Por Vilma Bokany, na revista Teoria e Debate:
O Sesc-SP em parceria com o Núcleo de Estudos e Opinião Pública (Neop) da Fundação Perseu Abramo em meados de 2018 iniciaram uma série de conversas sobre a necessidade de uma segunda edição da pesquisa “Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade”. Passados 13 anos de sua primeira edição, em 2005, ambas as instituições atentavam para a intensificação do aumento do envelhecimento da população, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
No Brasil, em quase uma década e meia que separa as duas edições do estudo, o Brasil viu o índice de pessoas com mais de 60 anos crescer de 9,2% da população brasileira, em 2005, para atuais 34 milhões de cidadãos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, o que representa 16,2% da população brasileira.
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Home-office e o servidor público precarizado
Por Mariana Bettega Braunert e Maria Aparecido Bridi, no site Outras Palavras:
A necessidade de isolamento social imposta pela pandemia provocada pela Covid-19 levou milhões de trabalhadores brasileiros de diversos segmentos econômicos e ramos de atividade a aderirem provisoriamente ao trabalho remoto (home-office).
Nota técnica recentemente publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, elaborada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, aponta que a adesão ao trabalho remoto foi maior no setor público do que no setor privado. Em junho de 2020, 24,7% dos trabalhadores do setor público estavam trabalhando de forma remota, enquanto no setor privado, a porcentagem era de apenas 8,0% de trabalhadores realizando as atividades remotamente no mesmo mês [1].
A necessidade de isolamento social imposta pela pandemia provocada pela Covid-19 levou milhões de trabalhadores brasileiros de diversos segmentos econômicos e ramos de atividade a aderirem provisoriamente ao trabalho remoto (home-office).
Nota técnica recentemente publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, elaborada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, aponta que a adesão ao trabalho remoto foi maior no setor público do que no setor privado. Em junho de 2020, 24,7% dos trabalhadores do setor público estavam trabalhando de forma remota, enquanto no setor privado, a porcentagem era de apenas 8,0% de trabalhadores realizando as atividades remotamente no mesmo mês [1].
A militarização das escolas no Brasil
Por Ana Julia Ribeiro, no jornal Brasil de Fato:
Há alguns dias recebi a triste notícia de que a escola onde estudei e participei das ocupações, o Colégio Estadual Senador Manoel Alencar Guimarães recebeu indicação, por parte do governo do estado do Paraná, para ser militarizado junto com mais 200 escolas.
Coincidentemente, no mesmo dia deste anúncio, dia 26 de outubro, fazem quatro anos que falei na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. Há quatro anos estávamos ocupando as escolas porque os estudantes não estavam sendo ouvidos e respeitados, nem tendo suas opiniões consideradas na reforma do ensino médio.
Coincidentemente, no mesmo dia deste anúncio, dia 26 de outubro, fazem quatro anos que falei na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. Há quatro anos estávamos ocupando as escolas porque os estudantes não estavam sendo ouvidos e respeitados, nem tendo suas opiniões consideradas na reforma do ensino médio.
Doria usa a TV Cultura como palanque
Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:
As manhãs da TV Cultura são normalmente cobertas por programas infantis e desenhos animados. Mas alguns dias são diferentes. O governador paulista, João Doria (PSDB), tem usado a emissora pública para promover as reuniões do Comitê Empresarial Solidário, nas quais cita repetidamente os nomes das empresas, as doações realizadas e os nomes dos representantes das companhias. E dá espaço para que estes falem ao público, durante cerca de uma hora. As reuniões não constam da programação da TV Cultura, embora sejam marcadas com antecedência, e também não ficam registradas no site da emissora, nem no canal dela no Youtube.
Bolsonaro reafirma intentos autoritários
Editorial do site Vermelho:
A segunda onda de Covid-19 na Europa e a aceleração da pandemia nos Estados Unidos são sinais de que o Brasil caminha para um cenário ainda mais trágico. As crises sanitária e econômica tendem a se agravar, com graves e previsíveis consequências para o povo. Sem uma ação efetiva contra os efeitos da pandemia, a sua propagação seguirá descontrolada. E os efeitos sobre a economia, castigada por uma severa recessão, serão inevitáveis.
A segunda onda de Covid-19 na Europa e a aceleração da pandemia nos Estados Unidos são sinais de que o Brasil caminha para um cenário ainda mais trágico. As crises sanitária e econômica tendem a se agravar, com graves e previsíveis consequências para o povo. Sem uma ação efetiva contra os efeitos da pandemia, a sua propagação seguirá descontrolada. E os efeitos sobre a economia, castigada por uma severa recessão, serão inevitáveis.
Pária, órfão e passando vergonha
Por Marcelo Zero
Emerso de brumas medievais, nosso ponderado chanceler declarou, na recente formatura do Rio Branco, que o Brasil é pária mundial e que deve ostentar essa honrosa condição como uma medalha.
Ficamos um tanto surpresos.
Ignorantes que somos dos tortuosos silogismos do tomismo diplomático, que hoje domina corações e mentes da alta cúpula do Itamaraty, pensávamos que o objetivo maior da política externa, de qualquer política externa, era o de manter boas relações com todos os países e fortalecer o prestígio e o protagonismo de um Estado no cenário mundial.
Estávamos redondamente enganados. Ou melhor, estávamos “planamente” equivocados.
Ensina-nos o chanceler pré-iluminista que a finalidade principal da política externa brasileira é o isolamento. Assim, a boa política externa seria uma antipolítica externa.
Emerso de brumas medievais, nosso ponderado chanceler declarou, na recente formatura do Rio Branco, que o Brasil é pária mundial e que deve ostentar essa honrosa condição como uma medalha.
Ficamos um tanto surpresos.
Ignorantes que somos dos tortuosos silogismos do tomismo diplomático, que hoje domina corações e mentes da alta cúpula do Itamaraty, pensávamos que o objetivo maior da política externa, de qualquer política externa, era o de manter boas relações com todos os países e fortalecer o prestígio e o protagonismo de um Estado no cenário mundial.
Estávamos redondamente enganados. Ou melhor, estávamos “planamente” equivocados.
Ensina-nos o chanceler pré-iluminista que a finalidade principal da política externa brasileira é o isolamento. Assim, a boa política externa seria uma antipolítica externa.
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
O prefeito tucano de Porto Alegre e o SUS
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Por meio do Decreto 10.530 publicado nesta 3ª feira [27/10], o governo Bolsonaro criou o programa que fomenta estudos sobre a transferência, à iniciativa privada, da gestão e da operação da atenção primária em saúde do SUS – Sistema Único de Saúde.
Este programa de privatização da atenção primária do SUS – disfarçado com o nome de “Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – PPI” – sequer é executado pelo ministério da Saúde do “general cloroquina”, aquele subserviente que apenas obedece ao que o capitão manda.
O programa, sugestivamente, é coordenado pela Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia do agente das finanças Paulo Guedes.
2020: uma eleição mal aproveitada
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
Quando, daqui a algum tempo, formos discutir a eleição de 2020, é provável que dela só reste uma coisa a dizer: que houve a eleição.
É pouco.
Eleições são processos complexos e cheios de consequências, seja pelo que representam na vida política, seja pelo que suscitam no imaginário.
São também caras, exigindo recursos públicos e privados nada pequenos.
Fazê-las apenas por fazê-las tem cara de desperdício.
Bolsonarismo: um projeto lesa-pátria
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Nossa principal parceira comercial, milhões de dólares à frente dos EUA, da Europa e do Mercosul, a China é o maior comprador mundial de soja, a cereja do agronegócio brasileiro, a “salvação da lavoura” de nossa raquítica balança comercial, onde, com o recesso industrial, pesam as exportações de matérias primas in natura, como alimentos não processados, ou minério de ferro que exportamos para importar trilhos e lingotes de aço. A China comprou do Brasil nada menos que 7,25 milhões de toneladas de soja no último setembro, contra 4,79 toneladas no mesmo mês do ano passado, donde um aumento de 51%.
Nossa principal parceira comercial, milhões de dólares à frente dos EUA, da Europa e do Mercosul, a China é o maior comprador mundial de soja, a cereja do agronegócio brasileiro, a “salvação da lavoura” de nossa raquítica balança comercial, onde, com o recesso industrial, pesam as exportações de matérias primas in natura, como alimentos não processados, ou minério de ferro que exportamos para importar trilhos e lingotes de aço. A China comprou do Brasil nada menos que 7,25 milhões de toneladas de soja no último setembro, contra 4,79 toneladas no mesmo mês do ano passado, donde um aumento de 51%.
A tempestade que se avizinha
Por José Dirceu, no site Poder-360:
Com certeza, caminhamos em direção a um agravamento geral politico-institucional, social e econômico. Nada de crescimento nos próximos anos. Recessão neste ano, com o fim do auxilio emergencial e o crescente desemprego, que é desigual e atinge mais os jovens, as mulheres e os negros. A pandemia continua a ser tratada, na prática, como inexistente pelo governo, embora, como nos indica o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, poderá se agravar levando de roldão a economia. Suas consequências, que não podemos prever hoje, certamente levarão a uma maior crise social com repercussões imediatas no ambiente político-institucional.
Com certeza, caminhamos em direção a um agravamento geral politico-institucional, social e econômico. Nada de crescimento nos próximos anos. Recessão neste ano, com o fim do auxilio emergencial e o crescente desemprego, que é desigual e atinge mais os jovens, as mulheres e os negros. A pandemia continua a ser tratada, na prática, como inexistente pelo governo, embora, como nos indica o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, poderá se agravar levando de roldão a economia. Suas consequências, que não podemos prever hoje, certamente levarão a uma maior crise social com repercussões imediatas no ambiente político-institucional.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Quem é Daniela Reinehr, a ‘neonazista’ de SC
Ao tomar posse como governadora interina de Santa Catarina nesta terça-feira (27), a bolsonarista Daniela Reinehr se recusou a dizer se concorda com as opiniões neonazistas e negacionistas de seu pai. Questionada por jornalistas durante a sua primeira coletiva, ela fugiu de forma canhestra e patética.
Daniela Reinehr assumiu o cargo temporariamente após o afastamento do governador Carlos Moisés (PSL), que é alvo de um processo de impeachment. Segundo o site alemão Deutsche Welle (DW), "ela se esquivou de responder se compactua com pensamentos neonazistas e negacionistas do Holocausto".
Espanha taxa os mais ricos; Brasil ataca o SUS
Por Altamiro Borges
Enquanto a dupla macabra Bolsonaro-Guedes decide acabar com o auxílio-emergencial e impõe um decreto para privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS), o governo de centro-esquerda da Espanha anuncia que vai taxar os mais ricos e as grandes empresas para superar a crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19.
Segundo o jornal El País, "os partidos PSOE [Socialista] e Unidas Podemos, sócios na coalizão de esquerda que governa a Espanha, pactuaram finalmente o aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, como forma de fechar a conta da crise provocada pelo coronavírus".
Enquanto a dupla macabra Bolsonaro-Guedes decide acabar com o auxílio-emergencial e impõe um decreto para privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS), o governo de centro-esquerda da Espanha anuncia que vai taxar os mais ricos e as grandes empresas para superar a crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19.
Segundo o jornal El País, "os partidos PSOE [Socialista] e Unidas Podemos, sócios na coalizão de esquerda que governa a Espanha, pactuaram finalmente o aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, como forma de fechar a conta da crise provocada pelo coronavírus".
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