sexta-feira, 3 de abril de 2020
Cadê os militares no combate ao coronavírus?
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:
Nos momentos de crise, assomam o pior e o melhor de cada um. O que vale para pessoas físicas mas também as jurídicas. Para ficarmos apenas num segmento, basta observarmos o que ocorre no comércio. Há empresas incentivando o isolamento social e informando que pagarão seus funcionários, embora estes fiquem em casa. E há outras ameaçando seus trabalhadores com a demissão e o desamparo caso não se exponham à morte.
Um terceiro comportamento é o auto-ocultamento, a omissão do dever, o descolamento da realidade circundante para cuidar somente de si próprio. Chama a atenção o sumiço das Forças Armadas. Onde estão?
Um terceiro comportamento é o auto-ocultamento, a omissão do dever, o descolamento da realidade circundante para cuidar somente de si próprio. Chama a atenção o sumiço das Forças Armadas. Onde estão?
Como exorcizar o zumbi do Planalto?
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Essa pergunta já toma conta das rodas de conversa no Congresso Nacional e demais meios políticos. O dilema envolve inclusive partidos e parlamentares de centro e até mesmo de direita, mas que conservam algum compromisso republicano.
Caminha-se para o consenso de que Bolsonaro acabou e que sua permanência no cargo, além de cobrir de vergonha a nação e degradar a instituição Presidência da República, dificulta o combate adequado à pandemia de coronavírus.
Não há exagero algum em dizer que quanto mais tempo Bolsonaro permanecer no poder, mais casos de coronavírus surgirão, provocando mais sofrimento e, sobretudo, mais mortes.
Essa pergunta já toma conta das rodas de conversa no Congresso Nacional e demais meios políticos. O dilema envolve inclusive partidos e parlamentares de centro e até mesmo de direita, mas que conservam algum compromisso republicano.
Caminha-se para o consenso de que Bolsonaro acabou e que sua permanência no cargo, além de cobrir de vergonha a nação e degradar a instituição Presidência da República, dificulta o combate adequado à pandemia de coronavírus.
Não há exagero algum em dizer que quanto mais tempo Bolsonaro permanecer no poder, mais casos de coronavírus surgirão, provocando mais sofrimento e, sobretudo, mais mortes.
O Brasil não pode parar?
Por Janaína F. Battahin, no site Brasil Debate:
Em meio ao caos que se instaurou no mundo nos últimos tempos, fiquei pensando em como contribuir enquanto economista e professora de economia. O sentimento que define uma jovem economista, mestra em desenvolvimento econômico, doutoranda em economia e em começo de carreira acadêmica, pode ser definido ao ler o tuíte do também economista e professor de economia, Fabio Terra: “ensino aos alunos que quando a economia se torna mais importante do que a vida humana, a humanidade acabou. Temos meios para lidar com a crise econômica desde já. Não temos como voltar da morte”. Tudo isso porque, nos últimos dias, com o aumento do número de casos da Covid-19 no Brasil, um dilema se instaurou em nosso país: O Brasil não pode parar?
Em meio ao caos que se instaurou no mundo nos últimos tempos, fiquei pensando em como contribuir enquanto economista e professora de economia. O sentimento que define uma jovem economista, mestra em desenvolvimento econômico, doutoranda em economia e em começo de carreira acadêmica, pode ser definido ao ler o tuíte do também economista e professor de economia, Fabio Terra: “ensino aos alunos que quando a economia se torna mais importante do que a vida humana, a humanidade acabou. Temos meios para lidar com a crise econômica desde já. Não temos como voltar da morte”. Tudo isso porque, nos últimos dias, com o aumento do número de casos da Covid-19 no Brasil, um dilema se instaurou em nosso país: O Brasil não pode parar?
Bolsonaro e a estratégia do caos
Por Vinicius do Valle, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
Nos últimos dias, estamos assistindo ao presidente Jair Bolsonaro lutar em diversas frentes contra a estratégia de isolamento social, contrariando recomendações da OMS, de epidemiologistas, de estatísticos, de cientistas de dados e de demais pesquisadores que, neste momento, estudam o vírus e sua disseminação no mundo. Há quem diga que a preocupação do presidente é econômica, mas não há, até agora, qualquer grande economista, das mais diferentes tradições econômicas – dos liberais Armínio Fraga e Marcos Lisboa aos heterodoxos Bresser Pereira e Laura Carvalho –, que defenda a volta do país à normalidade. É sabido, entre qualquer um deles, que em uma sociedade com o sistema de saúde em colapso total não há economia possível. Há diferenças entre os economistas, mas elas são sobre como o Estado deve se portar frente à necessidade de estímulo econômico para a amenização dos efeitos da crise, e não sobre a necessidade de restrição das atividades não emergenciais.
Elite não é solidária nem no coronavírus
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Não há nada que escancare melhor o egoísmo da elite brasileira do que as carreatas de bolsonaristas que estão surgindo país afora para pedir o fim do isolamento imposto pelo coronavírus, a despeito das orientações da Organização Mundial de Saúde. É uma manifestação de patrões, de empresários com um profundo desamor pelo povo, que não se importam a mínima com as mortes que esta pregação insana pode causar, contanto que seu lucro esteja garantido.
Não há nada que escancare melhor o egoísmo da elite brasileira do que as carreatas de bolsonaristas que estão surgindo país afora para pedir o fim do isolamento imposto pelo coronavírus, a despeito das orientações da Organização Mundial de Saúde. É uma manifestação de patrões, de empresários com um profundo desamor pelo povo, que não se importam a mínima com as mortes que esta pregação insana pode causar, contanto que seu lucro esteja garantido.
Bolsonaro prepara a imolação do povo
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não se enganem: Jair Bolsonaro aposta na instalação de um clima de pânico e convulsão social e deixa isso muito claro quanto para na porta do Palácio da Alvorada para estimular a reabertura do comércio e o fim das pequenas restrições ao tráfego de pessoas que estão implementadas nas cidades brasileiras.
Aliás, mesmo neste microcenário dá para perceber seu desprezo pela vida até dos seus admiradores, amontoados nos bretes para urra aleluias ao “mito”.
É incitação pura e ninguém duvide que ele pode chegar mesmo à demissão do Ministro da Saúde, quando já estivermos em meio ao caos e isso servir para aliviar a si mesmo das responsabilidades que, mais do que ninguém, tem nisso.
Não se enganem: Jair Bolsonaro aposta na instalação de um clima de pânico e convulsão social e deixa isso muito claro quanto para na porta do Palácio da Alvorada para estimular a reabertura do comércio e o fim das pequenas restrições ao tráfego de pessoas que estão implementadas nas cidades brasileiras.
Aliás, mesmo neste microcenário dá para perceber seu desprezo pela vida até dos seus admiradores, amontoados nos bretes para urra aleluias ao “mito”.
É incitação pura e ninguém duvide que ele pode chegar mesmo à demissão do Ministro da Saúde, quando já estivermos em meio ao caos e isso servir para aliviar a si mesmo das responsabilidades que, mais do que ninguém, tem nisso.
O ato cruel dos genocidas contra os pobres
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Guedes e Bolsonaro retardam o quanto podem o pagamento da renda mínima de R$ 600 [que pode chegar a R$ 1.200] aprovada pelo Congresso em 30 de março.
O procedimento operacional para implementar a renda mínima é simplíssimo. Os beneficiários que se enquadram na Lei se inscrevem [ou já estão inscritos] no Cadastro Único para programas sociais do governo federal.
O dinheiro, então, é depositado em contas específicas na CEF ou Banco do Brasil. Trata-se, como se vê, de transferência eletrônica automática de recurso que sai da conta do governo e entra diretamente na conta de cada beneficiário do Cadastro Único.
Isso é executado eletronicamente, em segundos, via sistema bancário. É simples e direto assim.
Guedes e Bolsonaro retardam o quanto podem o pagamento da renda mínima de R$ 600 [que pode chegar a R$ 1.200] aprovada pelo Congresso em 30 de março.
O procedimento operacional para implementar a renda mínima é simplíssimo. Os beneficiários que se enquadram na Lei se inscrevem [ou já estão inscritos] no Cadastro Único para programas sociais do governo federal.
O dinheiro, então, é depositado em contas específicas na CEF ou Banco do Brasil. Trata-se, como se vê, de transferência eletrônica automática de recurso que sai da conta do governo e entra diretamente na conta de cada beneficiário do Cadastro Único.
Isso é executado eletronicamente, em segundos, via sistema bancário. É simples e direto assim.
O manifesto pela renúncia de Bolsonaro
Por Flavio Aguiar, no site A terra é redonda:
O manifesto pela renúncia de Bolsonaro, assinado por três ex-candidatos à presidência e mais alguns políticos de proa na cena nacional, introduziu dois elementos novos no conturbado cenário brasileiro, atacado por duas pandemias: a do coronavírus e a da boçalidade medíocre que ora diz que nos governa a partir do Palácio do Planalto e arredores.
O primeiro elemento novo foi o das assinaturas: Boulos, Ciro e Haddad (de propósito, escolhi a ordem alfabética…), e mais Carlos Lupi (PDT), Carlos Siqueira (PSB), Edmilson Costa (PSOL), Flavio Dino (PCdoB), Gleisi Hoffmann (PT), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PCdoB), Manuela D’Ávila (PCdoB), Roberto Requião (MDB), Sonia Guajajara (PSOL) e Tarso Genro (PT). A coleção de signatários desenha uma necessária, ampla e multipartidária frente das esquerdas pedindo a saída de Bolsonaro.
O manifesto pela renúncia de Bolsonaro, assinado por três ex-candidatos à presidência e mais alguns políticos de proa na cena nacional, introduziu dois elementos novos no conturbado cenário brasileiro, atacado por duas pandemias: a do coronavírus e a da boçalidade medíocre que ora diz que nos governa a partir do Palácio do Planalto e arredores.
O primeiro elemento novo foi o das assinaturas: Boulos, Ciro e Haddad (de propósito, escolhi a ordem alfabética…), e mais Carlos Lupi (PDT), Carlos Siqueira (PSB), Edmilson Costa (PSOL), Flavio Dino (PCdoB), Gleisi Hoffmann (PT), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PCdoB), Manuela D’Ávila (PCdoB), Roberto Requião (MDB), Sonia Guajajara (PSOL) e Tarso Genro (PT). A coleção de signatários desenha uma necessária, ampla e multipartidária frente das esquerdas pedindo a saída de Bolsonaro.
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Um espectro ronda o neoliberalismo
Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:
Para enfrentar a crise da pandemia, a intervenção estatal, antes demonizada, está agora sendo solicitada e elogiada pelos comentaristas conservadores que anteriormente a criticavam. O capitalismo de Estado está sendo visto como solução. A crise econômica do coronavirus pressiona mudanças nessa direção. Mas isso não significa necessariamente um sistema econômico mais progressista e justo, como poderia ser o caso de uma social democracia radical ou de um socialismo. Não significa necessariamente redução da desigualdade social e desenvolvimento sustentável com justiça social.
Para enfrentar a crise da pandemia, a intervenção estatal, antes demonizada, está agora sendo solicitada e elogiada pelos comentaristas conservadores que anteriormente a criticavam. O capitalismo de Estado está sendo visto como solução. A crise econômica do coronavirus pressiona mudanças nessa direção. Mas isso não significa necessariamente um sistema econômico mais progressista e justo, como poderia ser o caso de uma social democracia radical ou de um socialismo. Não significa necessariamente redução da desigualdade social e desenvolvimento sustentável com justiça social.
Emergência: garantir renda para salvar vidas
Editorial do site Vermelho:
Um número estimado em 52 milhões de pessoas no Brasil precisa dos pagamentos mensais de R$ 600 ao longo de três meses como condição para sobreviver diante da pandemia do coronavírus, a Covid-19. Além do exército de desempregados, entram nessa conta os trabalhadores atingidos pela “reforma” trabalhista. Sem renda, sem dinheiro para o alimento e outras necessidades básicas, milhões de brasileiros pobres ficarão mais expostos à doença.
Um número estimado em 52 milhões de pessoas no Brasil precisa dos pagamentos mensais de R$ 600 ao longo de três meses como condição para sobreviver diante da pandemia do coronavírus, a Covid-19. Além do exército de desempregados, entram nessa conta os trabalhadores atingidos pela “reforma” trabalhista. Sem renda, sem dinheiro para o alimento e outras necessidades básicas, milhões de brasileiros pobres ficarão mais expostos à doença.
O "bolsovírus" mata o povo brasileiro
Por Jair de Souza
O mundo está sofrendo uma tragédia com o avanço do coronavírus. Um vírus que não respeita fronteiras, que não se importa com a ideologia ou a nacionalidade de suas vítimas. Porém, como todos os vírus e todas as grandes pestes que assolam a humanidade, o coronavírus também se assanha muito mais contra as pessoas humildes, contra os mais indefesos, contra os pobres.
No Brasil, no entanto, a tragédia se mostra muito pior. Além de ter de enfrentar os ataques do coronavírus, o povo brasileiro está tendo de resistir aos ataques de um vírus ainda mais cruel, um vírus ainda mais maldoso, ainda mais perverso. O povo brasileiro está sofrendo simultaneamente as agressões de um outro vírus até mais diabólico, o bolsovírus.
O mundo está sofrendo uma tragédia com o avanço do coronavírus. Um vírus que não respeita fronteiras, que não se importa com a ideologia ou a nacionalidade de suas vítimas. Porém, como todos os vírus e todas as grandes pestes que assolam a humanidade, o coronavírus também se assanha muito mais contra as pessoas humildes, contra os mais indefesos, contra os pobres.
No Brasil, no entanto, a tragédia se mostra muito pior. Além de ter de enfrentar os ataques do coronavírus, o povo brasileiro está tendo de resistir aos ataques de um vírus ainda mais cruel, um vírus ainda mais maldoso, ainda mais perverso. O povo brasileiro está sofrendo simultaneamente as agressões de um outro vírus até mais diabólico, o bolsovírus.
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