Por William Nozaki, no site da Fundação Perseu Abramo:
A doutrina militar, historicamente, estabeleceu os objetivos da industrialização brasileira: integração, defesa e segurança, mais do que desenvolvimento, emprego e renda, como imaginavam os civis. As malhas ferroviária e rodoviária garantiriam as condições logísticas para a integração, as indústrias metalúrgica e siderúrgica garantiriam os suprimentos essenciais para a defesa, as indústrias de petróleo e petroquímica garantiriam o abastecimento necessário para a segurança. Não se tratava de um industrialismo baseado em nacionalismo e protecionismo, mas sim em pragmatismo e funcionalidade temperados, é bem verdade, com um certo dualismo na visão sobre a geopolítica e um certo elitismo na visão sobre o povo brasileiro. Exatamente por isso, em todas as ocasiões em que ocuparam o Estado, os militares estabeleceram estreita proximidade com o sistema de empresas estatais. Com outros objetivos, tal aproximação se repete atualmente. Sendo assim, vejamos como tem se dado a presença dos militares no sistema produtivo estatal, particularmente em alguns projetos com interface na área de defesa.
A doutrina militar, historicamente, estabeleceu os objetivos da industrialização brasileira: integração, defesa e segurança, mais do que desenvolvimento, emprego e renda, como imaginavam os civis. As malhas ferroviária e rodoviária garantiriam as condições logísticas para a integração, as indústrias metalúrgica e siderúrgica garantiriam os suprimentos essenciais para a defesa, as indústrias de petróleo e petroquímica garantiriam o abastecimento necessário para a segurança. Não se tratava de um industrialismo baseado em nacionalismo e protecionismo, mas sim em pragmatismo e funcionalidade temperados, é bem verdade, com um certo dualismo na visão sobre a geopolítica e um certo elitismo na visão sobre o povo brasileiro. Exatamente por isso, em todas as ocasiões em que ocuparam o Estado, os militares estabeleceram estreita proximidade com o sistema de empresas estatais. Com outros objetivos, tal aproximação se repete atualmente. Sendo assim, vejamos como tem se dado a presença dos militares no sistema produtivo estatal, particularmente em alguns projetos com interface na área de defesa.