quarta-feira, 4 de novembro de 2020
Salles, o general e a devastação da Amazônia
Enquanto Ricardo Salles, o ministro das queimadas, curte a vida em Fernando de Noronha e dispara tuítes contra seus rivais no laranjal, e o general-vice Hamilton Mourão planeja um tour pelas florestas, a Amazônia bate recorde de desmatamento no mês de outubro, segundo reportagem da Folha:
"Mesmo ainda sem os dados completos de outubro, o desmatamento na Amazônia no mês foi recorde e apresenta crescimento de 37% em relação a outubro de 2019. Até o último dia 23, foram derrubados cerca 758 km² de floresta, mostram dados do Deter, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)".
Flávio 'Rachadinha' é denunciado pelo MP-RJ
Por Altamiro Borges
Flávio "Rachadinha", como é apelidado carinhosamente
o filhote 01 do presidente Bolsonaro, segue no alvo. O procurador-geral de
Justiça do RJ, Eduardo Gussem, denunciou ao Órgão Especial do Tribunal de
Justiça do Estado o atual senador, o ex-faz-tudo Fabrício Queiroz e outros 14
assessores por "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo o jornal O Globo, "na denúncia de cerca de 300
páginas, Flávio Bolsonaro é apontado como líder da organização criminosa e
Queiroz como o operador do esquema de corrupção... Ambos foram acusados pelos
crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa".
Quem são os neopentecostais no Brasil?
Neste curto e inflamado ensaio, o economista Pierre Salama aponta, apoiando-se em pesquisas e dados, alguns caminhos para entendermos qual é a força dos evangélicos neopentecostais no Brasil hoje. “Quem são os evangélicos? A quais categorias sociais eles pertencem? Qual o nível de escolaridade deles? Quais valores mais compartilham? São sensíveis ao discurso de retomada do trabalho, independentemente da evolução da pandemia?”, questiona o autor.
Centrais sindicais na luta pelos 600 reais
Diante da recessão econômica a qual o governo Bolsonaro empurrou o país, os trabalhadores não estão indiferentes. Essa é mensagem das centrais sindicais, que realizaram um ato unitário pela derrubada do veto da desoneração, pelo emprego, pela manutenção da ajuda emergencial de R$ 600 e pela retomada do crescimento econômico nesta terça-feira (3) na frente do Banco Central, em São Paulo.
terça-feira, 3 de novembro de 2020
Festão de Wajngarten e o general ‘intriguento’
Por Altamiro Borges
A festança de aniversário do secretário-executivo do Ministério
das Comunicações, o olavete Fábio Wajngarten, foi bastante concorrida e badalada.
Além disso, ela também serviu para espalhar novas intrigas no laranjal. O general
Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, o "Maria
Fofoca", foi novamente humilhado.
Segundo notinha da revista Época, a festa de 45 anos do
ardiloso bolsonarista “foi em sua casa de praia, em Maresias (SP), e contou com
a presença de integrantes do primeiro escalão do governo, como o ministro das
Comunicações, Fábio Faria, e até de Jorge Oliveira, novo ministro do Tribunal
de Contas da União (TCU)".
A ação secreta dos militares na conspiração
Dentro de poucos anos se conhecerá com riqueza de detalhes a atuação secreta dos militares; a “mão oculta” deles – principalmente de oficiais de alta patente da ativa e da reserva do Exército brasileiro – na produção do caos permanente que mergulhou o Brasil no precipício.
Juntando-se informações, dados e fatos pesquisados, já se consegue montar o mural sobre o papel central dos militares na conspiração que evoluiu para o que eles propagam ser o “retorno democrático” deles próprios ao poder.
Desta vez, diferente de 1964, por anos as Forças Armadas manejaram a quebra do Estado de Direito e a ruptura do ordenamento jurídico de modo suave, progressivo e constante, sem necessidade de colocar tanques nas ruas para violentar mortalmente a democracia.
O Sul é meu Norte: crônica do caos
Grupos motorizados que dão apoio ao regime têm organizado emboscadas nas estradas. Às vésperas da eleição, uma das gangues que atuam no sul e no meio-oeste do país cercou o comboio que levava eleitores de uma facção rival: houve ameaças de tiros.
Observadores internacionais avaliam com preocupação a movimentação de líderes ainda leais a Trump, que circulam pelas ruas armados e usam a Bíblia para justificar um golpe. Há rumores de que o líder populista se isolou no Palácio, e já tem uma aeronave pronta para levá-lo ao exterior se o golpe fracassar. Mas o governo da Hungria nega que Trump possa se exilar em Budapest.
Glenn Greenwald e as eleições nos EUA
Glenn Greenwald com Edward Snowden |