quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
A dissonância na análise política
Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:
Entende-se por Política, na democracia, o universo da representação de interesses e visões de mundo; o âmbito legítimo dos embates e conflitos das mais distintas naturezas que se manifestam por meios diversos; o terreno relativamente estável das “regras do jogo” conhecidas e previsíveis (tais como as regras eleitorais, os sistemas partidário e eleitoral) e das instituições asseguradoras da “regra da maioria”, com respeito às minorias, no contexto dos postulados constitucionais e seus derivados infraconstitucionais; a participação política, por meio das instituições, como instrumento legítimo de interferência nas decisões dos poderes instituídos; o “governo do público e público”, tal como asseverado por Norberto Bobbio; entre outros aspectos.
Entende-se por Política, na democracia, o universo da representação de interesses e visões de mundo; o âmbito legítimo dos embates e conflitos das mais distintas naturezas que se manifestam por meios diversos; o terreno relativamente estável das “regras do jogo” conhecidas e previsíveis (tais como as regras eleitorais, os sistemas partidário e eleitoral) e das instituições asseguradoras da “regra da maioria”, com respeito às minorias, no contexto dos postulados constitucionais e seus derivados infraconstitucionais; a participação política, por meio das instituições, como instrumento legítimo de interferência nas decisões dos poderes instituídos; o “governo do público e público”, tal como asseverado por Norberto Bobbio; entre outros aspectos.
Temer, o pior presidente do Brasil
Charge: Biratan Porto |
Temer encerra sua passagem pelo Palácio do Planalto como um dos piores Presidentes da República da História recente do Brasil. Alçado do Jaburu ao Alvorada, em virtude do impedimento de sua titular, propôs uma farisaica “Ponte para o Futuro”, que não passou de um engodo de marketing político barato.
Os indicadores sociais, políticos, econômicos e culturais sofreram duro baque. A iniciar pela taxa de desemprego que, com Dilma, havia chegado a 4,3% da população economicamente ativa, em 2014; e, com Temer, atingiu o patamar recorde de 13,3% em 2017. O maior dos últimos 20 anos.
Os indicadores sociais, políticos, econômicos e culturais sofreram duro baque. A iniciar pela taxa de desemprego que, com Dilma, havia chegado a 4,3% da população economicamente ativa, em 2014; e, com Temer, atingiu o patamar recorde de 13,3% em 2017. O maior dos últimos 20 anos.
O juramento do general Mourão
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No juramento de posse feito no Congresso, o vice-presidente agiu como general expedindo ordens para a tropa da caserna. E Bolsonaro correspondeu como um capitão dócil e subordinado.
Não só o tom, mas o acento em certas palavras da ordem-unida esteve muitos decibéis acima daquele tom empregado pelo capitão subalterno, ou melhor, pelo presidente empossado.
O pior é a sensação que ficou, de que Mourão não se confundiu de plateia.
No juramento de posse feito no Congresso, o vice-presidente agiu como general expedindo ordens para a tropa da caserna. E Bolsonaro correspondeu como um capitão dócil e subordinado.
Não só o tom, mas o acento em certas palavras da ordem-unida esteve muitos decibéis acima daquele tom empregado pelo capitão subalterno, ou melhor, pelo presidente empossado.
O pior é a sensação que ficou, de que Mourão não se confundiu de plateia.
Bolsonaro esconde reforma da Previdência
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Em vez de tratar de um ponto real de seu programa de governo - a reforma a Previdência - Jair Bolsonaro aproveitou os discursos de posse no Planalto para falar da luta para "libertar (o Brasil) do socialismo," denunciou "ideologias nefastas", o "politicamente correto" e defendeu a "meritocracia". Compreende-se.
Ideia repudiada por 71% dos brasileiros (Datafolha, 1/5/2017), o projeto de passar o bisturi no sistema de aposentadoria e pensões que protege a velhice dos brasileiros é o compromisso fundamental da equipe econômica de Bolsonaro com a elite financeira que assumiu as rédeas do país depois da queda de Dilma Rousseff.
Em vez de tratar de um ponto real de seu programa de governo - a reforma a Previdência - Jair Bolsonaro aproveitou os discursos de posse no Planalto para falar da luta para "libertar (o Brasil) do socialismo," denunciou "ideologias nefastas", o "politicamente correto" e defendeu a "meritocracia". Compreende-se.
Ideia repudiada por 71% dos brasileiros (Datafolha, 1/5/2017), o projeto de passar o bisturi no sistema de aposentadoria e pensões que protege a velhice dos brasileiros é o compromisso fundamental da equipe econômica de Bolsonaro com a elite financeira que assumiu as rédeas do país depois da queda de Dilma Rousseff.
Operação de guerra confina jornalistas
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
No primeiro dia do novo governo, a operação de guerra montada pelo esquema de segurança do general Augusto Heleno para a posse de Jair Bolsonaro foi uma demonstração de força do que vem por aí.
Jornalistas foram confinados em chiqueirinhos com cordas e grades e populares que queriam ver a cerimonia de perto tiveram que passar por quatro pontos de revista.
Só se podia passar com a roupa do corpo.
Onde Bolsonaro será testado
Arte de Toni D'Agostinho |
Política sem ideologias e sem clãs partidários - é com essa promessa que Jair Messias Bolsonaro chega à Presidência do Brasil. O resultado é um governo dos mais variados matizes. Sete políticos “verdadeiros” estão no governo, além de sete militares e oito “tecnocratas”. Será difícil harmonizar as diversas visões de mundo.
A trincheira mais evidente existe entre os chamados “Chicago Boys” e os militares, que também incluem Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão. Os economistas liberais que rodeiam o guru das Finanças e superministro Paulo Guedes querem podar o Estado para um mínimo, salvando-o assim de um colapso. Se o Brasil não voltar a encontrar rapidamente o caminho do crescimento, o governo corre o risco de fracassar. “É a economia, estúpido!”
Luta contra o retrocesso começa agora
Editorial do site Vermelho:
Com a posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República, instaura-se o primeiro governo de extrema direita desde a redemocratização de 1985. O novo presidente assume para impor um projeto francamente contra os interesses da nação e dos brasileiros, sobretudo dos trabalhadores, explicitamente ultraliberal e neocolonial. Bolsonaro tem anunciado aos quatro ventos que recorrerá a métodos ditatoriais para realizar seu objetivo, o que faz de seu governo uma ameaça real à democracia, já debilitada.
Com a posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República, instaura-se o primeiro governo de extrema direita desde a redemocratização de 1985. O novo presidente assume para impor um projeto francamente contra os interesses da nação e dos brasileiros, sobretudo dos trabalhadores, explicitamente ultraliberal e neocolonial. Bolsonaro tem anunciado aos quatro ventos que recorrerá a métodos ditatoriais para realizar seu objetivo, o que faz de seu governo uma ameaça real à democracia, já debilitada.
Suicídios, epidemia global
Por Graham Peebles, no site Outras Palavras:
Recentemente um amigo me chamou para um café. “Tenho más notícias”, disse em sua mensagem. Um conhecido comum, com cerca de 50 anos, havia tirado a própria vida no dia anterior. Jack tinha se enforcado na árvore de um parque público na periferia de Londres; foi a quarta tentativa. Ele tinha quatro filhos. Foi o segundo amigo de meia idade a cometer suicídio em seis meses.
Suas histórias estão longe de ser únicas. Suicídios ocorrem no mundo inteiro, de pessoas de todos os grupos etários, de 15 a 70 anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que quase um milhão de pessoas cometem suicídio anualmente, sendo vinte vezes maior o número dos que tentam se matar – e esses números estão subindo.
Suas histórias estão longe de ser únicas. Suicídios ocorrem no mundo inteiro, de pessoas de todos os grupos etários, de 15 a 70 anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que quase um milhão de pessoas cometem suicídio anualmente, sendo vinte vezes maior o número dos que tentam se matar – e esses números estão subindo.
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
Revolução Cubana: 60 anos de resistência
Por Fania Rodrigues, no site Opera Mundi:
Há 60 anos, o Exército Rebelde cercava a cidade de Santiago de Cuba, na última batalha liderada pelo comandante Fidel Castro, no final de dezembro de 1958. Ao amanhecer o dia 1º de janeiro de 1959, o ditador Fulgencio Batista abandonava a ilha. Com a destituição do ditador alinhado aos Estados Unidos, consolidava-se assim a Revolução Cubana.
Naquele início de ano seis décadas atrás, bastaram algumas horas para os militares do Quartel de Moncada anunciarem a rendição diante dos guerrilheiros da Sierra Maestra. Essa batalha no oriente do país, também chamada de Operação Santiago, definiu o triunfo da Revolução Cubana. Era o mesmo lugar onde, cinco anos antes, havia começado a luta contra a ditadura de Batista, com o assalto ao Quartel de Moncada, no dia 26 de julho, data que deu origem ao nome do movimento guerrilheiro.
Naquele início de ano seis décadas atrás, bastaram algumas horas para os militares do Quartel de Moncada anunciarem a rendição diante dos guerrilheiros da Sierra Maestra. Essa batalha no oriente do país, também chamada de Operação Santiago, definiu o triunfo da Revolução Cubana. Era o mesmo lugar onde, cinco anos antes, havia começado a luta contra a ditadura de Batista, com o assalto ao Quartel de Moncada, no dia 26 de julho, data que deu origem ao nome do movimento guerrilheiro.
Posse de Bolsonaro foi um fiasco
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:
Sob muitos aspectos, a posse de Jair Bolsonaro foi um fiasco.
O primeiro deles é o público.
A equipe do presidente anunciou que colocaria na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios mais de 250 mil pessoas - havia assessores falando em 500 mil.
A ideia era quebrar o recorde de público na posse de Lula, em 2003 - 250 mil.
Na festa de Bolsonaro, segundo cálculo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), compareceram 115 mil.
O primeiro deles é o público.
A equipe do presidente anunciou que colocaria na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios mais de 250 mil pessoas - havia assessores falando em 500 mil.
A ideia era quebrar o recorde de público na posse de Lula, em 2003 - 250 mil.
Na festa de Bolsonaro, segundo cálculo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), compareceram 115 mil.
Os brasileiros são todos fascistas?
Por Renaud Lambert, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Há poucos meses, o Brasil caminhava para uma guinada à esquerda. Tudo indicava que Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores, PT) venceria facilmente a eleição presidencial em outubro de 2018. Com 40% das intenções de voto, o ex-chefe de Estado desfrutava de uma vantagem confortável sobre seus adversários, inclusive em um contexto de volatilidade que complicava as estimativas. No entanto, condenado por corrupção após um processo duvidoso – marcado por uma intransigência que a justiça não impôs aos dirigentes de direita [1] –, Lula teve de renunciar à sua candidatura em 11 de setembro de 2018. Em seguida, um deputado de extrema direita, que propõe purgar o Brasil do comunismo e restaurar a ordem, emergiu como o homem forte do quinto país mais povoado do planeta. Será que os brasileiros se tornaram fascistas em poucas semanas?
PSDB: Partido Só do Dória e Bolsonaro
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A ausência de Geraldo Alckmin, Fernando Henrique e José Serra na posse de João Dória no Governo de São Paulo, e o recado do novo governador paulista de que irá alinhar seu partido a Jair Bolsonaro é sinal de que o PSDB completou a sua transição do seu desejo fundador de ser “um partido social-democrata, de tinturas liberais” como se descrevia, para se transformar numa linha auxiliar da extrema-direita, e talvez mais.
A não ser como esqueletos empoeirados num quartinho de despejo, para eles não há lugar no velho ninho.
A ausência de Geraldo Alckmin, Fernando Henrique e José Serra na posse de João Dória no Governo de São Paulo, e o recado do novo governador paulista de que irá alinhar seu partido a Jair Bolsonaro é sinal de que o PSDB completou a sua transição do seu desejo fundador de ser “um partido social-democrata, de tinturas liberais” como se descrevia, para se transformar numa linha auxiliar da extrema-direita, e talvez mais.
A não ser como esqueletos empoeirados num quartinho de despejo, para eles não há lugar no velho ninho.
Feliz ano velho
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Há vários dias estou em busca do que dizer para vocês neste final de 2018, como quem medita à beira do abismo. Não temos, nenhum de nós do campo progressista, qualquer ilusão de que 2019 será um ano bom para o nosso país. Ou algum indício.
Teremos anos difíceis pela frente, não faz falta bola de cristal para prever. Economicamente, ao contrário da aposta alta que fizeram nele, Bolsonaro será um desastre para todas as camadas da população, a não ser para os rentistas, que vão ganhar muito dinheiro em seu governo, e para os ocupantes do topo da pirâmide, que se tornarão ainda mais ricos do que no ano passado. Estes, sim, têm razão para soltar fogos e se desejar feliz ano novo.
Teremos anos difíceis pela frente, não faz falta bola de cristal para prever. Economicamente, ao contrário da aposta alta que fizeram nele, Bolsonaro será um desastre para todas as camadas da população, a não ser para os rentistas, que vão ganhar muito dinheiro em seu governo, e para os ocupantes do topo da pirâmide, que se tornarão ainda mais ricos do que no ano passado. Estes, sim, têm razão para soltar fogos e se desejar feliz ano novo.
Mensagem de ano novo de Lula
Curitiba, na Vigília Lula Livre (31/12/18). Foto: Ricardo Stuckert |
Meus amigos e minhas amigas,
Quero agradecer a Deus por estarmos iniciando mais um ano. Espero que esta noite todos possam estar reunidos à família e aos amigos, festejando a renovação da esperança em um mundo melhor.
Como vocês sabem, vou passar o Ano Novo numa cela em que fui preso sem ter cometido crime nenhum, condenado sem provas e sem direito a um julgamento justo. Mas não me sinto só. Não estou só.
De onde me encontro, posso ouvir e até mesmo imaginar as expressões de solidariedade e amor dos companheiros e companheiras que me acompanham nessa vigília pela democracia desde a noite de 7 de abril, quando fui ilegalmente encarcerado.
Jornalistas criticam militarização da posse
Da Rede Brasil Atual:
"Hoje, há nas avenidas de Brasília uma ostentação militar inadequada numa democracia. Esse rigor remete a imagens do passado, imagens sombrias de 1964", descreveu em seu blog o jornalista Kennedy Alencar, da CBN, um dos vários a criticar o esquema de segurança montado para a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República. "É injustificável o rigor na segurança na posse presidencial de Jair Bolsonaro, especialmente no tratamento destinado à imprensa. Não há razão plausível para a montagem de um esquema de segurança inédito em posses presidenciais no Brasil."
"Hoje, há nas avenidas de Brasília uma ostentação militar inadequada numa democracia. Esse rigor remete a imagens do passado, imagens sombrias de 1964", descreveu em seu blog o jornalista Kennedy Alencar, da CBN, um dos vários a criticar o esquema de segurança montado para a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República. "É injustificável o rigor na segurança na posse presidencial de Jair Bolsonaro, especialmente no tratamento destinado à imprensa. Não há razão plausível para a montagem de um esquema de segurança inédito em posses presidenciais no Brasil."
domingo, 30 de dezembro de 2018
Os anos perdidos
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
O ano que se finda ainda será muito revisitado para ser compreendido.
Nele, constatamos que o fundo do poço pode sempre ser mais escavado.
A autoflagelação destrutiva iniciada em 2013, e os desatinos dos anos seguintes, resultaram na opção eleitoral pelo projeto extremista que começa a ser implantado com a posse de Bolsonaro.
E com isso começa o ciclo político que substituirá o da Nova República, iniciado em janeiro de 1985 com a eleição de Tancredo Neves e coroado com a Constituinte, legado que o Brasil e suas elites não souberam aprimorar. Não se pode falar de 2018 sem olhar também para os cinco anos anteriores.
O ano que se finda ainda será muito revisitado para ser compreendido.
Nele, constatamos que o fundo do poço pode sempre ser mais escavado.
A autoflagelação destrutiva iniciada em 2013, e os desatinos dos anos seguintes, resultaram na opção eleitoral pelo projeto extremista que começa a ser implantado com a posse de Bolsonaro.
E com isso começa o ciclo político que substituirá o da Nova República, iniciado em janeiro de 1985 com a eleição de Tancredo Neves e coroado com a Constituinte, legado que o Brasil e suas elites não souberam aprimorar. Não se pode falar de 2018 sem olhar também para os cinco anos anteriores.
Direita pode estar montando provocações
Por Gilberto Maringoni
São preocupantes as informações de que um suposto grupo terrorista teria anunciado um atentado durante a posse de Jair Bolsonaro, em 1o. de janeiro, em Brasília. As informações se originariam dos próprios responsáveis. É algo somente plausível em seriados da RKO dos anos 1940: uma gang alardeia aos quatro ventos que fará uma ação surpresa em local e data determinadas.
A isso se soma notícia, divulgada na noite de sábado, de que a futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (titular da pasta da Goiabeira), estaria "sofrendo ameaças nas redes sociais há uma semana e que está conversando com a Polícia Federal", conforme informa o UOL.
São preocupantes as informações de que um suposto grupo terrorista teria anunciado um atentado durante a posse de Jair Bolsonaro, em 1o. de janeiro, em Brasília. As informações se originariam dos próprios responsáveis. É algo somente plausível em seriados da RKO dos anos 1940: uma gang alardeia aos quatro ventos que fará uma ação surpresa em local e data determinadas.
A isso se soma notícia, divulgada na noite de sábado, de que a futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (titular da pasta da Goiabeira), estaria "sofrendo ameaças nas redes sociais há uma semana e que está conversando com a Polícia Federal", conforme informa o UOL.
Temer volta a atacar a indústria nacional
Hoje o governo Temer, através da Camex, deu mais um passo visando acabar com a indústria nacional. Decidiu que em quatro anos as tarifas sobre a importação de bens de capital caiam de 14 para 4 por cento. O argumento é que o setor se beneficia de protecionismo, quando não há protecionismo algum.
O que as tarifas fazem é neutralizar a doença holandesa para efeito de vendas no mercado interno e, assim, dar condições para que as boas empresas do país possam competir.
O que as tarifas fazem é neutralizar a doença holandesa para efeito de vendas no mercado interno e, assim, dar condições para que as boas empresas do país possam competir.
Temer deixa um Brasil destroçado
Por Lia Bianchini, no jornal Brasil de Fato:
O dia 31 de dezembro marcará o fim de um governo histórico para o Brasil. Michel Temer sairá do poder com a marca de presidente mais impopular da história democrática brasileira. No início deste mês, pesquisa Ibope mostrou que 74% da população considera o governo Temer (MDB) ruim ou péssimo e outros 88% desaprovam a maneira como o presidente governa o país.
Parte dos caminhos que levaram Temer de vice à presidência da República foram expostos em maio de 2016, em áudio gravado de uma conversa entre o ex-senador Romero Jucá (MDB) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No áudio, eles falam que a “saída mais fácil” para “estancar a sangria” no país seria colocar Michel Temer na presidência, em um “grande acordo nacional”, “com Supremo, com tudo”. Naquele mesmo ano, a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) foi impeachmada e seu vice-presidente, Temer, alçado ao poder.
O dia 31 de dezembro marcará o fim de um governo histórico para o Brasil. Michel Temer sairá do poder com a marca de presidente mais impopular da história democrática brasileira. No início deste mês, pesquisa Ibope mostrou que 74% da população considera o governo Temer (MDB) ruim ou péssimo e outros 88% desaprovam a maneira como o presidente governa o país.
Parte dos caminhos que levaram Temer de vice à presidência da República foram expostos em maio de 2016, em áudio gravado de uma conversa entre o ex-senador Romero Jucá (MDB) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No áudio, eles falam que a “saída mais fácil” para “estancar a sangria” no país seria colocar Michel Temer na presidência, em um “grande acordo nacional”, “com Supremo, com tudo”. Naquele mesmo ano, a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) foi impeachmada e seu vice-presidente, Temer, alçado ao poder.
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