quinta-feira, 2 de maio de 2019

É hora de parar Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O país ainda não se refez do trauma do impeachment de Dilma. O desmonte institucional, induzido por Aécio Neves e convalidado pelo Supremo Tribunal Federal, produziu um caos geral. Assim, há sempre o prurido de reincidir e banalizar o impeachment como saída para as crises institucionais.

Mas o caso Bolsonaro é diferente de tudo o que se viu no país antes e depois da democratização. O país está entregue a um celerado, com ligações diretas com as milícias do Rio de Janeiro, comandando um bando de alucinados que assumiram posição de destaque no Ministério e que tem como único objetivo a destruição de todo sistema formal construído ao longo da história.

Cadê os empregos da 'reforma' trabalhista?

Por Daniel Almeida, no Blog do Renato:

Faz dois anos que o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Reforma Trabalhista, mudando mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E onde estão os empregos que supostamente seriam gerados em menos de um ano da vigência da nova lei?

Fica cada vez mais claro o que a Bancada do PCdoB no Congresso já denunciava na época da aprovação da Lei 13.467/17. O discurso do governo Michel Temer, efetivamente, era mentiroso ao sustentar que a proposta iria modernizar as relações trabalhistas, gerar empregos e garantir o crescimento da economia.

Blackwater recruta mercenários contra Maduro

Do blog Nocaute:

De acordo com a agência Reuters, Erik Prince, fundador da empresa de mercenários Blackwater, apresentou um plano para derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, utilizando uma força de 5 mil paramilitares postos à disposição do líder golpista Juan Guaidó.

O fundador do grupo paramilitar Blackwater, Erik Prince, quer enviar cinco mil homens à Venezuela a fim de ajudar o líder golpista, Juan Guaidó, a tomar o poder, informou a agência Reuters News em uma reportagem exclusiva veiculada nesta quarta-feira.

Financiamento da educação: o que vem por aí?

Charge: Bruno Aziz
Por Christian Lindberg, no site da Fundação Maurício Grabois:

Os últimos dias não estão sendo fáceis para a universidade pública em nosso país. Já não bastasse a campanha histórica de que ela abriga somente os filhos dos ricos e de que o conhecimento produzido nela não impacta na vida das pessoas, agora ela é acusada de ser um reduto de militantes esquerdistas e dominada por um suposto marxismo cultural.

Esta campanha contra a universidade pública encontra respaldo nas constantes falas do presidente Jair Bolsonaro, do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, e nas ações tomadas pelo Ministério da Economia, a exemplo do contingenciamento de 5,8 bilhões de reais anunciado recentemente, que implicou no corte linear de 30% do orçamento das universidades federais.

A vida está difícil. Lide com isso

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Reuni resumos da literatura recente de não-ficção, postadas no meu blog Cidadania & Cultura, em um livro eletrônico para download gratuito: Fernando Nogueira da Costa – A Vida está Difícil. Lide com Isso. São narrativas da crise mundial na atual transição histórica.

Li e resumi 43 livros de autores estrangeiros, em geral publicados nos últimos anos, exceto os de Metodologia. Apresento as narrativas na ordem clássica da “jornada do herói” (era uma vez – todos os dias – até que em um dia – por causa disso – finalmente) as explicações sobre crise financeira, metodologia econômica, transição histórica devido à revolução tecnológica, consequências políticas vivenciadas e propostas políticas para evitar a atual polarização destrutiva.

Ataque à participação popular é retrocesso

Por Raimundo Bonfim. na Rede Brasil Atual:

Em mais uma medida autoritária, o governo Bolsonaro deu um duro golpe na democracia direta, propondo o fim dos espaços de participação popular. Já durante a campanha eleitoral, o capitão reformado afirmou que iria acabar com o ativismo social, passando a ideia que a participação das pessoas na vida política do país é algo negativo. Quando na verdade é exatamente ao contrário.

No momento em que finalizo esse texto recebo a notícia que o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu pedido de liminar impetrado pelo PT questionando a constitucionalidade do decreto. Agora, essa decisão será submetida ao plenário da Corte. Ou seja, a batalha não está ganha.

Trabalhadores se unem contra a catástrofe

Editorial do site Vermelho:

O cenário de calamidades que emergiu com a guinada do Brasil à extrema direita, um processo iniciado com a homogeneidade das forças do golpismo em torno da ideia do impeachment fraudulento da ex-presidenta Dilma Rousseff, impulsionou as entidades sindicais à unidade do 1º de maio, um fenômeno da mais alta relevância. Essa unidade foi além com as articulações para uma greve geral em 14 de junho para enfrentar a “reforma” da Previdência Social e o crescimento vertiginoso do desemprego.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Seria Mourão o maior erro de Bolsonaro?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Talvez o capitão de reserva Jair Bolsonaro tenha cometido o maior erro da sua vida política ao convidar o general de reserva Hamilton Mourão para compor a parceria na eleição presidencial de 2018. Bolsonaro ganhou e levou com ele, naturalmente, o vice-presidente.

Cedo, cedo, a relação entre Bolsonaro e Mourão azedou. O vice desandou a falar e surpreendeu não só o eleitorado. Na viagem a Israel já como presidente, Bolsonaro anunciou que levaria a embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém. Mourão, de Brasília, rebateu: “Eu não faria isto”.

A derrota moral de Guaidó, Bolsonaro e Trump

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É possível que o fiasco inesquecível de Juan Guaidó, 30 de abril, venha a ser lembrado como uma reprise da invasão da Baia dos Porcos, em 1961. 

Não custa lembrar: há 58 anos, a CIA organizou um grupo de adversários de Fidel Castro para invadir Cuba na esperança de produzir um levante popular capaz de derrubar um regime recém-instaurado.

Foram derrotados em 72 horas.

Num comportamento particularmente notável quando se considera o grau de sofrimento imposto aos venezuelanos pelos embargos orientados por Washington, a indiferença da população aos apelos de lideranças que imaginavam que bastaria acender uma faísca no palheiro para incendiar o país mostra um dado essencial.

Bolsonaro viola regra para condecorar Olavo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Jair Bolsonaro assinou decreto concedendo a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco ao astrólogo Olavo de Carvalho.

Embora esperado, já que se trata do patrono da indicação de Ernesto Araújo para o Itamarati, é uma, perdão, esculhambação com a honraria dada a quem se destaca pelos serviços prestados ao país.

O artigo 9°, item B, do regulamento da Ordem diz que só poderão recebê-la, neste grau, “Presidente da República, Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministros de Estado, Governadores dos Estados da União e do Distrito Federal, Almirantes, Marechais, Marechais-do-Ar, Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército, Tenentes-Brigadeiros, Embaixadores estrangeiros e outras personalidades de hierarquia equivalente. ”

Bolsonaro pensa que está abafando

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Chegou a hora de o Brasil refletir sobre a sanidade mental do indivíduo que obteve mandato popular para gerir o Estado brasileiro durante este ano e os próximos três. Em nível internacional, Bolsonaro não passa de um Trump sem poder. Ou seja: é um nada que se acha o máximo mesmo sem ter poder para se fazer aturar. Porém, não é assustador ele não enxergar isso?

O nível de desmoralização de Bolsonaro é impressionante. E tanto ele quanto o seu séquito de fanáticos – que vai ficando cada vez menor – não enxergam nada.

Senado oculta salário do primo de Carluxo

Carluxo e seu primo Leo. Foto: reprodução redes sociais
Do blog Socialista Morena:

O Portal de Transparência do Senado, que desde 2012 divulga nominalmente a remuneração dos assessores parlamentares, está ocultando as informações respectivas a Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, primo de Carlos Bolsonaro, o Carluxo (é o próprio Leo quem trata o primo pelo apelido). Quem clica no nome dele na página do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) é encaminhado a uma página de erro: “esta página está fora do ar”. É o único entre os 14 funcionários comissionados do gabinete para quem a remuneração não se encontra disponível.

Por que os militares odeiam tanto o PT?

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Antes do artigo propriamente dito, vale lembrar um trecho da fala do doutor Ulisses Guimarães, na promulgação da Constituinte, em outubro de 1988: “Traidor da Constituição é traidor da pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgaram a Constituição, trancaram as portas do parlamento, mandaram os patriotas para o exílio, a cadeia e o cemitério. Hoje, após tantas lutas e sacrifícios, ao promulgarmos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos em sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo!”

Assange, WikiLeaks e o Estado vigilante

Por Santiago O'Donnell, no site Carta Maior:

O panorama diante de Julian Assange não é simples, mas tampouco é o do governo dos Estados Unidos. Há mais de cinco anos, Washington iniciou um juízo contra o fundador de WikiLeaks, através de um Grande Jurado constituído nas entranhas do complexo burocrático-militar estadunidense. Mas quando a embaixada equatoriana expulsou seu hóspede mais ilustre como se fosse um cachorro, o Departamento de Estado voltou a atuar mais fortemente, mas até agora conseguiu apenas a sua detenção em uma prisão britânica e um modesto pedido de extradição baseado somente em uma tentativa falha de decifrar a senha de um computador do Departamento de Defesa.

Bolsonaro refugia golpistas da Venezuela

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

Durante os governos Lula, a embaixada do Brasil na Venezuela, orientada por Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães, sediava os exitosos esforços brasileiros pela paz, integração, amizade e desenvolvimento regional.

No governo Bolsonaro, cujo lunático vassalo das Relações Exteriores Ernesto Araújo viaja a Washington para buscar diretamente as instruções a cumprir, a embaixada do Brasil foi convertida em refúgio de golpistas e conspiradores – ou seja, de sicários norte-americanos.

Os acontecimentos na Venezuela, derivados da ofensiva do governo Trump na região, certamente não aconteceriam se Lula não estivesse sequestrado no cativeiro da Lava Jato em consequência da farsa jurídica montada por Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e sua malta de justiceiros.

A origem e o significado do 1º de Maio

Por Altamiro Borges

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Há generais patriotas na Venezuela

General Padrino López. Reprodução: Youtube
Por Manuel Domingos Neto

Emocionante o discurso do general Padrino López, ministro da defesa da Venezuela.

Padrino fez curso de guerra psicológica nos Estados Unidos, mas não se pôs ao lado do Império.

Ladeado por todos os comandantes, falou como líder e chefe.

Rechaçou radicalmente a intervenção estrangeira, pôs na parede os terroristas mobilizados por Trump, denunciou a impiedosa guerra híbrida, responsabilizou os golpistas por qualquer derramamento de sangue que venha a ocorrer em seu país, deu aula sobre os conceitos "soberania popular" e "soberania nacional", concluiu com o brado, seguido por todos: CHÁVEZ VIVE!

A Previdência e a batalha da comunicação

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Reforma da Previdência defendida por Jair Bolsonaro e seu superministro da Economia, Paulo Guedes, com amplo apoio da mídia monopolista, é um prato cheio para o rentismo. Na prática, porém, além de conservar privilégios, representa o desmonte da Seguridade Social e a destruição da aposentadoria para a absoluta maioria da população.

Governo Bolsonaro é movido a vingança e ódio

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Foram 120 dias que vão marcar a história do Brasil para sempre: antes e depois de Bolsonaro.

Nenhuma potência estrangeira seria capaz de promover no nosso país tamanha destruição em tão pouco tempo.

É uma verdadeira guerra de extermínio contra inimigos reais ou imaginários, para não deixar pedra sobre pedra da antiga civilização brasileira.

Os alvos principais são as mulheres e os gays, os professores e os aposentados, os sem terra e os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente, os artistas e os intelectuais, as universidades e os estudantes, os índios e os negros, os jornalistas livres e todos os que tiveram a ousadia de conquistar a cidadania nos últimos anos.

Lula, paz, amor e sangue nos olhos

Por Gilberto Maringoni

Todo mudo já comentou. Sei que vou chover no molhado, mas é forçoso reafirmar: a entrevista de Lula, concedida a Monica Mônica Bergamo e Florestan Fernandes Júnior é um documento político solar. 

Lula se apresenta em grande fase - contrariando expectativas de que estaria deprimido ou desinformado - e com inigualável verve.

Faz o que todo quadro político de primeira linha deve fazer: coloca-se sempre na ofensiva.

Há trechos memoráveis e tiradas geniais.