terça-feira, 1 de outubro de 2019

Lula entorta Dallagnol e a mídia lavajatista

Por Altamiro Borges

A decisão do ex-presidente Lula de recusar o regime semiaberto definido pelos carrascos da Lava-Jato – “não troco minha dignidade pela minha liberdade”, explicou em carta aberta – segue gerando polêmicas entre os que lutam por sua libertação. Todos gostariam de ver o líder popular, preso injustamente há 540 dias numa cela isolada de Curitiba, novamente junto aos seus familiares e amigos e debatendo política pelo país afora. Mas Lula foi taxativo: “Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”.

O outro lado do Jornal Nacional

O capitalismo do fim do mundo

Utopia, distopia e realismo em Bacurau

Por Guilherme Mello, no site Brasil Debate:

Algumas críticas ao filme Bacurau o acusam de ser simplista, maniqueísta e previsível, fruto de uma visão distorcida da realidade presente em parte da esquerda. Longe de mim querer me arvorar a qualidade de crítico de arte, mas esse artigo é uma tentativa de apresentar uma visão alternativa à crítica descrita, trazendo elementos que apontam para a complexidade e realismo do filme.

Salles, o ministro lobo em cargo de cordeiro

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Mesmo no cargo de ministro do Meio Ambiente, as ações, e por vezes, inações, de Ricardo Salles estão apresentando danos cada vez maiores aos biomas brasileiros e a seus povos autóctones. Nesta lista incluem-se a desestruturação de setores do ministério como os de serviços florestais, recursos hídricos e mudanças climáticas, a flexibilização das multas por crimes ambientais, o aumento do desmatamento, a retirada da Força Nacional da proteção que fazia aos fiscais do meio ambiente em campo, a suspensão do Fundo Amazônia, ente outras. Mas parece que vem mais por aí.

STF, redima-se: não capitule, não module

Por Tereza Cruvinel

Nesta quarta-feira os ministros do STF vão escolher entre ficar bem com os raivosos das ruas e das redes ou dar o primeiro passo em busca da remissão de seus pecados omissões que ajudaram a afundar o Brasil no pântano. Começarão a se redimir fazendo valer a Constituição, ainda que se tornem alvos daqueles que xingaram o falecido ministro Teori de “cabrita do Lulla” e foram à porta de sua casa ameaçar os parentes.

As baratas estão tontas. E furiosas

Por Fernando Brito, em seu blog:

Há um método sem falhas para que se identifique o lado do Direito e da Justiça neste aparente impasse em torno da “soltura à força” de Lula.

Basta que você veja o óbvio: os que estão “exigindo” que ele vá para o regime semiaberto são os mesmos que fizeram e tudo para enjaulá-lo, recorreram e aumentaram sua pena na segunda instância, tentaram – e faz pouco – mandá-lo para um presídio comum, com todos os riscos de segurança que isso traria e se opuseram, até mesmo, a que ele pudesse ir, dignamente, ao sepultamento do irmão mais velho e do pequeno neto de sete anos.

Brasil tem a maior explosão da desigualdade

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O Brasil assiste a explosão da desigualdade de renda, jamais identificada desde o ano de 1960, quando o IBGE passou a captar informações acerca do rendimento da população nos censos demográficos. O novo padrão de concentração da renda que emerge dos governos da segunda metade da década de 2010 transcorre de forma inédita, pois combina o decréscimo econômico com a desestruturação do mundo do trabalho e a elevação acelerada da pobreza.

Com Bolsonaro, o Brasil comete suicídio

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Tivesse Bolsonaro realizado a encenação humorística do seu discurso de terça 24 de setembro em algum teatro off Broadway de um bairro periférico de Nova York, teria conseguido notável êxito de público e crítica. Infelizmente, para todos nós, conscientes ou não, o ex-capitão falou da tribuna das Nações Unidas e ofereceu ao mundo a sua capacidade de representar tanto a patetice quanto a parvoíce que caracterizam o Brasil pós-golpe de 2016.

Impedir Witzel, em nome da vida!

Por Luiz Eduardo Soares, no site Declaração-1948:

É hora de impedir Wilson Witzel.

Na noite de 20 de setembro, no complexo do Alemão, Rio de Janeiro, Ágatha Félix, 8 anos foi assassinada, conforme todas as testemunhas, com tiro nas costas por policial que tentava atingir um motociclista. A menina estava com a mãe em uma Kombi. A família desdobrava-se para lhe proporcionar educação de qualidade e evitar que ela viesse a ser mais uma vítima da violência que assombra os territórios vulneráveis. Consternado, seu avô declarou à imprensa que ela fazia balé, inglês e se dedicava aos estudos com uma seriedade que levava os parentes a anteciparem um destino virtuoso que a salvasse das “estatísticas”.

Lula não vai "barganhar por sua liberdade"

Cresce o mutirão nacional por Lula Livre

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A mídia e a desmoralização da Lava-Jato

Luciano Huck, o candidatíssimo da Globo

Falácias liberais contra o Estado brasileiro

Por José Celso Cardoso Jr., no site da Fundação Maurício Grabois:

Ora, a índole liberal (mais que social!) do Estado brasileiro faz com que seja, historicamente, mais perfilado a atender os interesses do Capital e do processo de acumulação capitalista que os interesses diretos e imediatos de sua população, a grande maioria, aliás, ainda hoje distante ou alijada da cidadania efetiva e do desenvolvimento integral.

Uma vez aprovada a reforma da Previdência, o governo Bolsonaro pretende avançar para a Reforma Administrativa do setor público. Partindo de visão ideologizada e negativa acerca do peso e papel que o Estado deve ocupar e desempenhar em suas relações com os mundos econômico e social no país, os ideólogos e propagandistas dessa agenda ancoram seus dados e argumentos em conclusões falaciosas que supõem ser o Estado brasileiro:

As urgências para além de Bolsonaro

Por Luiz Alberto Gomez de Souza, no site Vermelho:

Bolsonaro, provinciano limitado, dá pouca importância para a arena internacional. Em sua fala na ONU, suas ideias rudes, agressivas e extemporâneas sobre socialismo ou ideologia, foram rapidamente vistas pela grande imprensa internacional como a fala de um dirigente primário e grotesco. Seu texto falseou dados sobre desmatamento e sobre uma derrocada econômica evidente, com a utilização grosseira de uma índia desmascarada logo depois por sua própria comunidade. Críticos diziam, antes do discurso, que ele daria um vexame internacional. E depois, já no passado, repetiam o mesmo chavão. Aliás, vexame quando, numa assembléia da ONU que o ouviu calada, onde ninguém aparentemente se retirou, com uma parte, ainda que pequena, aplaudindo timidamente ao final? Vimos um dirigente nacional – pobre Brasil - soletrar num teleprompter com dificuldade, sem entonação, como quem está aprendendo a ler. Mostrar ao cansaço quem é Bolsonaro e repetir críticas óbvias será ficar num terreno fácil e que distrai do essencial. A imprensa internacional chamou o discurso na ONU de “calamitoso”. Isso era mais do que esperado. Ficar na discussão nesse nível é permanecer em generalidades e chover no molhado.

Lula e Mandela: revolução e democracia

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Nelson Mandela esteve preso por 27 anos, primeiro na Prisão de Robben Island, depois 6 anos na Prisão de Pollmoore. Finalmente, para ser libertado, foi para o complexo de Victor Vester – de 88 a 90 – numa saudável moradia dentro daquele espaço, já assessorado por um Oficial do Exército Sul-africano. Esta última etapa do seu martírio fechou o circuito de ligações externas, comando político e negociações com o Governo racista, que estavam em ascensão desde a melhoria das suas condições carcerárias, quando Mandela foi retirado da Ilha de Robben.

Boneco de piche e o dilema sindical

Por João Guilherme Vargas Netto

Todos conhecem a história do macaquinho e do boneco de piche. De tanto querer interagir com o boneco o macaquinho acabou preso e imobilizado, além de sujo.

Algo parecido acontece hoje quando direções sindicais e assessorias qualificadas do movimento se propõem a debater alternativas futuras (inclusive a da estrutura sindical) no ambiente do GAET – Grupo Assumido de Entraves Trabalhistas.

Para ele nem fomos convidados. O governo e seus operadores, Rogério Marinho à frente, nos serviram novamente a conhecida mistura de uísque Johnnie Walker com Activia; estão nem aí.