domingo, 1 de setembro de 2019

Glenn Greenwald e os lucros da Globo

Do blog Viomundo:

Em entrevista ao programa Entre Vistas, da TVT, o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, explicou a estratégia que usou para atrair parceiros e aumentar o alcance da Vaza Jato.

Ele também falou sobre a parceria preguiçosa do Jornal Nacional, da TV Globo, com a Operação Lava Jato.

Segundo Greenwald, o apresentador William Bonner fazia as chamadas sobre revelações de grandes escândalos e garantia audiência do telejornal, mas a emissora não gastava um tostão sequer na apuração das denúncias, ou seja, na confirmação das delações que propagava como verdadeiras.

Queiroz devia fazer Toffoli corar de vergonha

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Isso se o presidente do STF não figurasse hoje na galeria dos homens públicos mais execráveis da República, de mãos dadas a Bolsonaro, Moro e Dallagnol.

Isso se ele não pudesse ser comparado a um ser invertebrado, dado ao seu comportamento camaleônico, ao sabor das conveniências políticas de momento.

Isso se não tivesse se deixado tutelar por generais-assessores, feito inédito em toda a história do Supremo, impensável até durante a ditadura militar.

Isso se não tivesse se tornado “corda e caçamba” do sujeito que ocupa a cadeira presidencial de forma indigna.

Moro segue o ocaso dos generais

Charge: Gladson Targa
Por Fernando Brito, em seu blog:

Quando se iniciou o governo, 11 em cada dez analistas políticos previam que, por quantidade e postos, os militares teriam um papel reitor na gestão de Jair Bolsonaro.

Oito meses bastaram para ver que, de fato, se deu o contrário: Bolsonaro transformou os generais em solícitos ajudantes-de-ordens e espirrou para fora do governo o general Santos Cruz, o único que quis resistir aos ensandecidos métodos do ex-capitão.

sábado, 31 de agosto de 2019

Quem é o ex-juiz e ministro Sergio Moro?

Wilson Witzel e a tragédia do Rio de Janeiro

Absurdos de Bolsonaro repercutem no mundo

Que as lágrimas se transformem em revolta

Governo dos EUA está desistindo de Bolsonaro

A história será implacável com os golpistas

Do site de Dilma Rousseff:

No dia 31 de agosto de 2016, consumado o afastamento do exercício da Presidência da República, Dilma Rousseff se dirigiu ao povo brasileiro na sala dourada do Palácio da Alvorada, residência oficial onde viveu por seis anos. Foi seu último pronunciamento, em que antevê os retrocessos impostos ao povo brasileiro e denuncia os riscos econômicos e sociais para o país.

“O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social”, profetizou.

Em três anos de golpe, o desmonte do Brasil

Por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:

O complexo processo político, jurídico e midiático que levou ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff dá margem para muitas efemérides. Dezembro de 2015, quando o hoje encarcerado Eduardo Cunha acolheu o pedido de impeachment elaborado por Janaína Pascoal e Miguel Reale Jr. Abril de 2016, quando a Comissão Especial aprova relatório favorável à abertura do processo, seis dias antes de, no dia 17, o plenário aprovar por 367 a 137 o encaminhamento do processo para o Senado.

Com pibinho, galinha tenta alçar novo voo

Editorial do site Vermelho:

Investimento e consumo. Essa é a base da dinâmica da economia, o motor do desenvolvimento de um país. No caso do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que apresentou crescimento de 0,4%, não há nem uma coisa nem outra. O presidente Jair Bolsonaro, que confessa desconhecer como funciona a economia, comemorou o resultado que livra o país de uma recessão técnica, dizendo que ele é fruto de investimento e que logo vem o consumo. Na prática, Bolsonaro fez como o personagem que ouviu o galo cantar, mas não sabe onde.

A cabeça nas nuvens ou os pés no chão

Por João Guilherme Vargas Netto

Eu não soube nunca de um exército derrotado que tentasse impor os termos da rendição aos vitoriosos.

E é isto, me parece, que algumas direções sindicais andam tentando fazer ao se debruçarem com uma insistência desmoralizadora sobre o projeto de uma futura organização sindical.

Desconhecem o estrago já causado nas fileiras sindicais pela recessão, pela deforma trabalhista e pelo governo Bolsonaro e insistem em documentar qual seria uma proposta vantajosa para o movimento sindical a ser apresentada às centrais sindicais e discutida com elas e com a CNI para orientar a ação no Congresso.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Moratória na Argentina abala os neoliberais

A perversão desumana do lavajatismo

Por Gustavo Freire Barbosa, na revista CartaCapital:

Lavajatismo e bolsonarismo são fenômenos que se confundem. Seus valores são praticamente os mesmos: moralismo exacerbado, messianismo, criminalização da política, ojeriza a evidências científicas e desprezo ao que se convencionou a chamar de estado democrático de direito. Tudo temperado com um maniqueísmo adolescente e com uma profunda, bizarra e constrangedora indigência intelectual.

Amazônia "não é mais nossa", diz Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em circulação pela internet, um vídeo de um minuto e 20 segundos é de particular utilidade para se compreender as ideias e a visão de mundo de Jair Bolsonaro, eleito em outubro de 2018 para ocupar a presidência do Brasil até janeiro de 2023. 

Postado no tuite do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), com uma marca "Bolsonaro TV," o vídeo é uma peça da campanha presidencial e mostra Bolsonaro de microfone na mão, em pé diante de uma mesa, na qual é possível reconhecer o filho 03 - hoje candidato a embaixador em Washington - e a cabeça branca do Major Olimpio, eleito senador.

Doria rejeita o 'Bolsodoria' só no discurso

Por Arthur Stabile, Fausto Salvadori e Mariana Ferrari, no site The Intercept-Brasil:

Na noite de 17 de julho, Paula [*] perdeu o único irmão, morto por policiais militares em Guarulhos, na Grande São Paulo, naquele tipo de ocorrência que o governo classifica como “morte decorrente de intervenção policial”, mas que as famílias dos mortos preferem chamar simplesmente de assassinato.

O irmão de Paula e outros três amigos foram mortos por policiais da Rota, a tropa mais letal da PM paulista. Os policiais afirmam que Vitor Nascimento Barboza Alves, 21 anos, Ronei Oliveira de Souza, 20 anos, Nicolas Vieira Canda, 19 anos, e Leonardo Rocha de Carvalho, 23 anos, estavam em um carro que “apresentava envolvimento anterior em crimes e vinha sendo monitorado pela PM”. Segundo seus relatos, houve perseguição e o motorista atirou contra eles, que revidaram e atingiram os jovens. Os PMs não explicam quais crimes nem as provas que liguem o carro a ilegalidades.


A Amazônia e a metástase Bolsonaro

Charge: Alex Falcó/Cuba, no site Rebelión
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Chamuscado, o país chega ao oitavo mês de um governo velho e envilecido e todos se perguntam se teremos condições de suportar o que aí está até o final do mandato do capitão, que atua sem peias, irresponsavelmente, destroçando os mecanismos de controle republicano.

Sem limites éticos, Bolsonaro ignora os freios políticos ou jurídicos dos demais Poderes, desprestigiados aos olhos do que se convencionou chamar de opinião pública. E, seguindo um cardápio de ações aparentemente incongruentes para um governante, vem criando, desde a posse, sucessivas crises políticas. Esta de nossos dias, pelas suas repercussões, inclusive internacionais, é seu primeiro grande desafio politico, e é ainda em seu pleno desenrolar que o bolsonarismo dá os primeiros sinais de exaustação.

Trabalho infantil e país dos desempregados

Por Euzébio Jorge Silveira de Sousa e Carlos Eduardo Siqueira, no site da Fundação Maurício Grabois:

Por que defender o trabalho infantil em um país com elevado desemprego? No mundo, 210 milhões de adultos sofrem com o desemprego, ao passo que existem 152 milhões de crianças trabalhando, segundo Kailash Satyarthi, ganhador do prêmio Nobel da paz. Satyarthi afirma ainda que nos últimos 20 anos o número de crianças trabalhando reduziu de 260 milhões para 152 milhões, o que correspondeu a uma redução de 42%. No entanto, no Brasil, ao menos 1,8 milhão de pessoas entre 5 e 17 anos trabalhavam em 2016, número que pode chegar a 2,5 milhões se for considerado o trabalho de subsistência, segundo o Fórum nacional de prevenção e erradicação do trabalho infantil.

Repúdio às intervenções arbitrárias no CNDH

Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos exonerou nesta terça-feira, 27 de agosto, de forma arbitrária, a coordenadora-geral do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Caroline Dias dos Reis. A intervenção do Ministério do CNDH fere a autonomia e a independência administrativa do Conselho, conforme estabelecido pelos Princípios de Paris, dos quais o Brasil é signatário.

As entidades abaixo assinadas, integrantes da Comissão Permanente de Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão do CNDH, vêm a público repudiar a atitude do Ministério, bem como denunciar os ataques ao Conselho que antecederam a destituição de sua coordenadora-geral.

Desmatamento pode acabar com o agronegócio

Charge: Elena Ospina/Colômbia
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Caso os recentes aumentos no desmatamento da Amazônia não sejam rapidamente estancados e, na sequência, revertidos, com políticas de reflorestamento, a região deve influenciar fortemente o clima da região Centro-Oeste, que se tornaria infértil e inviabilizaria o agronegócio local.

No curto prazo, além do risco de boicotes econômicos serem praticados por países grandes importadores diretos de commodities agrícolas e minerais do país, a imagem ambientalmente negativa dos produtos brasileiros já começou a gerar prejuízos econômicos ao país.