domingo, 20 de outubro de 2019

Bolsonaro e a moral das classes médias

Por Vinícius Mendes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

“Pretendo beneficiar um filho meu, sim”, respondeu o presidente Jair Bolsonaro sete dias depois de anunciar a indicação de filho mais novo (entre os três que são políticos), o deputado federal (PSC-SP) Eduardo Bolsonaro, para o cargo de embaixador brasileiro em Washington, nos Estados Unidos, no final de julho. “Se puder dar um filé mignon ao meu filho, eu dou”, continuou durante uma transmissão realizada em suas redes sociais.

Bolsonaro, Guedes e o desastre econômico

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A economia do Brasil continua patinando. O orçamento de 2019 previa um crescimento de 2,5% do PIB. Hoje, o próprio governo admite que o País crescerá no máximo 0,85% e consultorias avaliam um número ainda menor. Estamos na recuperação econômica mais lenta da história de nossas crises. Pior que a de 1929. Pior até mesmo que a dos anos 1980.

Celebrar a vida, a militância e a diferença

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O ex-ministro e hoje deputado Orlando Silva sofreu uma cruel campanha da mídia tradicional porque, num dado momento – como ministro dos Esportes que tinha a Copa do Mundo pela frente –, comprou uma tapioca com o seu cartão corporativo. Foi exposto aos seus amigos, a sua família, ao seu país, ao mundo - no bojo do moralismo bandido que se instalou no país - como uma pessoa que se utilizou das funções públicas em “próprio proveito”. A campanha foi sistemática, ofensiva, mentirosa e visava arrasar uma liderança comunista, que se comprometera com os métodos democráticos de luta, parlamentar e social, já no bojo da transição da ditadura militar-civil que obstruíra a democracia no país por mais de vinte anos.

Banco Mundial e as maldades de Bolsonaro

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Vira e mexe o roteiro surrado e desgastado reaparece nas cenas da Esplanada brasiliense. Em geral, o movimento tem início quando algum governo impopular ou mal das pernas no quesito pesquisa de opinião pública precisa conquistar apoio para suas maldades. São medidas polêmicas e redutoras de direitos, que dificilmente contariam com a benevolência da maioria da população. Conhecemos bem esse enredo.

História mostra ação de Lula contra corrupção

Da Rede Brasil Atual:

Um dos principais personagens que atuou no primeiro mandato do governo Lula para criar instrumentos de combate à corrupção foi o ex-governador da Bahia e ex-ministro Waldir Pires. Como ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Waldir Pires criou o Portal da Transparência e o programa de fiscalização a partir de sorteios públicos, entre outras iniciativas, que deram ao poder público maior força institucional para atuar contra esses crimes.

Surgem as provas dos crimes de Moro

Por Jeferson Miola, em seu blog:               

As revelações do Intercept de 19/10 [aqui] trazem as provas do Moro agindo como chefe da Orcrim – organização criminosa, como o ministro Gilmar Mendes denomina a força-tarefa da Lava Jato.

Nunca houve dúvidas quanto à função do ex-juiz na hierarquia da Orcrim. O que se tem agora é a comprovação documental do papel exercido por ele em obediência às ordens emanadas desde o centro de inteligência estratégica da Operação, sediado nos EUA.

É assombroso o conluio entre o “Russo” [codinome com que Moro era chamado na Orcrim] com procuradores e policiais federais.

Privatizações e a sua privacidade

Bolsonaro e o óleo nas praias do Nordeste

Mutirão especial de aniversário do Lula

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

PSL, Bolsonaro e a linguagem de bandidos

Por Wevergton Brito Lima, no site Vermelho:

Para decifrar o que está acontecendo na briga do Clã Bolsonaro contra parte do PSL é preciso, fazendo uma analogia, entender a linguagem de bandidos. Bandido, pra começo de conversa, em público, nega ser bandido. E se um bandido poderoso decide matar algum antigo aliado no crime ele, em primeiro lugar, para evitar suspeitas e pegar o novo inimigo de surpresa, vai se desdobrar em gentilezas para com a futura vítima.

Não é segredo para ninguém em Brasília que Bolsonaro foi avisado sobre (ou ele mesmo orientou) a investida da Polícia Federal contra o presidente do seu partido, PSL. Investida que aconteceu no dia 15/10.

Isolado, Bolsonaro pode tentar golpe

Charge: Luc Descheemaeker
Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

O que nós, seres normais (e talvez ingênuos) enxergamos como “caos” no governo e implosão do PSL, para o bolsonarismo é combustível de golpe.

Bolsonaro vai tentar sair dessa como a freira no bordel:

“Só tem safado na política; não se pode confiar em ninguém”.

Foi ele, Bolsonaro, quem vazou o #vouimplodiropresidente, dito pelo tresloucado Delegado Waldir…

Bolsonaro vai jogar pro povo dele. A lógica dele sempre foi a de “um governo sitiado”, contra “tudo que está aí”. O caos no PSL favorece esse discurso.

Disputa no PSL vai parar na Justiça

Por Fernando Brito, em seu blog:

O grupo de deputados do PSL ligados ao presidente Jair Bolsonaro está preparando um recurso judicial para anular a convenção de hoje, na qual Luciano Bivar reforçou o seu controle sobre o partido e prepara o afastamento dos filhos do capitão do controle das suas seções paulista e fluminense.

O argumento é que não houve a convocação pessoal dos convencionais, prevista no parágrafo 5° do artigo 31 da Lei Orgânica dos Partidos Políticos.

Olavo de Carvalho deve ser levado a sério

Por Valério Arcary, no jornal Brasil de Fato:

Na hora mais escura da noite, mais intenso será o brilho das estrelas no céu - sabedoria popular persa

A hora mais escura do dia é a que vem antes do sol nascer - sabedoria popular árabe


A convocação de Olavo de Carvalho a Bolsonaro para assumir plenos poderes, se apoiando nas Forças Armadas e na mobilização de sua base social, depois ecoada nas redes bolsonaristas como um chamado a um novo AI-5, não deve ser subestimada. Trata-se de um escândalo.

Revela que o bolsonarismo tem como estratégia a subversão do regime político. Um governo de extrema-direita com projeto bonapartista é contraditório com um regime político eleitoral. Não é, necessariamente, incompatível, mas é antagônico.