sexta-feira, 5 de julho de 2019

Bolsonaro e a mentira fascista

Por Jean Wyllys, em seu blog:

Jair Bolsonaro faz um governo de mentira. De mentiras.

Eleito por uma campanha feita à base de fake news (notícias falsas), insultos a adversários e discursos de ódio contra LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros), mulheres, quilombolas e comunistas, uma vez presidente da República, Bolsonaro decidiu governar o país com os mesmos ingredientes, cercando-se de gente tão mau-caráter quanto ele para levar adiante seu empreendimento fascista.

Sim, embora a imprensa séria brasileira ainda tenha pudores em usar esta palavra (e mesmo a expressão "governo de extrema-direita", usada pela imprensa europeia para se referir ao governo Bolsonaro), a verdade é que o país está sob um governo fascista.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

A rendição no acordo Mercosul-União Europeia

Por Moara Crivelente, no site da Fundação Maurício Grabois:

As negociações do Acordo de Associação Estratégica entre Mercosul e UE, lançadas há 20 anos, tomaram novo impulso em 2016, com uma nova troca de ofertas. Em 2018, as componentes política e de cooperação foram acordadas, focando em temas como a migração, a economia digital, pesquisa e educação, responsabilidade empresarial e social, proteção ambiental, governação dos oceanos e a luta contra o terrorismo, a lavagem de dinheiro e os crimes cibernéticos.

Bolsonaro: capacho dos EUA e lobista

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Vamos falar a verdade como ela é: nos últimos dias, o capitão Bolsonaro perdeu completamente a compostura e está fazendo papel de palhaço, ridicularizando o papel de presidente da República.

Nem se trata de seguir a liturgia do cargo, como pregava o ex-presidente José Sarney, mas apenas de um mínimo de decoro e respeito ao cargo que ocupa.

Como se fosse um torcedor qualquer que rompeu o cordão de segurança, na noite de terça-feira Bolsonaro apareceu dando a volta olímpica no Mineirão, acenando com uma bandeira do Brasil.

Parecia aquela Janaína Pascoal, advogada do impeachment que se elegeu deputada pelo PFL, rodopiando com a bandeira num palco armado em frente à Faculdade de Direito da USP, feito uma pomba gira, pouco antes do golpe de 2016.

Moro fugiu da Câmara aos gritos de ladrão

Por Jeferson Miola, em seu blog:               

Sérgio Moro fugiu do depoimento na Câmara dos Deputados aos gritos de “ladrão, ladrão, ladrão” ….

O criminoso desmascarado pelo Intercept repetiu o procedimento covarde do seu chefe, o fujão que na eleição de 2018 fraudou a democracia e evitou por todos os meios expor sua dimensão política e existencial miserável nos debates eleitorais.

Esses 2 personagens deploráveis – Moro e Bolsonaro – se merecem. O Brasil e o povo brasileiro, lamentavelmente, não mereciam ser vitimados dessas figuras deploráveis.

Por que os psicopatas chegaram ao poder

Por George Monbiot, no site Outras Palavras:

Quem, em seu juízo perfeito, poderia desejar esse trabalho? É quase certo que acabará, como descobriu Theresa May, em fracasso e execração pública. Procurar ser primeiro-ministro britânico, hoje, sugere ou confiança imprudente ou fome insaciável de poder. Talvez necessitemos de uma ironia como a de Groucho Marx: alguém louco o suficiente para candidatar-se a essa função deveria ser desqualificado para concorrer.

"Trio do Mal" acelera golpe da Previdência

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Valeu tudo, inclusive trocar deputados na última hora, para manter a fidelidade dos votos.

Rodrigo Maia, o Centrão e o PSL acabam de demonstrar que não estão dispostos a um mínimo de concessões para aprovar, a toque de caixa, o projeto da reforma da Previdência.

Parece que as ameaças feitas nas manifestações de domingo produziram efeito sobre Maia.

A Comissão, que vinha sendo tocada de forma democrática até o início da semana, entrou num frenesi deliberativo que suprimiu, na prática, todas as discussões e diferenças de entendimento.

Medidas que afogam a indústria brasileira

Editorial do site Vermelho:

Não se pode falar em país em desenvolvimento sem política industrial. Nenhuma economia ostenta crescimento sustentável sem um contínuo processo de inovação tecnológica. A história do capitalismo e dos países que pegaram outras vias de desenvolvimento, como o socialismo chinês, é sustentada na progressão industrial. O grande debate, hoje, se dá em torno dessa questão. E aparecem duas vertentes: uma que arrocha os investimentos públicos e outra que quer a sua ampliação, fazendo do Estado o centro articulador de um projeto de desenvolvimento.

A heroica greve dos jornalistas de Alagoas

Por Altamiro Borges

Em um cenário de precarização do trabalho e de crescente assédio moral, a vitoriosa greve dos jornalistas de Alagoas merece muito festejo. Após nove dias de paralisação, que contou com a adesão de cerca de 90% da categoria, o Tribunal Regional do Trabalho rejeitou nesta quarta-feira (4) a abjeta proposta patronal de corte de 40% no piso salarial dos profissionais. Além disso, o TRT-AL aprovou o reajuste de 3% nos salários, o não desconto dos dias parados e a estabilidade no emprego de 90 dias para os grevistas.

"Antagonista" é porta voz de Sergio Moro

quarta-feira, 3 de julho de 2019

O caminho sem volta de Sergio Moro

Moro perdeu a noção da função de juiz

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Rebolando na frigideira do The Intercept, o ex-juiz Sergio Moro ameaçou os brasileiros com um “pouco de cultura”. Recorreu ao poeta romano Horácio: Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus (A montanha pariu um rato).

É modéstia afirmar que a montanha pariu “um” rato. Pariu uma ninhada. Disse e digo: as montanhas brasileiras têm se esmerado em parir ratazanas de vários tamanhos e de variegada pelugem. Veja, caro leitor, camundongos miúdos movimentam os bigodes e emitem guinchos nos esgotos das redes sociais. Incentivados por ratazanas graúdas e poderosas, transmitem a peste da intolerância, como os ratos de Albert Camus transmitiam a peste bubônica na cidade argelina de Orã.

Moro na Câmara: os piores momentos

Bolsonaro vai jogar Moro no lixo

Uma declaração de guerra ao Irã via Twitter

Por Vijay Prashad, no jornal Brasil de Fato:

Em um bunker na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, mexe os polegares. Seus conselheiros - John Bolton e Mike Pompeo - querem que ele aniquile o Irã. Ele concorda, mas não consegue decidir. No Twitter, ele já declarou guerra, mas sua mão paira sobre a ordem, que ainda não assinou. Mas pode fazê-lo - a qualquer momento. Essa é a atitude explosiva de Trump.

Enquanto isso, do Teerã, a visão é diferente. O Irã enfrenta agressões dos Estados Unidos há décadas. Em 1953, a Agência Central de Inteligência (CIA) derrubou o primeiro-ministro democraticamente eleito Mohammad Mosaddeg e depois apoiou totalmente a monarquia autoritária do Xá do Irã até que ele foi derrubado por uma rebelião popular em 1979. Foram os Estados Unidos, outros países da Europa Ocidental e a Arábia Saudita que instigaram o Iraque a invadir o Irã e levar a cabo uma terrível guerra por oito longos anos. Duas guerras imprudentes dos EUA - contra o Afeganistão (2001) e o Iraque (2003) - derrotaram adversários de longa data do Irã, o Talibã e o Partido Baath, de Saddam Hussein. Os EUA conduziram essas guerras, mas foi o Irã quem as ganhou.

Bolsonaro, cada vez mais isolado no mundo

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

Desde sua estreio em viagens presidenciais, quando foi a Davos, nos alpes suíços, em janeiro passado, a cada saída oficial de Jair Bolsonaro, o país fica na expectativa de qual será a vergonha da vez.

É infalível: foi assim em Washington, com demonstrações explícitas de submissão diante de Donald Trump, seu modelo e paradigma, foi assim no Chile, em seu retorno aos Estados Unidos, e também na Argentina.

Agora, ele foi mais longe: a Osaka, no Japão, para a cúpula do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo. E o respeitável público não se decepcionou: antes mesmo de seu voo, outro avião da comitiva presidencial foi pivô de um grave incidente na Espanha. Um sargento da Força Aérea brasileira, integrante da tripulação, foi pego com 39 quilos de cocaína.

Delações eram aceitas se incriminassem Lula

Do blog Socialista Morena:

Os novos vazamentos de diálogos entre os procuradores da força-tarefa da operação Lava-Jato sugerem que as delações “premiadas” só eram aceitas pelos procuradores se incriminassem Lula. E quem é que, preso, não diria o que fosse necessário para se safar?

É o que se pode deduzir do caso do executivo da OAS, Léo Pinheiro. Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo em parceria com o site The Intercept Brasil, a delação de Léo Pinheiro só foi aceita depois que ele mudou sua versão “diversas vezes” para agradar aos procuradores. “Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista”, diz a reportagem.

Os ricos ficaram mais ricos no Brasil

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Desde a crise, os 10% mais ricos aumentaram a fatia que abocanham da riqueza nacional. É o que mostra publicação do Dieese “A importância da política de valorização do salário mínimo e a urgência de renová-la”.

Como sintetizado no gráfico a seguir, retirado da publicação, até 2015, aumentou a participação dos 40% mais pobres e dos 50% intermediários na distribuição de rendimentos de todas as fontes e diminuiu a participação dos 10% mais ricos. No entanto, “essa trajetória de desconcentração de rendimentos se inverteu a partir de 2015, com perda de participação dos mais pobres e dos intermediários e elevação da parte dos 10% mais ricos”.


Governo federal abastece a crise climática

Por Alessandra Cardoso e Nathalie Beghin, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A despeito da grave crise econômica e dos cortes de gastos públicos que estão atualmente na pauta da política nacional, os combustíveis fósseis têm recebido vultosos investimentos e incentivos fiscais para seu desenvolvimento. Mas há necessidade de subsidiar um setor responsável por impactos sociais e ambientais que agravam o quadro das mudanças climáticas?

Para responder a essa pergunta, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) monitora, desde 2018, o volume dos recursos públicos alocados pelo governo federal nos combustíveis fósseis, da produção ao consumo. Estudo inédito do instituto mostrou que, em 2018, foram R$ 85,1 bilhões em subsídios – montante que corresponde a cerca de 1% do PIB e a 6% da arrecadação para o mesmo ano.

Assim é que se trabalha bem

Por João Guilherme Vargas Netto

As centrais sindicais reuniram-se em São Paulo no dia 28 de junho para balancear o resultado de suas iniciativas e da luta dos trabalhadores, em particular os esforços feitos no Congresso Nacional para aplicar as duas táticas intuitivas contra a pretendida deforma previdenciária de Guedes e Cia. e determinar a continuidade da luta durante as férias escolares e os recessos judiciário e parlamentar.

Assistiram à reunião representações estudantis e dos movimentos populares que elogiaram o espírito unitário prático que a caracterizou.