sábado, 16 de janeiro de 2021

"As elites estão sentadas numa bomba"

Hospitais ficam sem oxigênio em Manaus

Brasil sem emprego, sem Ford e com inflação

É hora de se falar a sério do impeachment

O escândalo do gás de cozinha

A situação dos povos indígenas

Existe algo de podre na justiça brasileira?

Para entender o caos em Manaus

"Somos hoje o Brasil de amanhã"

População de Manaus pede socorro

Governo Bolsonaro e o golpe anunciado

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Panelaço reforça pressão por impeachment

Minhocão, São Paulo. Foto: @projetemos/Mídia Ninja

Por Altamiro Borges


Vídeos de todos os cantos do país mostram que o panelaço desta sexta-feira (15) contra Jair Bolsonaro foi o maior desde a sua posse. Nas redes sociais, as postagens indicam que cresce o movimento pelo impeachment do "capetão". O crescente descontentamento talvez explique o nervosismo do genocida no programa “Brasil Urgente”, da Band. Ele se enrolou e mentiu descaradamente, sem ser incomodado pelo cordial âncora José Luiz Datena. Algo se move em plena quarentena!

Convocado às pressas pela internet por ativistas sociais, lideranças políticas e artistas, o protesto agitou vários bairros nas capitais e nas maiores cidades do país. Em São Paulo, por exemplo, além do panelaço foram projetadas imagens nos edifícios do centro da cidade contra o genocida que preside o país. “Sem oxigênio, sem vacina, sem governo”, protestava uma das projeções.

Bolsonaro negocia com os lobistas de armas


Por Altamiro Borges


Enquanto os brasileiros morrem por falta de oxigênio em Manaus e milhões passam fome sem o auxílio emergencial, Jair Bolsonaro segue com suas negociatas às escondidas, sem qualquer transparência pública. Ele agora se nega a prestar informações sobre as visitas de lobistas de armas ao Palácio do Planalto.

Segundo denúncia da revista Época, o governo federal decidiu usar a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais como base para negar o pedido da Lei de Acesso à Informação (LAI) sobre a visita de lobistas e de outras figuras sinistras à sede oficial. O pedido rejeitado foi apresentado pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

A mídia alternativa em tempos de Bolsonaro

Bonner já sabia que "esgrimava com loucos"

Por Eliara Santana, no site Viomundo:

Após uma edição contundente do Jornal Nacional, que mostrou o absoluto caos em Manaus, no Amazonas, onde não há mais oxigênio para tratar dos pacientes do Covid – ou seja, as pessoas estão morrendo sem conseguir respirar –, o jornalista e apresentador do JN, William Bonner, chamou para a apresentação da média móvel, os números compilados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa sobre a Covid-19 no Brasil.

E se pronunciou, em forma de um apelo à nação:

Mortes em Manaus: Auschwitz é aqui

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A asfixia de seres humanos por falta de oxigênio é, provavelmente, a forma mais cruel, mais sofrível e mais macabra de se matar e de se morrer.

Morre-se em desespero, debatendo-se em sofrimento e em pânico com o fim iminente e asfixiante.

A falta de oxigênio representa a privação do elemento químico absolutamente essencial que o organismo humano não pode prescindir além de alguns segundos.

É impensável que no enfrentamento de uma doença como a Covid, que afeta diretamente a capacidade respiratória das pessoas, não tenha havido provisionamento de respiradores mecânicos e de oxigênio para uso médico compensatório.

Não se pode atribuir a barbárie de Manaus somente à incompetência e ao despreparo do paspalhão general Pazuello e seus militares que desmontaram a excelência técnica do SUS e transformaram o ministério da Saúde em estrebarias dos seus quarteis.

Não dá para adiar fim da praga bolsonarista

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Com 62 pedidos de impeachment de Bolsonaro confortavelmente instalados sob seu traseiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, às vésperas de deixar o cargo, revolveu bater duro no presidente da República chamando-o de covarde e denunciando o que todos que têm mais de dois neurônios estão carecas de saber: a responsabilidade de Bolsonaro pelas mais de 200 mil vidas perdidas para a pandemia de coronavírus.

É provável, porém, que a súbita elevação de tom por parte de Maia não signifique adesão tardia à tese civilizatória do afastamento de um presidente que submete a nação à sua necropolítica.

O fim vai chegando

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Como acontece com tudo na vida, o tempo passa para Bolsonaro. A primeira metade de seu mandato terminou e o relógio começa a andar mais depressa em direção ao fim. Temos que suportá-lo por mais um ano, pois 2022 será dedicado ao processo de removê-lo.

Este é o ano da verdade para o capitão.

O primeiro, quando a parcela pouco politizada e informada da sociedade considerava que era cedo para julgá-lo, é passado longínquo. Ninguém mais acredita que o governo vai se acertar e surpreender por suas realizações.

A pandemia foi excelente para o capitão.

Média móvel de fascismo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Estamos pelo menos 100% mais fascistas do que há duas semanas. E a tendência é que a curva se acelere se nada for feito para barrar as ações do bolsonarismo ativo, da reação leniente dos autoproclamados “defensores das instituições” ou mesmo dos arrependidos de última hora, que agora se esgrimam para atacar com mais virulência o horror que elevaram ao poder. Imprensa corporativa aí incluída.

Trump não tomará cianureto

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:


Trump não é Hitler, os EUA não são a Alemanha nazista, nenhum exército invasor está a caminho da Casa Branca. Apesar de tudo isto, não é possível evitar uma comparação entre Trump nestes últimos dias e os últimos dias de Hitler. Hitler no seu bunker, Trump na Casa Branca. Os dois, tendo perdido o sentido da realidade, dão ordens que ninguém cumpre e, quando desobedecidos, declaram traições, e estas vão chegando até aos mais próximos e incondicionais: Himmler, no caso de Hitler, Mike Pence, no caso de Trump. Tal como Hitler se recusou a acreditar que o Exército Vermelho soviético estava a dez quilômetros do bunker, Trump recusa-se a reconhecer que perdeu as eleições. Terminam aqui as comparações. Ao contrário de Hitler, Trump não vê chegado o seu fim político e muito menos recolherá ao seu quarto para, juntamente com a mulher, Melania Trump, ingerir cianureto, e ter os seus corpos incinerados, conforme testamento, no exterior do bunker, ou seja, nos jardins da Casa Branca. Por que não o faz?