segunda-feira, 29 de junho de 2020

Mal comparando! Bolsonaro é primeiro e único

Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:

No atual momento do disparate brasileiro, tornou-se comum comparar Bolsonaro com outras personalidades históricas, a partir de diferentes fontes e pontos de vista.

Tem de tudo no balaio: Haddad, Lula, Hitler, Mussolini, Orban, até o pobre Julio César entrou na dança. Vejamos.

A mídia neo-liberal já disse e continua dizendo que Bolsonaro, Lula e Haddad são “extremos do mesmo saco”. A comparação não subsiste por duas linhas de motivos.

A primeira linha está na personalidade política dos comparados.

Haddad e Lula são democratas. Bolsonaro não.

A ‘autocrítica’ do ‘Jair Paz e Amor’

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não há como deixar de lembrar da velha série do “Acredite se Quiser” que a televisão exibia.

Pois o Painel da Folha traz hoje que “Bolsonaro foi convencido de autocrítica e autorizou diálogo de auxiliares com STF em busca da paz“.

Será que alguém acredita que Bolsonaro – que não fez “autocrítica” da ditadura militar, dos assassinatos políticos, da tortura ou mesmo de um plano de explodir bombas em quartéis para obter aumento de soldo – vá arrepender-se de suas atitudes autoritárias no governo?

No entanto, diz o jornal que o presidente foi “convencido de que era momento de uma autocrítica e de agir de maneira diferente, sem esperar que os outros Poderes fizessem algo antes ou o cobrassem de novo por isso. O presidente autorizou três de seus ministros a abrir o diálogo neste tom e assumir o compromisso de uma nova postura, de paz, que até agora tem sido seguida”.

Pela Folha, não visto amarelo

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A Folha de S. Paulo agora é "um jornal a serviço da democracia".

Ótimo. Mas não aspire a Folha ao título de campeã da democracia nem pretenda que vistamos amarelo a seu pedido. E não apenas pelo apoio à ditadura - mais que um "erro", como diz o editorial de ontem, um crime que não pode ser esquecido.

Na democracia da Folha, em tempos recentes, faltou compromisso com o pluralismo, sobrou intolerância e houve aversão ao resultado das urnas, quando os eleitos, como Lula e Dilma, a contrariam.

Injetando ódio no antipetismo, o jornal foi co-artífice do golpe de 2016, ajudando a abrir caminho para Bolsonaro.

Somos contra o que Bolsonaro representa

Por Jair de Souza

Qualquer pessoa que tenha dedicado alguma atenção à evolução política do Brasil nas últimas três décadas sabe o que significava Bolsonaro até pouco antes de sua eleição como Presidente da nação.

Após ter sido virtualmente expulso do Exército por má conduta, Bolsonaro passou quase 30 anos exercendo atividades parlamentares, primeiro como vereador, depois como deputado. Sim, foram quase três décadas de atuação parlamentar! E quais os frutos de seu trabalho durante todos esses anos?

Se o critério a usar for o da defesa das organizações milicianas que comandam o crime organizado em várias regiões do Rio de Janeiro, somos obrigados a admitir que seu trabalho foi bastante profícuo: Bolsonaro não escatimou esforços para glorificar as atividades das milícias fluminenses, chegando a propor e aprovar na Câmara de Deputados a concessão de menções honrosas aos mais conhecidos chefes de milícias do Estado do Rio de Janeiro.

A necessidade do auxílio emergencial

Ditadura: Curso da Folha terá autocrítica

Por Ana Flavia Marx, no site da Centro do Estudos Barão de Itararé:

A autocrítica é sempre bem-vinda porque demonstra uma reflexão de si mesmo, reconhecendo erros e acertos para aperfeiçoar sua conduta ou ação na prática. Quando encarada para mudar posicionamentos e não cometer os mesmos erros é um ato de grandeza.

Falar de si e detalhar como ajudou a ditadura militar. É assim que o jornal Folha de S. Paulo deveria iniciar o curso que está promovendo sobre o período, pois teve participação ativa bem como outros veículos de comunicação (dos grandes jornais, apenas o Última Hora não apoiou o golpe) para que o Brasil tivesse essa marca de sangue em nossa história.

Otavio Frias de Oliveira comprou o jornal em 1962 e a disputa do mercado editorial se dava com o Estado de S. Paulo e com o Diário de S. Paulo, dois partícipes da construção da ofensiva militar [1].

75% dos brasileiros apoiam a democracia

Brasil pela democracia e pela vida

Educação e crise no Brasil

Expressão Popular: 20 anos de luta de ideias!

domingo, 28 de junho de 2020

Lacombe, o bolsonarista dispensado da Band

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (25), a TV Bandeirantes afastou Luiz Ernesto Lacombe da apresentação do programa “Aqui na Band”, o que resultou na rescisão do seu contrato. Alguns analistas de mídia acham que ele dançou devido às suas ligações com o bolsonarismo. Mas há quem afirme que tudo decorreu mesmo da sua baixa audiência.

Dois dias antes, Lacombe garantiu holofotes para expoentes do “conservadorismo” no Brasil – entre eles, o miliciano digital Allan dos Santos, que é investigado pela Polícia Federal no inquérito das fake news e dos atos fascistas pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Ana Paula Henkel, a fascistinha do vôlei

Por Altamiro Borges

A bolsonarista aloprada Ana Paula Henkel, ex-jogadora de vôlei, continua destilando ódio e preconceitos nas redes sociais – e colecionando boletins de ocorrência na polícia. Na semana passada, o assessor de imprensa Alexandre Alvim registrou um B.O. acusando a fascistinha, que hoje mora nos Estados Unidos, de homofobia.

Após ser criticada por seus comentários racistas diante da revolta com o assassinato de George Floyd, ela enviou mensagem direta pelo Instagram atacando o jornalista de forma sórdida: “A bicha se acha linda. Você é muito brega. Puta que pariu! Hahahahaha se olha no espelho. Você é muito brega bicha".

Na Veja, “anjo” Wassef ameaça Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A entrevista exclusiva do “anjo” Frederick Wassef à revista Veja deve ter perturbado o sono de Jair Bolsonaro, que dorme com uma arminha ao lado da cama. Após mentir inúmeras vezes, o advogado falastrão finalmente confessou que escondeu Fabrício Queiroz. Ele jurou que fez isso para "proteger o presidente".

O mentiroso contumaz ainda disse que o "capetão" não sabia que ele havia escondido o ex-assessor do seu filhote 01, Flávio Bolsonaro, por mais de um ano. Nem a Veja acreditou nos devaneios de Frederick Wassef, mas sugeriu que ele se sente abandonado, com muito medo, e que pode desabar em breve.

Decotelli, o homem dos milicos na Educação

Por Altamiro Borges

"Imprecionante"! Bolsonaro não acerta no Ministério da "Educassão". Depois do “falsificado” Ricardo Vélez e do “vagabundo” Abraham Weintraub – que fugiu para os EUA temendo ser preso –, o terceiro nomeado para o cobiçado posto também tem vários "pobremas". O currículo de Carlos Alberto Decotelli parece uma farsa.

Ao anunciar seu novo serviçal na quinta-feira (25), o “capetão” se jactou nas redes sociais de que “Decotelli é bacharel em ciências econômicas pela UERJ, mestre pela FGV, doutor pela Universidade de Rosário e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha". Pouco depois, duas informações foram contestadas.

O segundo mutirão digital 'Lula Livre'

Brasil vira chacota na maior TV de Portugal

Bolsonaro ainda tem muita complacência

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A nova pesquisa Datafolha nos diz que, apesar dos 55 mil mortos e das agruras da economia, da prisão do Queiroz e da aparição do trapaceiro Wassef, Bolsonaro se mantém como o presidente dos 30% de apoio e é rejeitado por menos da metade do país (42%). Perdeu apenas um ponto porcentual de aprovação, ficando com 32%. Tanta complacência popular para com quem aduba a pandemia, ameaça a democracia, está perdido na economia e desmoraliza o país diante do mundo com sua ignorância e rusticidade traz a pergunta: Que mais ele terá de fazer para que o percebam como nefasto, inepto e contraindicado para governar o Brasil e seus problemas?

O sinal amarelo na indústria automobilística

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Com produção 49% menor neste ano, até maio, em relação a 2019, a indústria automobilística vive momentos de incerteza. Boa parte dos funcionários foi afastada, com base na Medida Provisória 936 ou pelo sistema de lay-off, mas a produção já começou a ser retomada. Ainda assim, no setor de autoveículos quase 4 mil trabalhadores perderam o emprego.

Pandemia acentua racismo estrutural no Brasil

Por Marcelise Azevedo Sarah Coly, na revista CartaCapital:

O racismo estrutural é um conceito muito debatido e disseminado entre quem quer compreender de que maneira as práticas institucionais, as conformações históricas, políticas e culturais podem colocar um grupo social ou étnico em posição superior em detrimento de outros grupos.

O advogado e professor Silvio Luiz de Almeida, presidente do Instituto Luiz Gama, em seu livro Racismo estrutural? (2018), afirma que o racismo não é um ato ou um conjunto de atos e tampouco se resume a um fenômeno restrito às práticas institucionais; é, sobretudo, um processo histórico e político, em que as condições de subalternidade ou de privilégio de sujeitos racializados são estruturalmente reproduzidas.

A Lava-Jato está rachadinha…

Por Fernando Brito, em seu blog:

A fumaça levantada pela incursão de uma representante do Procurador Geral da República aos intestinos da Operação Lava Jato já ateou um pequeno – por enquanto – incêndio no Ministério Público Federal, com o pedido de afastamento do grupo de procuradores que atuava na Lava Jato.

Só mesmo um quisto que se tornou “intocável” dentro do Ministério Público poderia se comportar assim diante de uma verificação – que deveria ser rotineira – da própria instituição. E que possam existir, em processos que são públicos, exceto quando os autos são, excepcionalmente, postos sob segredo de Justiça pelo juiz da ação, óbices ao conhecimento de como foram obtidas provas e informações pelos procuradores.