segunda-feira, 6 de abril de 2020

O coronavírus e a guerra das máscaras

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

A pandemia do coronavírus provocou uma nova modalidade de conflito: “A Guerra das Máscaras”. Trata-se de uma nova modalidade de pirataria. O cenário não é mais o espaço dos Sete Mares, como no bom tempo. Seus agentes não são mais corsários a serviço de coroas europeias, ou freelancers, como no antigo Caribe e nem mesmo os piratas que agem no Oceano Índico, abrigados em países do leste africano. Nem se caça mais o ouro que singrava e sangrava da América para a Europa, por exemplo.

Ninguém segura o capitão tresloucado

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Duas coisas chamaram a atenção neste domingo: o silêncio dos grandes meios monopólicos brasileiros de comunicação sobre um detalhe que se alastra na imprensa de vários países do mundo, e a nova (a enésima) demonstração de que o desequilíbrio e a falta de noção de ridículo de Jair Messias crescem numa velocidade vertiginosa.

Vamos primeiro a Jair Messias.

Desde o anoitecer da sexta e até o entardecer de domingo, ele se mantinha em silêncio, sem participar do espetáculo bizarro da sua paradinha no portão do Palácio da Alvorada para conversar com o grupo de fanáticos seguidores arrebanhados sabe-se lá a troco de quê.

Guedes e Bolsonaro conduzem país ao caos

Bolsonaro em declínio terminal?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A dupla crise da saúde pública e da economia pode vir a ser devastadora. A pandemia não está sob controle. A recessão é inevitável a esta altura, no Brasil e em grande parte da economia mundial. A questão é se será possível evitar uma grande depressão, como a que ocorreu na década de 1930.

E, no entanto, as piores desgraças têm o seu potencial positivo. É preciso saber enxergá-lo e, sobretudo, agir para transformá-lo em realidade. Graças à atuação de figuras excepcionais como Roosevelt, no campo político, e Keynes, no campo da economia, a crise dos anos 1930 foi aproveitada para mudar os paradigmas em termos de teoria e políticas econômicas e de políticas públicas em várias outras áreas.

SUS é a saída diante do coronavírus

Será que ele cai?

domingo, 5 de abril de 2020

Datafolha atiça ciumeira de Bolsonaro

STF questiona MP-936 de Bolsonaro

O risco da intervenção militar

Golpistas alastram a fome na Bolívia

Por Leonardo Wexell Severo

O governo da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez “entrou de forma errada e tardia no combate à pandemia”, denunciou Luis Arce Catacora, candidato à Presidência da Bolívia pelo partido Movimento Ao Socialismo – Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP), em entrevista exclusiva.

Arce acrescentou que foi aprovado um minguado “bônus família” que não foi pago, apenas se obriga as pessoas a ficarem em casa passando fome. “Por isso vocês viram pela imprensa em Riberalta, cidade próxima ao Brasil, muitas pessoas terem de sair e romper o cerco das Forças Armadas e da polícia, porque a fome não pode ser combatida enviando pessoas para a prisão. Vão precisar mandar todos os bolivianos à prisão, porque o povo está faminto”, condenou o candidato do MAS, cobrando a ampliação do “bônus família” que “alcança no total a somente 22% das pessoas necessitadas”.

Acabou, Bolsonaro

Por Bernardo Ricupero, no site A terra é redonda:

No dia 16 de março, um dia depois de Jair Bolsonaro confraternizar com seus apoiadores numa manifestação contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente foi surpreendido pela observação: “acabou, Bolsonaro”.

O espanto deve ter sido maior em razão dela ter sido proferida no “cercadinho” do Palácio do Alvorada, espaço onde os admiradores do capitão reformado costumam se concentrar para encontrá-lo no fim do dia, ocasião em que também aproveita para hostilizar os jornalistas ali presentes. Talvez o assombro do primeiro mandatário tenha sido maior já que a advertência foi feita por um negro, ao passo que os frequentadores do local normalmente são brancos e de classe média. Além de tudo, falava com sotaque, aparentemente haitiano, o que permitiu a Bolsonaro esquivar-se, alegando não entender suas palavras.

A tentativa de silenciar a voz da oposição

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O pedido do vice-procurador-geral eleitoral mostra um perigoso jogo anti-democrático ao buscar calar a voz dos adversários políticos do governo Bolsonaro.

Curioso que parta de um membro do MPE o pedido, atendendo a denúncia fantasiosa de um deputado do PSL do Ceará.

É grave e sintomático dos tempos de Estado de Exceção que o Brasil vive. E, mais uma vez, ocorre baseado em convicções e nunca em fatos ou provas.

A medida traz lembranças amargas de uma época em que as vozes adversárias na política eram caladas com violência, quando não silenciadas para sempre.

O Bolsonaro irresponsável de sempre

Editorial do site Vermelho:

Em recente pronunciamento, o presidente da República, Jair Bolsonaro, adotou um tom moderado, diferente do seu habitual. Aparentemente, ele estaria sinalizando para outra direção, numa espécie de lampejo de lucidez, adotando uma conduta condizente com a exigida de adotando uma conduta condizente com a exigida de um chefe de Estado.

Mas foi só isso – um lampejo. Logo ele voltaria ao seu normal, dissipando eventuais ilusões de que aquela fase de insensatez e irresponsabilidade havia ficado para trás. O que se viu, em seguida, foi o mesmo comportamento de incentivo a tensões políticas e fomento ao caos.

A ação sindical contra a MP 936

Por João Guilherme Vargas Netto

As direções sindicais têm mantido sua capacidade de ação e de coordenação por meios eletrônicos. As modernas tecnologias têm servido para divulgar orientações para a base e para a realização de reuniões não presenciais com os dirigentes, os empresários, os políticos e administradores, os membros do judiciário e do Ministério Público, os formadores de opinião e os jornalistas.

Na primeira dessas tarefas consolidou-se o exemplo de Miguel Torres que diariamente grava e transmite sua palavra em um minuto com informações e orientações que se renovam e são sintetizadas em bordões fortes.

Bilionários estão indiferentes à pandemia

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Otto Lara Resende celebrizou a frase, com a qual nem concordo, “o mineiro só é solidário no câncer”.

Numa paráfrase invertida, podemos dizer, com certeza, que os ricos do Brasil não são solidários nem na pandemia de coronavírus.

Mesmo com ministros e técnicos de carreira tropeçando na burocracia, batendo cabeças e remando contra a inabalável ignorância de Bolsonaro, o Estado brasileiro está se endividando para viabilizar as poucas medidas de proteção social já aprovadas.

Em entrevista ao jornal Valor Econômica desta sexta-feira, 03 de abril, o médico e acionista do Banco Itaú José Luiz Setúbal afirmou que “a responsabilidade dos ricos será grande nesta crise”.

Um império doente

Por Fernando Brito, em seu blog:

Daqui a uma semana, no Domingo de Páscoa, os Estados Unidos terão meio milhão de pessoas infectadas pelo Covid-19 e, provavelmente, terão ultrapassado a Itália como o país com maior número de mortos.

Uma tragédia sem precedentes para a nação mais rica do mundo, cujo presidente, pouco mais de um mês atrás, dizia que esta epidemia não matava mais que as gripes comuns.

Sim, toda a coincidência não é mera semelhança e pense nisso ao ler.

O Departamento de Defesa enviou uma “equipe mortuária” militar para Nova York, tantos são os corpos que, todo dia, precisam seguir seu destino solitário, sem mesmo um adeus de sua família.

O bolsonarismo é herdeiro da ditadura

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A felonia do 1º de abril de 1964 pede reflexão.

Pede sempre, pois muito longe está de encerrar-se o inventário de seus malefícios, um dos quais nos malsina, a chaga do bolsonarismo, ainda ontem cantado em ode pelo general Villas Bôas.

O colapso da ditadura – assinalado com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, inaugurando uma “nova república” que já nascia velha – fechou um século marcado por irrupções sociais e intervenções militares, essas sempre levadas a cabo contra a democracia e a ordem constitucional, sempre a favor dos interesses da casa-grande.

Luciano Huck, um cara bacana e plural

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Luciano Huck, o animador de auditório e fantoche da Globo que circula o Brasil em campanha presidencial para 2022 enquanto o Brasil vive uma catástrofe humanitária e a ameaça genocida do Bolsonaro, é sócio do bolsonarista de raiz Júnior Durski no Grupo Madero.

O Madero possui 190 restaurantes em mais de 70 cidades de 18 Estados da federação [aqui]. “Devido a um item de confidencialidade no contrato, não posso revelar qual a participação dele”, disse Júnior Durski sobre a quota de Huck no negócio que gira cifras bilionárias.

Na previsão de Júnior, o Grupo fecharia 2019 com um faturamento de R$ 1,2 bilhão, com uma margem de lucro extraordinária, de 20% [aqui]. Nada mal!

sábado, 4 de abril de 2020

Petardo: Datafolha aguça ciúmes do “capetão”

Por Altamiro Borges

Manchetes dos jornalões neste sábado (4) atiçarão o ciuminho do "capetão". Folha: “Pasta de Mandetta tem 76% de aprovação; Bolsonaro, 33%”. O Globo: “Aprovado por 76%, Mandetta diz que ‘médico não abandona paciente’”. O ministro da Saúde, que nem é tudo isso, seguirá sendo humilhado pelo presidente psicopata.

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A pesquisa Datafolha mostra que a aprovação do Ministério da Saúde subiu 21 pontos e é mais que o dobro da de Bolsonaro - que ainda relincha que o coronavírus é apenas uma "gripezinha", “uma fantasia” e “histeria da imprensa”. Governadores e prefeitos também têm avaliação superior ao do "capetão" genocida.

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A perda de credibilidade do genocida é patente no Datafolha. 51% dos ouvidos avaliam que Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda no combate à pandemia. E o "capetão" agora é pior avaliado até entre os mais ricos (acima de 10 salários mínimos mensais), que antes formavam uma sólida base bolsonarista.

Diário do coronavírus nas favelas do RJ