sexta-feira, 19 de julho de 2019
Censura a Miriam Leitão é ação fascista
Por Renato Rovai, em seu blog:
Miriam Leitão foi desconvidada a falar na Feira Literária de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, junto com o sociólogo Sérgio Abranches.
O que mais espanta é que Miriam Leitão é uma liberal de direita. Abranches no máximo de centro.
O coordenador geral da feira, João Chiodini, disse que a decisão de desconvidar a jornalista e o sociólogo foi tomada “com vergonha”, mas “para garantir a segurança dos convidados”.
Ah, então tá. Somos todos idiotas.
Segurança se garante com seguranças. Chiodini se rendeu à pressão da elite fascista local.
O que mais espanta é que Miriam Leitão é uma liberal de direita. Abranches no máximo de centro.
O coordenador geral da feira, João Chiodini, disse que a decisão de desconvidar a jornalista e o sociólogo foi tomada “com vergonha”, mas “para garantir a segurança dos convidados”.
Ah, então tá. Somos todos idiotas.
Segurança se garante com seguranças. Chiodini se rendeu à pressão da elite fascista local.
O Bozo, o astrólogo e o burro
Por Leonardo Giordano, no blog Cafezinho:
Os desmontes baseados em preconceitos ideológicos, slogans idiotas e chavões parecem não ter fim. Enquanto a maioria dos países cuida de suas universidades pela óbvia razão de que pretendem assegurar o futuro de seus povos, as nossas são acusadas de “antros de usuários de drogas”, “marxismo cultural” (como sequer se define o que é isso?) e de “gastança”.
Depois do desmonte ambiental que está chocando o mundo, da deforma da previdência e de palhaçadas e idiotices as mais diversas (do Golden Shower a fritar hambúrguer no Maine, passando por teleshop) o discipulado de Olavo de Carvalho, que tem dúvidas sobre terra plana, vacinas e malefícios do tabagismo, traça um projeto de raquitismo eterno para as universidades públicas.
Tabata Amaral se alia ao 'feminismo do 1%'
Por Maíra Miranda, no blog Socialista Morena:
O nome de Tabata Amaral, jovem deputada federal oriunda da periferia de São Paulo e que chegou a Harvard, se fez gigante logo nos primeiros dias do governo Bolsonaro, em que a aplaudimos em embates memoráveis, como aquele com Ricardo Vélez Rodrigues que iniciaria seu processo de saída do ministério da Educação. A pasta é a principal preocupação da deputada, que se define como ativista pela educação.
O nome de Tabata Amaral, jovem deputada federal oriunda da periferia de São Paulo e que chegou a Harvard, se fez gigante logo nos primeiros dias do governo Bolsonaro, em que a aplaudimos em embates memoráveis, como aquele com Ricardo Vélez Rodrigues que iniciaria seu processo de saída do ministério da Educação. A pasta é a principal preocupação da deputada, que se define como ativista pela educação.
"Ampliar alianças e oferecer esperança"
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
“É necessário que a gente se volte para a pauta do Brasil”, diz o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que defende uma agenda que unifique mais partidos: “Não dá para nos limitarmos a dois, três. No principal, tem muita convergência”. De outro lado, mais mobilização na rua e menos ativismo digital. “Vamos ter de parar de acreditar que vamos resolver tudo no celular, nas redes sociais”, afirmou o governador, durante entrevista coletiva a veículos alternativos de comunicação, na noite de ontem (18). Foi a terceira entrevista com governadores promovida pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, no centro da capital paulista. Em março, esteve no local Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, e em junho Rui Costa (PT), da Bahia.
“É necessário que a gente se volte para a pauta do Brasil”, diz o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que defende uma agenda que unifique mais partidos: “Não dá para nos limitarmos a dois, três. No principal, tem muita convergência”. De outro lado, mais mobilização na rua e menos ativismo digital. “Vamos ter de parar de acreditar que vamos resolver tudo no celular, nas redes sociais”, afirmou o governador, durante entrevista coletiva a veículos alternativos de comunicação, na noite de ontem (18). Foi a terceira entrevista com governadores promovida pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, no centro da capital paulista. Em março, esteve no local Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, e em junho Rui Costa (PT), da Bahia.
O que sobrou da promessa da 'nova política'?
Muito antes de se tornar candidato a presidente, Jair Bolsonaro (PSL) já evocava sua estratégia discursiva sobre uma nova forma de fazer política. “Toda a imprensa pergunta para mim: como você vai governar sem o ‘toma lá, dá cá’? Eu devolvo a pergunta: existe outra forma de governar, ou é só essa? Se é só essa, eu tô fora”, anunciava, à TV Bandeirantes, em novembro de 2017. Nas eleições, seu exército de candidaturas ao Congresso Nacional deu o mesmo tom para angariar votos. Mas as negociações para aprovar a reforma da Previdência deixaram bem claro que a aclamada “nova política” não pegou entre os parlamentares – porque, de fato, nem política é.
O drama do desemprego em massa
Editorial do site Vermelho:
O maior drama da atualidade no Brasil é o desemprego em massa. Suas consequências têm múltiplas dimensões, o que configura uma tragédia social. Fome, desassistência em aspectos como saúde e educação, violência e falta de perspectiva são alguns dos seus efeitos. Tudo isso causa justa indignação, mas, além de lamentar, impõe-se a busca de caminhos para mobilizar forças capazes de superar essa tragédia, o que começa pela compreensão das suas causas.
O maior drama da atualidade no Brasil é o desemprego em massa. Suas consequências têm múltiplas dimensões, o que configura uma tragédia social. Fome, desassistência em aspectos como saúde e educação, violência e falta de perspectiva são alguns dos seus efeitos. Tudo isso causa justa indignação, mas, além de lamentar, impõe-se a busca de caminhos para mobilizar forças capazes de superar essa tragédia, o que começa pela compreensão das suas causas.
quinta-feira, 18 de julho de 2019
A justa ansiedade e o tempo real da política
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Nada acontece por acaso. Quando o ex-diretor da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, diz à justiça, referindo-se ao processo do sítio de Atibaia, que foi “quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido” e que teve que “construir um relato” é porque as placas tectônicas da conjuntura começam a se mover.
Duvido que há 40 dias, ou seja, antes das revelações do site The Intercept sobre os crimes cometidos pelos principais próceres da Lava Jato, esse depoente tivesse a coragem de botar o dedo na ferida em juízo. O súbito desassombro do executivo deve-se ao início da mudança de direção dos ventos políticos.
Nada acontece por acaso. Quando o ex-diretor da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, diz à justiça, referindo-se ao processo do sítio de Atibaia, que foi “quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido” e que teve que “construir um relato” é porque as placas tectônicas da conjuntura começam a se mover.
Duvido que há 40 dias, ou seja, antes das revelações do site The Intercept sobre os crimes cometidos pelos principais próceres da Lava Jato, esse depoente tivesse a coragem de botar o dedo na ferida em juízo. O súbito desassombro do executivo deve-se ao início da mudança de direção dos ventos políticos.
Qual reforma tributária?
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
Existem alguns temas que praticamente não saem do foco da agenda política nacional. A grande maioria das pessoas se dizem plenamente favoráveis a eles e consideram essencial a sua aprovação pelo Congresso Nacional. Dentre esses assuntos, estão sempre presentes a Reforma Política, a Reforma Tributária e a redefinição dos termos do pacto federativo.
Existem alguns temas que praticamente não saem do foco da agenda política nacional. A grande maioria das pessoas se dizem plenamente favoráveis a eles e consideram essencial a sua aprovação pelo Congresso Nacional. Dentre esses assuntos, estão sempre presentes a Reforma Política, a Reforma Tributária e a redefinição dos termos do pacto federativo.
Desastre da política ambiental de Bolsonaro
Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:
A situação das políticas voltadas ao meio ambiente, aos povos da floresta e à agricultura familiar de base ecológica nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro não podem ser contextualizadas sem antes mencionar a ascensão dos ruralistas do agronegócio ao poder. Os ruralistas se consolidaram como grupo de interesse no governo, que precisam de insumos, da terra e aumento da produção agrícola a qualquer custo. Ao favorecê-los, a atual gestão compromete a preservação do meio ambiente, a demarcação de terras indígenas, a titulação de quilombolas e a agricultura familiar de produtos orgânicos saudáveis como alternativa para a produção de alimentos transgênicos ou com uso excessivo de agrotóxicos.
A situação das políticas voltadas ao meio ambiente, aos povos da floresta e à agricultura familiar de base ecológica nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro não podem ser contextualizadas sem antes mencionar a ascensão dos ruralistas do agronegócio ao poder. Os ruralistas se consolidaram como grupo de interesse no governo, que precisam de insumos, da terra e aumento da produção agrícola a qualquer custo. Ao favorecê-los, a atual gestão compromete a preservação do meio ambiente, a demarcação de terras indígenas, a titulação de quilombolas e a agricultura familiar de produtos orgânicos saudáveis como alternativa para a produção de alimentos transgênicos ou com uso excessivo de agrotóxicos.
Incitatus vai a Washington
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:
Marx talvez não tenha sido tão preciso assim quando escreveu que a História acontece como tragédia e depois se repete como farsa. Pode ser que, surgindo como farsa, repita-se também como farsa. Mil novecentos e setenta e oito anos passados, o que aconteceu em Roma está, de algum modo, repetindo-se aqui. É o que leva a pensar a ameaça de Jair Bolsonaro de presentear seu filho Eduardo, o Zero3, com a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Para tanto, o próprio Eduardo, deslumbrado com o mimo, brande suas credenciais para Washington: fez intercâmbio e fritou hambúrgueres no estado do Maine, fustigado pelos ventos do Atlântico Norte. Portanto, chapeiro testado e aprovado. Sim, é isto.
Descolonizar o saber e o poder
Mural: Oswaldo Guayasamin |
“Outras Palavras” tem orgulho de publicar, com frequência, os textos de intervenção política de Boaventura de Sousa Santos. O que vem a seguir refere-se, em sua parte final, às eleições parlamentares portuguesas: marcadas para outubro, elas já incendeiam o país, inclusive pelo inconformismo da direita diante da “gerigonça” – um raro governo de esquerda. Talvez falte, ao leitor não-português, contexto para compreender parte dos argumentos lançados neste trecho.
Universidade não é banca de camelô
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O projeto de financiamento privado das universidades federais, anunciado com pompa hoje pelo cidadão que responde pelo Ministério da Educação, é uma deformação completa do que são os mecanismos que fazem a supostamente ideal fórmula norte-americana para ampliar a pesquisa e desenvolvimento.
Primeiro, é uma mentira grosseira que sejam as empresas quem financiem a maior parte das pesquisas por lá. Longe disso.
O projeto de financiamento privado das universidades federais, anunciado com pompa hoje pelo cidadão que responde pelo Ministério da Educação, é uma deformação completa do que são os mecanismos que fazem a supostamente ideal fórmula norte-americana para ampliar a pesquisa e desenvolvimento.
Primeiro, é uma mentira grosseira que sejam as empresas quem financiem a maior parte das pesquisas por lá. Longe disso.
Confirmado o 'cachezinho' de Deltan. E agora?
Por Altamiro Borges
Quando a jornalista Mônica Bergamo postou a bombástica nota sobre o cachê pago pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) ao pastor do powerpoint Deltan Dallagnol – R$ 30 mil, mais direito à diversão de toda família no luxuoso Beach Park –, os bolsonaristas mais tapados ficaram irritados, histéricos. Espalharam novamente pelas redes sociais que a colunista da Folha é comunista, inimiga da midiática Lava-Jato e do “mito” Jair Bolsonaro – que deve muito da sua eleição às pirotecnias e abusos de autoridade de Sergio Moro e do seu procurador-capacho. Agora, porém, a própria entidade patronal confirma o pagamento do “cachezinho” e a gentil doação do passeio no parque.
Quando a jornalista Mônica Bergamo postou a bombástica nota sobre o cachê pago pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) ao pastor do powerpoint Deltan Dallagnol – R$ 30 mil, mais direito à diversão de toda família no luxuoso Beach Park –, os bolsonaristas mais tapados ficaram irritados, histéricos. Espalharam novamente pelas redes sociais que a colunista da Folha é comunista, inimiga da midiática Lava-Jato e do “mito” Jair Bolsonaro – que deve muito da sua eleição às pirotecnias e abusos de autoridade de Sergio Moro e do seu procurador-capacho. Agora, porém, a própria entidade patronal confirma o pagamento do “cachezinho” e a gentil doação do passeio no parque.
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Miriam Leitão e o ovo da serpente
Por Altamiro Borges
As milícias bolsonaristas, que têm muitas semelhanças com as hordas fascistas, seguem com a sua cavalgada aterrorizante pelo Brasil. Na semana passada, elas atacaram na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, tentando inviabilizar uma palestra do premiado jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept. Agora, elas conseguiram suspender um convite à colunista Miriam Leitão, uma das principais celebridades do Grupo Globo, para participar da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.
As milícias bolsonaristas, que têm muitas semelhanças com as hordas fascistas, seguem com a sua cavalgada aterrorizante pelo Brasil. Na semana passada, elas atacaram na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, tentando inviabilizar uma palestra do premiado jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept. Agora, elas conseguiram suspender um convite à colunista Miriam Leitão, uma das principais celebridades do Grupo Globo, para participar da 13ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.
Oposição tenta reduzir golpes da Previdência
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
O Congresso Nacional entra em recesso nesta quarta-feira (18). Deputados e senadores voltam em agosto. A oposição ao governo Bolsonaro conta com esse período, em que parlamentares ficarão expostos a suas bases, para que pelo menos alguns pontos do texto da “reforma” da Previdência, aprovado em primeiro turno, sejam modificados na segunda votação da Câmara. O abono salarial e a pensão por morte são duas questões do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) que oposicionistas acreditam ser possível mudar.
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