domingo, 25 de novembro de 2018

Livrarias quebram e arrastam setor editorial

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

O modelo de negócio das livrarias brasileiras está em xeque. Neste ano, as duas maiores redes no país, Livraria Cultura e Saraiva, entraram com processo de recuperação judicial. Quantidade expressiva dos livros vendidos no Brasil, quatro em cada dez, passa por essas lojas. A quebra arrasta toda a cadeia editorial, altamente dependente desse oligopólio que hoje não consegue mais se sustentar.

O problema é mais complexo do que parece. Culpar a crise econômica ou o fraco hábito de leitura dos brasileiros não basta. E as soluções também são delicadas, mas existem.

O governo de Olavo de Carvalho

Por Fred Melo Paiva, na revista CartaCapital:

Jair Bolsonaro acaba de escolher o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação. É a segunda indicação de ministro feita pelo ideólogo do bolsonarismo, o autointitulado filósofo Olavo de Carvalho. O outro foi o futuro chanceler Ernesto Araújo, cuja retórica é muito semelhante àquela do padrinho. Assim como Rodríguez.

Bolsonaro chegou a cogitar para a Educação o executivo do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. Embora filiado ao liberal Instituto Millenium, Ramos é crítico do Escola sem Partido e, diz Olavo, favorável à “ideologia de gênero”, uma obsessão de evangélicos e de bolsonaristas mais empedernidos.

Turma de Xi! Cago vai vender tudo!

A esquerda e a legitimidade de Bolsonaro

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                               

É do bravo Marcos Coimbra, sociólogo dos bons, o melhor texto pós-eleitoral até agora. Vale a pena citar na íntegra o encerramento de seu artigo: “O Brasil tem o dever de esclarecer o que ocorreu na última eleição, por razões nossas e porque somos importantes globalmente. Antes de saber o que aconteceu de verdade, é prematura a autocrítica e a lavagem de roupa suja na esquerda (por mais necessária que seja).”

Coimbra se refere às consistentes denúncias de manipulação das redes sociais por parte da campanha do capitão nazista, especialmente na reta final do primeiro turno, que atingiram em cheio o eleitorado mais pobre e, portanto, mais vulnerável ao jogo sujo, e fora da lei, da campanha bolsonarista.

"Carta Maior" precisa de você

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

Meus queridos,

Em primeiro lugar, agradeço a todos que, compreendendo os desafios que temos pela frente, tornaram-se parceiros da Carta Maior nas últimas semanas. Graças a vocês, passamos de 1.239 para 1.297 parceiros-doadores. Uma resposta que traz ânimo e força à luta que travamos diariamente neste espaço.

Caminho aberto para proscrever o PT

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada”.
“No caminho de Maiakówski”, de Eduardo Alves da Costa


Na decisão em que aceitou a denúncia de setembro/2017 feita pelo ex-PGR Rodrigo Janot, o juiz Vallisney de Souza Oliveira da 10ª Vara do DF escreveu:

sábado, 24 de novembro de 2018

A rainha de Copas cortará cabeças

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O desenho que se vai esboçando – ou já bem esboçado, a esta altura – do que será o governo Jair Bolsonaro vai, cada vez mais, lembrando o trecho de “Alice no país das Maravilhas” em que surge a Rainha de Copas, que traduz seu poder e seu mando em apenas uma recorrente frase: “Cortem-lhe a cabeça!”.

A corte do ex-capitão, tem três categorias. Ou apenas duas, se quisermos ser mais rigorosos e desconsiderarmos a família, que exerce, nela, ministérios sem pasta, mas com poder.

As eleições no meio do mandato de Trump

Charge: Antonio Rodriguez
Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

As chamadas midterm elections (eleições de meio de mandato) nos Estados Unidos ocorreram no último dia 6 de novembro. Nesse país, há eleições legislativas a cada dois anos e presidenciais a cada quatro. O mandato dos deputados é de dois anos, e o dos senadores, seis. O mandato dos governadores é de quatro anos, mas as eleições não coincidem necessariamente com as presidenciais. Dessa forma, as eleições de 2018 renovaram os mandatos de toda a Câmara de Deputados federais, de um terço do Senado e de 36 governos estaduais, além de eleger deputados e senadores estaduais, prefeitos e vereadores.

O lugar de Temer na história do Brasil

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Michel Temer está se despedindo do Palácio do Jaburu. Pois sim, apesar do grande esforço para ser presidente, mesmo sem voto, Temer não quis morar no Palácio do Planalto. Ficou com medo dos fantasmas, dizem as boas línguas. Deve ser um lugar com energia carregada mesmo.

Resta saber qual será o destino de Temer: a cadeia ou algum cargo no governo de Jair Bolsonaro. Só o tempo dirá. O que dá pra fazer agora é tentar entender os impactos do governo de Michel Temer na sociedade brasileira.

Qual é o lugar de Michel Temer na história do Brasil?

A calculada crueldade contra o Mais Médicos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vamos reconhecer que num país no qual a saúde pública atingiu um nível de calamidade pública, o ataque de Jair Bolsonaro ao programa Mais Médicos é uma iniciativa que está além do debate ideológico. O argumento de que o programa se destina a "financiar" a ditadura cubana tem a lógica da crueldade, este elemento político que busca se fortalecer pela ausência explícita de compaixão.

"O Mais Médicos é o Bolsa Família da saúde pública", define Eduardo Tadeu Pereira, atual diretor da Associação Brasileira de Municípios, ex-prefeito de Várzea Grande, em São Paulo, um dos pioneiros na defesa do programa.

O Brasil submisso aos Estados Unidos

Editorial do site Vermelho:

Os sinais emitidos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe indicam que o governo da direita, que tomará posse em 1º de janeiro de 2019, seguirá uma política externa vexatória. Na outra ponta desta relação de submissão aos Estados Unidos, as autoridades de Washington não se fazem de rogadas e apresentam suas exigências. Que estão expostas com clareza na entrevista do ex-embaixador no Brasil e alto funcionário da diplomacia estadunidense, Thomas Shannon, publicada nesta quinta-feira (22) no jornal Folha de São Paulo.

Quantas privatizações Bolsonaro prometeu?

Por Jean Wyllys, no site Mídia Ninja:

Nos EUA, o presidente Trump, em plena guerra comercial com os chineses, saiu de acordos multilaterais de livre-comércio, aplicou gigantescas barreiras tarifárias para garantir a produção com conteúdo nacional e lançou um mega programa de desonerações fiscais, e também tem conseguido garantir baixo desemprego e crescimento.

Em Israel, que é o país economicamente mais avançado no Oriente Médio, o Banco Central não mantém o câmbio flutuante, as tarifas de importação são pesadas e o Estado não só tem forte papel indutor na economia como é também administrador de boa parte de setores importantes, como transportes, infra-estrutura, energia etc.

A propósito da "Escola Sem Partido"

Por Lejeune Mirhan, no site da Fundação Maurício Grabois:

A direita tem utilizado o termo “escola sem partido”. Eles saíram na frente e se apropriaram de um slogan que tem tido certo apelo popular, pois leva um cidadão com informações medianas a apoiar a proposta por achar que a escola esta sendo “aparelhada” por partidos políticos de esquerda. O projeto eleitoral vencedor no segundo turno das eleições em 28 de outubro é claramente fascista, autoritário. E esta claro que aprovar uma legislação que restrinja as liberdades de discussões nas escolas passa a ser prioritário para esse grupo que venceu o pleito. Na prática, o que eles querem é “uma escola só com um partido, o deles”.


A campanha suja contra os médicos cubanos

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Por uma destas infelizes coincidências, nesta mesma quarta-feira em que o governo brasileiro abriu as inscrições para contratar 8,5 mil profissionais brasileiros em lugar dos cubanos que estão voltando ao seu país, recebi da amiga Valeria de Britto Mello um texto meu publicado no Balaio em 2013, logo após a implantação do programa Mais Médicos.

Ali já estava bem claro que, enquanto o governo de Dilma Rousseff e os médicos cubanos se dedicavam aos pacientes desassistidos nos grotões e nas periferias, a classe médica nativa estava mais interessada em garantir a reserva de mercado.

Um país sem educação

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Não existe nada mais importante para o Brasil que a educação. Infelizmente, o presidente eleito Jair Bolsonaro sabe disso, e como não gosta do país, está fazendo de tudo para destruir o setor. O recente vaivém na indicação do ministro responsável pela pasta – método que se tornou regra, voltando atrás de decisões e culpando os outros por suas barbeiragens – teve pelo menos desta vez o mérito da clareza. Ele não voltou atrás para melhorar sua decisão, foi exatamente o contrário.

Saída de cubanos afeta centros urbanos

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Os mais de 8 mil cubanos do Mais Médicos começam a deixar o Brasil nesta segunda quinzena de novembro, convocados pelo governo de Cuba em resposta à hostilidade do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e seus apoiadores, para com os profissionais do país irmão. A partida dos latino-americanos prejudicará a assistência à saúde em quase 1,5 mil municípios nas cinco regiões brasileiras. Segundo o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde, 611 cidades correm o risco de ficar sem nenhuma equipe médica.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A nova direita e a batalha ideológica

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Panorama completo dos aparelhos organizativos das classes dominantes no Brasil da década de 1980 até os dias atuais, o livro A nova direita - Aparelhos de ação política e ideológica no Brasil contemporâneo (Expressão Popular), de autoria do professor Flávio Casimiro, será lançado na quarta-feira, 28 de novembro, em São Paulo. A atividade tem início às 19h30 e ocorre no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, sala 83, próximo ao metrô República).

O silêncio do STF diante do bolsonarismo

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Há algo de podre no silêncio do STF diante da quantidade colossal de barbaridades perpetradas por Bolsonaro e companhia.

Onde estão Gilmar Mendes e suas diatribes? Segundo Gilmar, o PT tinha um ‘plano perfeito’ para se ‘eternizar’ no poder. Deu no que deu.

Cinco ministros anunciados são ou foram alvos de investigação: Onyx Lorenzoni, Luiz Henrique Mandetta, Tereza Cristina, Paulo Guedes, Marcos Pontes.

Cadê Luiz Fux, que repetiu sem parar que Lula era um “candidato condenado em segunda instancia inelegível”?

O PFL no poder

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O nome atual é Democratas, apelido DEM, mas o partido que se torna agora sócio majoritário de Bolsonaro no poder – noves fora o PSL, por enquanto um ajuntamento – foi o velho PFL, a dissidência do PDS, partido da ditadura, que caiu fora quando o regime perdeu os dentes, juntando-se ao PMDB para eleger Tancredo.

Faz todo sentido o reencontro num governo que, chefiado por um civil eleito, tem forte prevalência militar.

Esquartejar Caixa vai levar Brasil ao caos

Charge: Marcio Baraldi
Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual:

Em dezembro de 2014 a Caixa Econômica Federal tinha 101.484 empregados para atender 78 milhões de clientes. Hoje são 86.427 e esse número deve cair para menos de 85 mil bancários para cuidar de 102,6 milhões de contas.

Isso porque o banco público, responsável pela gestão do FGTS e de programas sociais como o Minha Casa Minha Vida (MCMV), anunciou mais um programa de desligamento de empregados (PDE) com o objetivo de cortar 1.626 postos de trabalho. Segundo comunicado da Caixa, a adesão dos bancários interessados deverá ocorrer entre 26 e 30 de novembro.