quarta-feira, 15 de maio de 2019

Destruíram o presente, cabe salvar o futuro

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O acesso à educação – da creche à pós-graduação – foi o compromisso estratégico dos governos do PT. Esse compromisso tem a ver com o fato da educação viabilizar três requisitos que são a perenidade na superação da miséria e da pobreza: a conquista da economia do conhecimento necessária para produzir ciência, o desenvolvimento de tecnologia e difusão de inovações e o fortalecimento da consciência e cidadania por meio do acesso e do suporte à cultura.

Bolsonaro deu abraço de urso em Moro?

Por Gilberto Maringoni

Posso estar redondamente enganado, mas não vejo como vitória de Sérgio Moro a declaração de Jair Bolsonaro de que seria o próximo nomeado ao STF, conforme "compromisso que fiz com ele".

Ao contrário, trata-se de queimação explícita. Tem cara das entrevistas de presidente de clube após derrota monumental do time: "O técnico continua prestigiado".

Moro vem acumulando desgaste após desgaste, tanto no Congresso quanto na opinião pública.

O Coaf está em vias de escorregar de suas mãos como gelo encerado.

Brasil e o tsunami anunciado

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

Em sua peculiar forma de se expressar, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro anunciou, na sexta-feira passada (10/5), que esta semana poderia trazer “um tsunami” para o governo, e consequentemente para o país. Não deu nenhuma pista de quando, como e de onde surgiria essa onda devastadora, mas assegurou que seu governo saberá enfrentá-la.

Certamente, uma das possibilidades de tsunami está relacionada aos escândalos que rodeiam o trio de filhos presidenciais. O anúncio desta noite de segunda-feira (13/5), de que a Justiça determinou a quebra dos sigilos bancários do filho senador, Flávio Bolsonaro, e de seu ex-assessor, Fabrício Queiróz (espécie de operador da família presidencial), disparou os alarmes, que poderiam ser mais sonoros futuro, já que os outros dois filhos também estão sob investigação – por isso mesmo, os analistas políticos brasileiros indicam que este seria só um primeiro movimento mais brusco das águas, que poderia ser seguido por outros.

terça-feira, 14 de maio de 2019

O Brasil à beira de mais uma recessão

Editorial do site Vermelho:

A economia do Brasil passa por um daqueles momentos em que as conhecidas Leis de Murphy se cumprem integralmente. Cada número divulgado revela a dimensão do buraco em que o país foi enfiado pela marcha golpista, o caminho que levou a extrema direita ao poder, impulsionada sobretudo por uma massacrante propaganda de um futuro colorido que viria com a aplicação da agenda ultraliberal e neocolonial. Alguns dos dados que atestam a falsidade dessa promessa estão na pesquisa Focus, do Banco Central (BC), que apura as "previsões" de instituições do "mercado" para diversas variáveis macroeconômicas.

Em 15 de maio, um dia para fazer História

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Todos os sinais indicam que é possível prever que uma massa imensa de brasileiros e brasileiras irá às ruas, amanhã, para mostrar sua indignação diante do corte nas verbas destinadas as universidades e institutos federais de ensino, anunciadas de modo irresponsável e vingativo por Bolsonaro-Weintraub.

Em São Paulo, os protestos envolvem a grande massa de estudantes e professores de todos os níveis de ensino e têm apoio formal das reitorias das universidades públicas. Alunos de instituições privadas também convocam a paralisação, apoiada pelas entidades de estudantes, sindicatos de professores de todos os níveis de ensino e dez centrais sindicais -- unidas pela primeira vez em décadas.

Vingadores não gostam de justiça

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O filme Vingadores: Ultimato[e1] , ocupa a maioria das salas de cinema no Brasil. A invasão de Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Hulk e outras criações da Marvel já rendeu uma das maiores bilheterias da história. Despertou também a necessidade de voltar a discutir a cota de tela para filmes brasileiros, como estratégia de afirmação cultural e de preservação da diversidade. Além disso, o filme evidencia um rebaixamento de expectativa intelectual do nosso tempo. Assim como a filosofia e sociologia, filme-cabeça não remunera o investimento. São temas muito atuais.

A privatização nos governos Temer-Bolsonaro

Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O ministro da Economia tem intensificado suas declarações reafirmando a centralidade do desmonte do Estado e das empresas estatais na agenda do atual governo. Depois de reafirmar em entrevista recente que “gostaria de vender tudo e reduzir a dívida”, Paulo Guedes insinuou que Bolsonaro já começava a ter “simpatia inicial” pela venda de empresas estratégicas como a Petrobras e sinalizou que estaria em curso um processo silencioso no qual “tem empresas que serão privatizadas que vocês nem imaginam”.

Não à capitalização na Previdência

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

A reforma previdenciária é o carro-chefe do governo Bolsonaro na área econômica. Com apoio veemente da tenebrosa turma da bufunfa, o Ministério da Economia proclama a impossibilidade de adiá-la. Afirma-se que ela é indispensável para evitar o colapso das finanças públicas.

Mas algo não bate bem na retórica dos defensores da reforma. O cerne da proposta apresentada ao Congresso parece ser a implantação de um regime de capitalização, baseado em contas individuais, no lugar do atual regime de repartição, considerado falido e insustentável. Ora, a transição para a capitalização impõe tremenda sobrecarga às finanças públicas. Que sentido faz impor tal sobrecarga se o desequilíbrio das contas do governo é um dos principais problemas do País? A reforma não é justificada pela contribuição que daria ao reequilíbrio fiscal?

Não basta não ser racista

Por Ana Mielke 

Hoje, neste dia 13 de maio, não vou falar sobre o genocídio da juventude negra, que mata 23 mil jovens negros por ano no país. Nem sobre o racismo insidioso que nos apaga, nos invisibiliza e nos cala na história que nos é contada e também em nosso sistema de mídia.

Também não vou falar que 63,7% dos 13 milhões de desempregados no Brasil são negros; que a reforma da previdência vai impactar principalmente a vida de mulheres negras; nem tampouco que 61,7% dos presos no sistema carcerário brasileiro são negros.

Bolsonaro e Moro fizeram acordo espúrio

Da Rede Brasil Atual:

A promessa do presidente, Jair Bolsonaro (PSL) de indicar seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), continua sendo alvo de críticas. A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, em vídeo divulgado nesta segunda-feira que Moro e Jair Bolsonaro fizeram um acordo espúrio. "Foi por isso que ele prendeu o ex-presidente Lula. A situação é escandalosa", disse.

Um mundo sem fronteiras?

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

Vivemos num tempo de abolição de fronteiras ou num tempo de construção de fronteiras? Se tivermos em conta dois dos poderes ou instrumentos que mais minuciosamente governam as nossa vidas – o capital financeiro e a internet – é inescapável a conclusão de que vivemos num mundo sem fronteiras. Qualquer tentativa de qualquer dos 195 Estados que existem no mundo para regular estes poderes será tida como ridícula. No atual contexto internacional, a avaliação não será muito diferente, se a regulação for levada a cabo por conjuntos de Estados, por mais ominoso que seja o provável desenlace da falta de regulação. Por outro lado, se tivermos em conta a incessante construção ou reafirmação de muros fronteiriços, facilmente concluímos que, pelo contrário, nunca as fronteiras foram tão mobilizadas para delimitar pertenças e criar exclusões. Os muros entre os EUA e o México, entre Israel e a Palestina, entre a Hungria e a Sérvia, entre a Crimeia e a Ucrânia, entre Marrocos e o povo saharaui, entre Marrocos e Melila/Ceuta aí estão a afirmar o dramático impacto das fronteiras nas oportunidades de vida daqueles que as procuram atravessar.

Coaf com Moro vai na contramão da Europa

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                 

A transferência do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] do Ministério da Fazenda para o “Ministério do Sérgio Moro”, como pretende Moro com o apoio entusiasta da Rede Globo, vai totalmente na contramão do que acontece na Europa.

Essa é a conclusão da pesquisadora brasileira do Instituto Max Planck, da Alemanha, Ana Carolina Carlos de Oliveira, que alerta que esse retrocesso “pode não ser bom para a relação do Coaf com as outras unidades de inteligência financeiras de países importantes”. Com a medida, o Brasil perderia capacidade de cooperação e coordenação com entidades internacionais no enfrentamento de crimes financeiros.

Quebra de sigilo apavora os Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Desde a semana passada, ligou-se aqui “os pontinhos” e afirmou-se que o “tsunami” previsto por Jair Bolsonaro atingia aquilo que é o mais importante para ele: o seu clã .

Hoje, o surgimento de declarações do pai e do filho Flávio atacando a investigação do caso Fabrício Queiroz como “uma perseguição política” também era sinal de que algo pesado estava a caminho.

Estava: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro , do ex-policial militar Fabrício Queiroz e de quase uma centena de funcionários do gabinete do filho presidencial e de empresas que fizeram negócios com o agora senador.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Mídia rifa Moro, o ministro que virou bagaço

Por Altamiro Borges

Os abusos da Operação Lava-Jato, que ajudaram a demonizar a política e a chocar o ovo da serpente fascista no país – resultando na eleição do miliciano Jair Bolsonaro –, só foram possíveis graças ao apoio entusiástico da mídia falsamente moralista. Sem cumprir o seu papel informativo, ela nunca questionou os métodos arbitrários e ilegais de Sergio Moro.

O juizeco de primeira instância, também apelidado de “marreco de Maringá”, virou herói do Partido da Imprensa Golpista – o PIG. Ele foi homenageado inúmeras vezes pela Rede Globo e paparicado por outras emissoras de rádio e tevê, ocupou várias capas da Veja e de outras revistonas e teve espaço generoso, quase diário, nos jornalões.

Doria quer uma TV Cultura “pró-mercado”

Por Altamiro Borges

O Estadão informou neste domingo (12) que João Doria, o lobista que virou governador de São Paulo, quer transformar a TV Cultura num canal “pró-mercado”. Um dia depois, o mesmo o jornal revelou que o fascista travestido de tucano já escolheu o novo presidente da Fundação Padre Anchieta, que controla a emissora pública paulista: será José Roberto Maluf, ex-dirigente da Band e SBT. O Estadão só não informou que o tal executivo também já foi vice-presidente executivo da Doria Associados, o biombo marqueteiro do atual governador.

Moro vira bagaço no "laranjal" de Bolsonaro

Bolsonaro tira Moro da frente em 2022

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Falem o que quiserem do capitão presidente, mas burro ele não é, ou não teria vencido a eleição em 2018.

Pode parecer uma loucura - e é -, mas Bolsonaro já está pensando na reeleição em 2022.

Foi só por isso, e para agradar à sua seita nas redes sociais, que ele antecipou o pagamento da fatura a Sergio Moro por ter prendido Lula e deixado o campo livre para a sua vitória.

Vejam o que ele disse, com todas as letras, em entrevista à rádio Bandeirantes no domingo:

“A primeira vaga que tiver no STF, eu tenho esse compromisso com Moro, e se Deus quiser nós cumpriremos esse compromisso. Acho que a nação toda vai aplaudir um homem com esse perfil dentro do STF”.

Site do Barão-RJ sofre censura do Facebook

Por Larissa Ormay, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Quando o Facebook anunciou que contrataria o serviço de checagem de notícias para combater a desinformação na rede social, já sabíamos que a mídia alternativa correria um sério risco de censuras. É corriqueiro o silenciamento de vozes que ousam se levantar para contrapor a narrativa da mídia que atua como partido político das oligarquias na América Latina. A oportunidade do Facebook não seria desperdiçada.

Já se notabilizam casos estapafúrdios envolvendo a checagem de notícias com viés preconceituoso contra a blogosfera progressista. Talvez o exemplo mais famoso se refira ao episódio da tentativa de entrega de um terço a Lula.

Unir, unir e unir contra os retrocessos

Por João Guilherme Vargas Netto

Não me impressionaram as palavras do presidente Bolsonaro anunciando para esta semana um tsunami. Menos que um alerta, soaram como uma nova tentativa de turvar as águas.

E, como estamos sob o signo de personagens históricas da esquerda, há um trotskismo evidente no “tsunami permanente” que sofrem os milhões de brasileiros desempregados em uma economia que não lhes oferece emprego, diferentemente do que foi anunciado pelos promotores da deforma trabalhista.

Esta é a base grande do mal estar que tem originado o começo de reações maciças ao descalabro agravado pelas medidas governamentais.

A entrevista de Lula a Kennedy Alencar