quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Feira de Santana é advertência para 2022
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Terminado o primeiro turno, em 15 de novembro de 2020, o candidato Zé Neto, do Partido dos Trabalhadores, chegou em primeiro lugar, com 120 000 votos, desempenho que parecia confirmar o prolongado favoritismo que acompanhou os últimos meses de campanha.
Quinze dias depois, abertas as urnas do segundo turno, o resultado era outro, reafirmando as piores profecias. Embora tenha ampliado seu cesto eleitoral para 138 000 votos, Zé Neto foi ultrapassado por Colbert Martins, que atingiu a surpreendente marca de 164 000 votos, vice-prefeito eleito da gestão anterior, empossado na própria prefeitura depois que o titular deixou o cargo para disputar o governo do Estado.
Terminado o primeiro turno, em 15 de novembro de 2020, o candidato Zé Neto, do Partido dos Trabalhadores, chegou em primeiro lugar, com 120 000 votos, desempenho que parecia confirmar o prolongado favoritismo que acompanhou os últimos meses de campanha.
Quinze dias depois, abertas as urnas do segundo turno, o resultado era outro, reafirmando as piores profecias. Embora tenha ampliado seu cesto eleitoral para 138 000 votos, Zé Neto foi ultrapassado por Colbert Martins, que atingiu a surpreendente marca de 164 000 votos, vice-prefeito eleito da gestão anterior, empossado na própria prefeitura depois que o titular deixou o cargo para disputar o governo do Estado.
Eleições: lições e tarefas ditadas pelas urnas
Por Roberto Amaral, em seu blog:
As burocracias partidárias não precisam mais se agastar com a cobrança de “autocrítica”, pois o eleitor fez sua parte: a crítica. E ela veio de forma positiva e simbólica, na adoção da candidatura de Guilherme Boulos amealhando o sufrágio de 2.168.109 paulistanos (40,62% dos votos no segundo turno), fato tão auspicioso quanto vem sendo ignorado pela crônica diária. Insisto, retomando tese de artigos anteriores, que a emergência do jovem líder dos sem teto é o acontecimento mais relevante da política nacional nos últimos anos. Ela, ademais, enseja, na esquerda, um certo nível de tranquilidade quando só existiam dúvidas e temores quanto à inevitável troca de guarda. Quando os fatos a impuserem, o campo progressista já disporá de um quadro construído no movimento popular e bem testado na campanha política e nas urnas, em condições, portanto, de colocar-se na primeira liça do processo político.
As burocracias partidárias não precisam mais se agastar com a cobrança de “autocrítica”, pois o eleitor fez sua parte: a crítica. E ela veio de forma positiva e simbólica, na adoção da candidatura de Guilherme Boulos amealhando o sufrágio de 2.168.109 paulistanos (40,62% dos votos no segundo turno), fato tão auspicioso quanto vem sendo ignorado pela crônica diária. Insisto, retomando tese de artigos anteriores, que a emergência do jovem líder dos sem teto é o acontecimento mais relevante da política nacional nos últimos anos. Ela, ademais, enseja, na esquerda, um certo nível de tranquilidade quando só existiam dúvidas e temores quanto à inevitável troca de guarda. Quando os fatos a impuserem, o campo progressista já disporá de um quadro construído no movimento popular e bem testado na campanha política e nas urnas, em condições, portanto, de colocar-se na primeira liça do processo político.
Nestes termos a esquerda tem o que comemorar.
A tragédia da redução do auxílio emergencial
Por Altamiro Borges
Cálculo do economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE-FGV), mostra a tragédia da redução pela metade do auxílio emergencial. O número de pessoas vivendo em situação de pobreza aumentou em mais de 8,6 milhões na passagem de agosto para setembro.
Já a população em situação de miséria extrema avançou em mais de quatro milhões. Aprovado pelo Congresso Nacional a contragosto da equipe econômica do abutre Paulo Guedes, o benefício, que era de 600 reais, foi reduzido para 300 reais. O impacto já se faz sentir em milhões de lares brasileiros.
Cálculo do economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE-FGV), mostra a tragédia da redução pela metade do auxílio emergencial. O número de pessoas vivendo em situação de pobreza aumentou em mais de 8,6 milhões na passagem de agosto para setembro.
Já a população em situação de miséria extrema avançou em mais de quatro milhões. Aprovado pelo Congresso Nacional a contragosto da equipe econômica do abutre Paulo Guedes, o benefício, que era de 600 reais, foi reduzido para 300 reais. O impacto já se faz sentir em milhões de lares brasileiros.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Desmatamento bate novo recorde na Amazônia
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nesta segunda-feira (30) mostram que o desmatamento na Amazônia cresceu 9,5% e bateu novos recordes – atingindo o mais alto patamar desde 2008. Foram desmatados 11.088 km² entre agosto de 2019 e julho de 2020.
Os números do INPE são calculados a partir das imagens do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). No período anterior, entre agosto de 2018 e julho de 2019, a área de florestas devastadas foi de 10.129 km². Em apenas um ano, a tragédia do desmatamento cresceu 9,5%.
O violento ataque à autonomia universitária
Por Marcos Cardoso
A intervenção do Ministério da Educação na Universidade Federal de Sergipe elevou para 19 o número de instituições federais de ensino superior a sofrer intervenção ou que o reitor nomeado não figurava como eleito em primeiro lugar por sua universidade ou instituto federal. A UFS está entre sete instituições que agora são dirigidas por reitor pro tempore, que sequer disputaram a eleição e, portanto, não constam de lista tríplice.
EUA: O monstro e suas entranhas
Livro em PDF |
Está disponível para acesso ao público através do portal do Ministério das Comunicações da Venezuela (www.minci.gob.ve) o monumental livro do historiador venezuelano Vladimir Acosta, El Monstruo y sus entrañas (O monstro e suas entranhas).
Nesta extensa obra de mais de 780 páginas, Vladimir Acosta desenvolve uma profunda análise crítica dos Estados Unidos, como sociedade e como Estado, desde seus primórdios até a atualidade. Embora faça uso de uma linguagem de fácil compreensão para o grande público, o autor se atém ao tradicional rigor histórico que caracteriza seus trabalhos .
Sindicalismo e as expectativas dos eleitores
Por João Guilherme Vargas Netto
Do ano da peste ainda resta vencer no calendário o mês de dezembro.
E quais seriam neste período as grandes tarefas das direções sindicais?
A primeira delas, como venho insistindo, é subir às bases, renovando os laços entre os dirigentes e seus representados, reforçando todas as redes de contatos – pessoais, presenciais, virtuais – entre os trabalhadores, ouvindo-os e prestando contas do que os dirigentes fizeram em sua defesa e representação.
A proximidade do fim do ano pode ser o pretexto da aproximação vivenciando o espírito natalino e a fraternidade.
Do ano da peste ainda resta vencer no calendário o mês de dezembro.
E quais seriam neste período as grandes tarefas das direções sindicais?
A primeira delas, como venho insistindo, é subir às bases, renovando os laços entre os dirigentes e seus representados, reforçando todas as redes de contatos – pessoais, presenciais, virtuais – entre os trabalhadores, ouvindo-os e prestando contas do que os dirigentes fizeram em sua defesa e representação.
A proximidade do fim do ano pode ser o pretexto da aproximação vivenciando o espírito natalino e a fraternidade.
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Mídia abana o “ganhador” João Doria
Por Altamiro Borges
Na sua "cobertura jornalística" – que mais se parece com torcida política –, a mídia hegemônica decreta mais uma vez a "morte do PT" e aponta o governador João Doria como um dos "ganhadores" das eleições municipais de domingo. Será? A candidatura presidencial do tucano saiu, de fato, fortalecida?
O PSDB, hoje sob comando do tucano novato João "Dólar", foi o partido que mais perdeu prefeituras no pleito deste ano. Em 2016, a sigla elegeu 805 prefeitos; agora foram 520 eleitos – menos 285 governos municipais. Alguns tombos foram feios, como em Porto Alegre (RS), Teresina (PI) e Manaus (AM).
Na sua "cobertura jornalística" – que mais se parece com torcida política –, a mídia hegemônica decreta mais uma vez a "morte do PT" e aponta o governador João Doria como um dos "ganhadores" das eleições municipais de domingo. Será? A candidatura presidencial do tucano saiu, de fato, fortalecida?
O PSDB, hoje sob comando do tucano novato João "Dólar", foi o partido que mais perdeu prefeituras no pleito deste ano. Em 2016, a sigla elegeu 805 prefeitos; agora foram 520 eleitos – menos 285 governos municipais. Alguns tombos foram feios, como em Porto Alegre (RS), Teresina (PI) e Manaus (AM).
O passaporte diplomático dos mercadores da fé
Por Altamiro Borges
Perguntar não ofende: Em agosto passado, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu a cassação dos passaportes diplomáticos do "apóstolo" Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, e do "missionário" R.R. Soares, chefão da Igreja Internacional da Graça. Eles já foram cassados ou seguem válidos?
O passaporte diplomático concede vários privilégios nos aeroportos do mundo inteiro. Em seu parecer, o procurador-regional da República Luiz Carlos dos Santos Gonçalves argumentou que a concessão da regalia oficial para líderes religiosos viola o princípio da laicidade do Estado.
Perguntar não ofende: Em agosto passado, o Ministério Público Federal (MPF) defendeu a cassação dos passaportes diplomáticos do "apóstolo" Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, e do "missionário" R.R. Soares, chefão da Igreja Internacional da Graça. Eles já foram cassados ou seguem válidos?
O passaporte diplomático concede vários privilégios nos aeroportos do mundo inteiro. Em seu parecer, o procurador-regional da República Luiz Carlos dos Santos Gonçalves argumentou que a concessão da regalia oficial para líderes religiosos viola o princípio da laicidade do Estado.
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