dodge não apresentará contra ele uma denúncia que a Câmara moribunda não votaria.

Em busca de alguma indulgência, Temer faz agrados ao regime que será implantado se Bolsonaro vencer.

Por exemplo, ao editar o Decreto 9.527, publicado ontem, criando uma “força-tarefa de inteligência para o enfrentamento ao crime organizado”.

Bolsonaro e o anúncio da tempestade

Por Gustavo Noronha, no site Brasil Debate:

Eles anunciaram a tempestade,
Trouxeram ventos de ódio,
E se imaginam invulneráveis
Porque acreditam que estamos sós…
Eles se enganam,
Caminhamos juntos,
Construímos o amor,
Carregamos o Sol
Que vai romper a tempestade
E dar vida ao arco-íris!


Em diversos artigos, neste espaço, alertamos sobre o processo de ascensão do fascismo, passo a passo, no Brasil. Os resultados do primeiro turno são indiscutíveis, o fascismo está aí como força política relevante no país, qualquer que seja o resultado do segundo turno. No dia 28 de outubro se definirá não exatamente a vitória em uma batalha, mas os termos em que será travada a guerra contra o fascismo no Brasil. As pesquisas iniciais do segundo turno apontam para uma larga vantagem para Jair Bolsonaro. Ainda que Fernando Haddad consiga uma virada, é praticamente impossível que o faça com larga margem.

Fraude de Bolsonaro contra Haddad dá cana!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ano passado, o STF decidiu que empresas não poderiam mais doar dinheiro para campanhas eleitorais. Hoje, só pessoa física pode doar até o limite de 10% de sua renda. Denúncia do jornal Folha de SP feita nesta 5ª feira, 18, porém, dá conta de que Bolsonaro vem zombando da lei ao ter sua guerra contra Haddad pelo Whats App financiada por empresas. Isso dá cana!

Pelo Twitter, na tarde de quinta-feira 18 de outubro, a colunista da Folha de São Paulo Mônica Bergamo comentou a bomba atômica que o jornal publicou em manchete de primeira página.



Brasil, a primeira ditadura militar eleita

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Após a restauração da democracia na América Latina, só houve caso semelhante na Bolívia, em 1997, quando o general Hugo Banzer, ditador entre 1971 e 1978, voltou ao poder pelas urnas. Em 1971, o então coronel Banzer havia encabeçado a quartelada que originou uma das ditaduras mais sangrentas da região, vitimando sobretudo indígenas, mas que foi apenas um dos quatro golpes que o país sofreu entre 1964 e 1982 – o penúltimo deles arrancou do poder o próprio Banzer.

Deixem falar o assessor de Pinochet!

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Passada a longa agonia da marcha das apurações de 7 de outubro, agora as forças democráticas devem voltar suas energias unitárias e agregadoras para evitar o desastre maior em nosso país. O caminho da civilização (ainda que meio capenga em sua versão tupiniquim) contra a barbárie declarada passa, sem sombra de dúvida, pela derrota eleitoral de Jair Bolsonaro no segundo turno.

Os casos de corrupção da família Bolsonaro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Duas escandalosas matérias da Folha demonstram o tamanho da hipocrisia do discurso de Bolsonaro – e de muitos dos seus eleitores.

A primeira é a notícia de que empresários bancam campanha contra o PT pelo Whatsapp.

São contratos de milhões de reais com empresas que disparam centenas de milhões de mensagens pelo aplicativo. A prática é contra a lei eleitoral, que proíbe doações empresariais para campanhas bem como doações não declaradas.

Globo rivaliza com TV Record no servilismo

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

A Globo da famiglia Marinho trava com a TV Record do charlatão religioso Edir Macedo uma disputa renhida pelo posto de órgão oficial de comunicação do regime nazi-bolsonarista.

A Record fez a primeira aposta no 4 de outubro, cedendo a Bolsonaro uma generosa entrevista em simultâneo ao debate entre os candidatos que acontecia na mesma noite e no mesmo horário na Globo – tudo com a complacência do TSE.

Hoje chegou a vez da Globo mostrar seu cacife, e a emissora não desperdiçou oportunidade de demonstrar seu profissionalismo e sofisticação semiótica.

As pistas do método 'Cambridge Analytica'

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A campanha do presidenciável da extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL), é uma guerrilha virtual. O Ministério Público investiga se há um “esquema industrial” e pago de disseminação de mentiras via internet, as fake news, o que é crime eleitoral. A Folha noticiou que empresários bolsonaristas pagam até 12 milhões de reais para difamar o PT via Whatsapp, o que também é crime, pois este ano está proibido o financiamento patronal de candidatos.

Crime eleitoral de Bolsonaro ficará impune?

Editorial do site Vermelho:

Não há como negar que as ações de campanha da extrema direita, pautadas por ilegalidades, violências e coações abusivas, afrontam os mais elementares princípios democráticos. A revelação, pela Folha de S. Paulo, de um esquema criminoso contratado por empresários que apoiam Jair Bolsonaro para atacar a chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila é apenas a ponta de um enorme iceberg, que precisa ser revelado na sua inteireza. Especialistas afirmaram que a fraude bolsonarista das notícias falsas nas redes sociais impacta o resultado das pesquisas eleitorais e, decisivamente, o resultado das votações.

É fraude, simplesmente fraude

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

Sim, meus amigos, o sr. Bolsonaro está à frente das intenções de voto com base na fraude.

Lendo os jornas, há cerca de 10 dias ficou para mim que a campanha de Bolsonaro estava apoiada no uso profissional das redes sociais, particularmente do WhatsApp.

Muito bem; o apoio que vinha recebendo devia-se à competência de sua comunicação.

Estava enganado.

Hoje, lendo a Folha de S. Paulo, ficou claríssimo que a campanha de Bolsonaro é fraudulenta.

Temer prepara o AI-1 do novo regime

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O aprofundamento da intervenção militar estava no horizonte desde o início do governo Temer. Mostramos na ocasião que a ampla impossibilidade de qualquer espécie de legitimação, Temer apelaria para um chamamento cada vez maior ao poder militar. A própria indicação do general Sérgio Etchegoyen para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) era uma indicação.

Posteriormente, o então Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, tentou criar um factoide com a história dos terroristas de Internet – um bando de alucinados, sem nenhuma vinculação com organizações internacionais, envolvidos nas libações da Internet.