sábado, 28 de setembro de 2019
Os filhos desesperados do golpe de 2016
Brasil 2014: dói e revolta pensar que, apenas cinco anos atrás, o Brasil vivia num regime de pleno emprego e era admirado e respeitado no mundo inteiro.
Muita gente se esquece disso. Naquele ano, teve início a Operação Lava Jato.
Brasil 2019: ruas inteiras em São Paulo e no Rio, as maiores cidades do país com lojas fechadas, fábricas e armazéns abandonados, filas intermináveis de brasileiros desesperados que madrugam em busca de uma vaga de emprego, calçadas tomadas por camelôs e vendedores de comida, a uberização avançando em todos os setores da economia.
Muita gente se esquece disso. Naquele ano, teve início a Operação Lava Jato.
Brasil 2019: ruas inteiras em São Paulo e no Rio, as maiores cidades do país com lojas fechadas, fábricas e armazéns abandonados, filas intermináveis de brasileiros desesperados que madrugam em busca de uma vaga de emprego, calçadas tomadas por camelôs e vendedores de comida, a uberização avançando em todos os setores da economia.
Janot e a pistolagem política e jurídica
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Rodrigo Janot assumiu que em maio de 2017, quando chefiava a Procuradoria da República e orquestrava a organização criminosa da Lava Jato, “por muito pouco” não assassinou Gilmar Mendes com “um tiro na cara dele”.
Janot disse que depois de assassinar o ministro do STF, planejava se suicidar. Ele não esclareceu, contudo, se se suicidaria com um tiro na própria “cara” ou por qual método.
O ex-chefe da PGR disse, incrivelmente, que só não consumou o assassinato porque foi salvo pelos dedos das suas 2 mãos, que falaram mais alto que seu cérebro, porque ficaram paralisados e não conseguiram acionar o gatilho da pistola, já armado para o disparo.
Rodrigo Janot assumiu que em maio de 2017, quando chefiava a Procuradoria da República e orquestrava a organização criminosa da Lava Jato, “por muito pouco” não assassinou Gilmar Mendes com “um tiro na cara dele”.
Janot disse que depois de assassinar o ministro do STF, planejava se suicidar. Ele não esclareceu, contudo, se se suicidaria com um tiro na própria “cara” ou por qual método.
O ex-chefe da PGR disse, incrivelmente, que só não consumou o assassinato porque foi salvo pelos dedos das suas 2 mãos, que falaram mais alto que seu cérebro, porque ficaram paralisados e não conseguiram acionar o gatilho da pistola, já armado para o disparo.
Dilma rechaça depoimento mentiroso na 'Veja'
Do site da Dilma Rousseff:
A propósito da noticia publicada no Radar de Veja, sobre as acusações infundadas do senhor Renato Duque de que a ex-presidenta Dilma Rousseff teria pedido a ele que arrecadasse dinheiro para a campanha eleitoral de 2012, a Assessoria de Imprensa esclarece:
1. O senhor Renato Duque mente. Jamais manteve contato estreito ou próximo com Dilma Rousseff nem nunca tratou com ela ou qualquer assessor próximo dela de assuntos referentes à arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.
2. O senhor Renato Duque terá de apresentar provas do que fala, caso contrário deveria ter sua delação premiada invalidada.
A propósito da noticia publicada no Radar de Veja, sobre as acusações infundadas do senhor Renato Duque de que a ex-presidenta Dilma Rousseff teria pedido a ele que arrecadasse dinheiro para a campanha eleitoral de 2012, a Assessoria de Imprensa esclarece:
1. O senhor Renato Duque mente. Jamais manteve contato estreito ou próximo com Dilma Rousseff nem nunca tratou com ela ou qualquer assessor próximo dela de assuntos referentes à arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.
2. O senhor Renato Duque terá de apresentar provas do que fala, caso contrário deveria ter sua delação premiada invalidada.
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Partido Novo é tão extremista como Bolsonaro
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Há dois anos, escrevi sobre o Novo. O partido se apresentava como um movimento espontâneo formado por engenheiros, médicos, administradores e outros profissionais liberais que tinham uma agenda ultraliberal e sonhavam com um novo jeito de fazer política no Brasil. Não era bem verdade. O Novo foi fundado por ricaços do alto escalão do mercado financeiro que concentraram fortunas graças às políticas econômicas mantidas por todos os governos. Á época, já estava claro que não se tratava de um novo partido liberal com práticas politicas inovadoras, mas mais um que entrou no jogo para manter os velhos privilégios das elites.
Jornalistas bolsonaristas saem do armário
Felipe Moura Brasil. Foto: Reprodução/YouTube |
Alguns colegas têm notado um fenômeno que exige acompanhamento: o crescimento do bolsonarismo no jornalismo.
Logo depois da eleição, os jornalistas de direita mais cuidadosos com a própria imagem se protegeram como isentões. Alguns até se afastaram de Bolsonaro como forma de sobrevivência.
Outros faziam jogo duplo, atacando Bolsonaro, mas ao mesmo tempo, em qualquer fala ou texto, sempre fazendo referências a Lula e Dilma. Bolsonaro isso, mas Lula aquilo.
Garzón critica "contaminação" da Lava-Jato
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Segundo Garzón, além de ser imparcial, o procedimento deve parecer imparcial. “Vivemos na sociedade da comunicação. A aparência é fundamental. As consequências podem ser mais ou menos graves. Depende do nível de contaminação.”
“Não pode haver contaminação”, diz o juiz espanhol Baltasar Garzón sobre processos judiciários, ao responder a uma pergunta sobre a atuação do agora ministro Sergio Moro na Operação Lava Jato. Na opinião do magistrado, que ponderou haver diferenças entre os sistemas dos dois países, no caso brasileiro essa contaminação existiu. Ele se referia à troca de informações entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
Segundo Garzón, além de ser imparcial, o procedimento deve parecer imparcial. “Vivemos na sociedade da comunicação. A aparência é fundamental. As consequências podem ser mais ou menos graves. Depende do nível de contaminação.”
Bolsonaro dialoga com fanáticos na ONU
Por Mamed Said Maia, no site Vermelho:
Em seu discurso na ONU, na terça-feira (24), Jair Bolsonaro adotou o mesmo espírito agressivo e beligerante com que trata seus adversários políticos no Brasil. Foi uma fala que refletiu sua anacrônica visão de mundo e que isola ainda mais o Brasil no contexto internacional.
Ao invés de se alinhar com as tendências mundiais em prol do multilateralismo e do fim das tensões globais, Bolsonaro falou para aqueles que, descolados da realidade, consideram-se em guerra com um imaginário inimigo comunista que ameaça a família e a soberania nacional.
Em seu discurso na ONU, na terça-feira (24), Jair Bolsonaro adotou o mesmo espírito agressivo e beligerante com que trata seus adversários políticos no Brasil. Foi uma fala que refletiu sua anacrônica visão de mundo e que isola ainda mais o Brasil no contexto internacional.
Ao invés de se alinhar com as tendências mundiais em prol do multilateralismo e do fim das tensões globais, Bolsonaro falou para aqueles que, descolados da realidade, consideram-se em guerra com um imaginário inimigo comunista que ameaça a família e a soberania nacional.
Trabalho informal bate recorde no Brasil
Da revista CartaCapital:
O número de trabalhadores informais no Brasil bateu recorde no trimestre encerrado em agosto. Foram 38,8 milhões de pessoas nessas condições, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
O número equivale a 41,4% dos brasileiros que se declaram ocupados. A proporção é a maior desde 2016, quando a pesquisa começou a apurar empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ. O recorde anterior era de 41,3%, registrado no trimestre encerrado em maio.
No grupo dos trabalhadores informais, estão os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).
O número equivale a 41,4% dos brasileiros que se declaram ocupados. A proporção é a maior desde 2016, quando a pesquisa começou a apurar empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ. O recorde anterior era de 41,3%, registrado no trimestre encerrado em maio.
No grupo dos trabalhadores informais, estão os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e domésticos), os sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e os sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família).
Supremo impõe pior derrota à Lava-Jato
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não foi uma vitória circunstancial a que o direito de defesa obteve hoje no plenário do Supremo Tribunal Federal.
Foi sólida e deve se consumar, salvo surpresas, pelo placar de 7 a 4, quando se colher o voto do ministro Marco Aurélio Mello, na próxima sessão.
Grande parte das sentenças proferidas em julgamentos – e não só da Lava Jato – sem que a defesa dos condenados tivesse o direito de se manifestar depois daqueles que se beneficiaram da delação premiada será anulada.
Foi sólida e deve se consumar, salvo surpresas, pelo placar de 7 a 4, quando se colher o voto do ministro Marco Aurélio Mello, na próxima sessão.
Grande parte das sentenças proferidas em julgamentos – e não só da Lava Jato – sem que a defesa dos condenados tivesse o direito de se manifestar depois daqueles que se beneficiaram da delação premiada será anulada.
Os descaminhos da necropolítica no Brasil
Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:
Enquanto o mundo discute desenvolvimento sustentável com proteção ambiental e justiça social, o presidente do Brasil ataca seus fantasmas pessoais e as alucinações que lhe povoam a mente: Cuba, Venezuela, os índios, o socialismo etc.
O discurso de Bozonaro na ONU foi ideológico e dirigido a seu público interno. Confirma que ele continua na guerra fria, negando a realidade. O inimigo está em toda parte: na Universidade, nas escolas, na imprensa, nas ONGs, nos cientistas, todos eles a serviço do comunismo. Mas ele, Bozonaro, salvou o país do socialismo!
Protesto é uma coisa, resistência é outra
Por Bepe Damasco, em seu blog:
“Para que a gente seja capaz de impedir que esse governo destrua o país, a gente tem que ser capaz de passar do protesto à resistência de fato." O alerta é do cientista político Luis Felipe Miguel, em recente entrevista ao site Carta Maior.
O professor da UNB arremata: “Ela não é uma pensadora muito recomendada, porque foi líder de um grupo terrorista, mas a Ulrike Meinhof tem um textinho chamado ‘Protestar ou resistir’. Ela fala que tem um momento em que você tem que passar do protesto, que é simplesmente a verbalização de uma inconformidade, e chegar à resistência, que é a busca do impedimento de que aquilo aconteça. Estamos protestando contra as intervenções nas universidades, mas não estamos resistindo contra as intervenções nas universidades.”
“Para que a gente seja capaz de impedir que esse governo destrua o país, a gente tem que ser capaz de passar do protesto à resistência de fato." O alerta é do cientista político Luis Felipe Miguel, em recente entrevista ao site Carta Maior.
O professor da UNB arremata: “Ela não é uma pensadora muito recomendada, porque foi líder de um grupo terrorista, mas a Ulrike Meinhof tem um textinho chamado ‘Protestar ou resistir’. Ela fala que tem um momento em que você tem que passar do protesto, que é simplesmente a verbalização de uma inconformidade, e chegar à resistência, que é a busca do impedimento de que aquilo aconteça. Estamos protestando contra as intervenções nas universidades, mas não estamos resistindo contra as intervenções nas universidades.”
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