Por Clarisse Gurgel, na revista CartaCapital:
Nos últimos dias, começou-se a ventilar a hipótese de um impeachment do atual presidente, Jair Bolsonaro. Correlato a isto, o presidente alardeou contra as corporações, convocando um ato da sociedade civil, em combate à “velha forma de fazer política”, o que costumamos chamar aqui de “mercado político”.
Na chamada para o ato, Bolsonaro fez uso de um texto informal de um seguidor, em que afirma a “disfuncionalidade” do Brasil. O atual presidente, mesmo aparentando não entender o papel dos meios institucionais, só tem feito reafirmar os pilares das instituições liberais. Isto porque reproduz, mesmo que sem perceber, um valor fundante do pensamento funcionalista capitalista, que ensina a nós que a sociedade é como um corpo humano, cujos órgãos possuem uma função predeterminada e cujos problemas devem ser tratados como se fossem doenças, desvios. Assim seriam os órgãos públicos.
Na chamada para o ato, Bolsonaro fez uso de um texto informal de um seguidor, em que afirma a “disfuncionalidade” do Brasil. O atual presidente, mesmo aparentando não entender o papel dos meios institucionais, só tem feito reafirmar os pilares das instituições liberais. Isto porque reproduz, mesmo que sem perceber, um valor fundante do pensamento funcionalista capitalista, que ensina a nós que a sociedade é como um corpo humano, cujos órgãos possuem uma função predeterminada e cujos problemas devem ser tratados como se fossem doenças, desvios. Assim seriam os órgãos públicos.