quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Fora Bolsonaro!
Por Manuel Domingos Neto e Roberto Amaral
O Fora Bolsonaro só pode realizar-se mediante o impeachment, a alternativa constitucional de que dispõe o presidencialismo.
Impeachment não é mera decisão político-jurídica. Antes de tudo, compreende movimento social poderoso, alcançando todos os segmentos da opinião nacional. No fundo, trata-se de reação da soberania popular traída pelo cometimento de crimes de responsabilidade.
O ápice do movimento é a homologação pelo Congresso. Na formalidade jurídica do impeachment o parlamentar cumpre seu papel premido entre vantagens que podem auferir do governante ameaçado e a preservação de sua própria legitimidade política.
O Fora Bolsonaro só pode realizar-se mediante o impeachment, a alternativa constitucional de que dispõe o presidencialismo.
Impeachment não é mera decisão político-jurídica. Antes de tudo, compreende movimento social poderoso, alcançando todos os segmentos da opinião nacional. No fundo, trata-se de reação da soberania popular traída pelo cometimento de crimes de responsabilidade.
O ápice do movimento é a homologação pelo Congresso. Na formalidade jurídica do impeachment o parlamentar cumpre seu papel premido entre vantagens que podem auferir do governante ameaçado e a preservação de sua própria legitimidade política.
Símbolos nacionais e a desconstrução da nação
Por Silvio Tendler
Graciliano Ramos escreveu que o esporte nacional não deveria ser o futebol mas a rasteira, esporte pelo qual passar a perna no próximo é virtude.
Furar a fila para a vacina ou engavetar 60 pedidos de impeachment não fazem diferença. Trata-se da construção do Estado de bem estar individual.
A política deixou de ser um programa de ação ideológico para converter-se num trampolim de sucesso pessoal.
A transferência de renda dos pobres para os ricos, cuja diversão é acumular fortunas, é encarada com naturalidade.
A solidariedade é praticada com a parcimônia necessária para não aparentarmos indiferença diante da miséria alheia.
Graciliano Ramos escreveu que o esporte nacional não deveria ser o futebol mas a rasteira, esporte pelo qual passar a perna no próximo é virtude.
Furar a fila para a vacina ou engavetar 60 pedidos de impeachment não fazem diferença. Trata-se da construção do Estado de bem estar individual.
A política deixou de ser um programa de ação ideológico para converter-se num trampolim de sucesso pessoal.
A transferência de renda dos pobres para os ricos, cuja diversão é acumular fortunas, é encarada com naturalidade.
A solidariedade é praticada com a parcimônia necessária para não aparentarmos indiferença diante da miséria alheia.
Só otário acreditou na “vacina privada”
Por Fernando Brito, em seu blog:
Desde ontem cedo, este blog vem advertindo que esta história da compra de 33 milhões de doses da vacina da Astrazêneca era uma “marketagem macabra“.
Acreditou que isso iria sair só quem é muito otário e achava que, pressionada pelo mundo inteiro para entregar as vacinas que já vendeu e ainda estão na promessa, a Astrazêneca ia vender uma enorme quantidade destas para um grupo de empresários brasileiros.
Um destes otários foi o senhor Jair Bolsonaro, que hoje de manhã anunciou que “o governo é favorável a esse grupo de empresários trazer vacina a custo zero pro governo”.
Desde ontem cedo, este blog vem advertindo que esta história da compra de 33 milhões de doses da vacina da Astrazêneca era uma “marketagem macabra“.
Acreditou que isso iria sair só quem é muito otário e achava que, pressionada pelo mundo inteiro para entregar as vacinas que já vendeu e ainda estão na promessa, a Astrazêneca ia vender uma enorme quantidade destas para um grupo de empresários brasileiros.
Um destes otários foi o senhor Jair Bolsonaro, que hoje de manhã anunciou que “o governo é favorável a esse grupo de empresários trazer vacina a custo zero pro governo”.
O papel dos militares no ascenso do Bolsonaro
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A atuação criminosa do governo Bolsonaro no morticínio de Manaus recolocou a questão dos militares no centro das discussões. O fato de o ministro da saúde ser um general da ativa do Exército Brasileiro [EB] aguça a preocupação a este respeito.
O debate público sobre a questão militar revela a incompreensão [ou negação] reinante, no meio político e intelectual, sobre o papel que os militares tiveram na gênese, e, depois, na evolução do atual momento histórico.
É notória esta incompreensão/negação e, também, a relutância – sem argumentos plausíveis ou referências empíricas – em se admitir a direção e a responsabilidade central dos militares neste brutal processo de devastação do país.
A atuação criminosa do governo Bolsonaro no morticínio de Manaus recolocou a questão dos militares no centro das discussões. O fato de o ministro da saúde ser um general da ativa do Exército Brasileiro [EB] aguça a preocupação a este respeito.
O debate público sobre a questão militar revela a incompreensão [ou negação] reinante, no meio político e intelectual, sobre o papel que os militares tiveram na gênese, e, depois, na evolução do atual momento histórico.
É notória esta incompreensão/negação e, também, a relutância – sem argumentos plausíveis ou referências empíricas – em se admitir a direção e a responsabilidade central dos militares neste brutal processo de devastação do país.
Brasil pode bancar o auxílio emergencial
Por Umberto Martins, no site da CTB:
Para justificar a completa inoperância do governo diante da crise sanitária e o fim do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro apelou a mais um fake news ao afirmar que o Brasil está quebrado.
Ele tem a chave do cofre público e sabe que não é verdade. Tanto sabe que consumiu nada menos que R$ 1,8 bilhão em compras escandalosas e suspeitas de guloseimas, valor com o qual – se julgasse prioridade – o Palácio do Planalto poderia adquirir 2,2 milhões de vacinas contra a covid-19.
Para justificar a completa inoperância do governo diante da crise sanitária e o fim do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro apelou a mais um fake news ao afirmar que o Brasil está quebrado.
Ele tem a chave do cofre público e sabe que não é verdade. Tanto sabe que consumiu nada menos que R$ 1,8 bilhão em compras escandalosas e suspeitas de guloseimas, valor com o qual – se julgasse prioridade – o Palácio do Planalto poderia adquirir 2,2 milhões de vacinas contra a covid-19.
O ministro Paulo Guedes provavelmente também sabe que, com reservas superiores a US$ 350 bilhões, o país não está quebrado e desfruta de uma posição financeira confortável, diferentemente do que ocorreu na crise da dívida externa em 1981. Ou durante o governo Sarney, em 1987, e no início do segundo governo FHC, em 1998. Naqueles anos o Brasil de fato foi à lona, quebrou. Estrangulado pelo endividamento externo, viu o crédito internacional e as reservas secarem de um momento para o outro e o país insolvente foi às portas do inferno, digo FMI.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
Movimentos sociais exigem "CPI da Covid-19"
Por Altamiro Borges
Com a presença de mais de 500 organizações populares, uma plenária virtual realizada nesta terça-feira (26) decidiu convocar uma megacarreata contra o “capetão” Jair Bolsonaro e apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ação genocida do governo na pandemia do coronavírus – já batizada de CPI da Covid. O clima está esquentando!
A proposta inicial é de que o megaprotesto ocorra em 21 de fevereiro. Antes disso, como forma de preparação, de esquenta, seriam feitas carreatas em bairros populares nas principais cidades do país já a partir da próxima semana. A plenária unitária teve a participação das frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo, que reúne o grosso dos movimentos sociais brasileiros.
Com a presença de mais de 500 organizações populares, uma plenária virtual realizada nesta terça-feira (26) decidiu convocar uma megacarreata contra o “capetão” Jair Bolsonaro e apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ação genocida do governo na pandemia do coronavírus – já batizada de CPI da Covid. O clima está esquentando!
A proposta inicial é de que o megaprotesto ocorra em 21 de fevereiro. Antes disso, como forma de preparação, de esquenta, seriam feitas carreatas em bairros populares nas principais cidades do país já a partir da próxima semana. A plenária unitária teve a participação das frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo, que reúne o grosso dos movimentos sociais brasileiros.
Pobreza cobra conta de Bolsonaro
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
A notícia encontra-se no Datafolha. A queda na aprovação de Bolsonaro encontra-se na faixa mais pobre de brasileiros, aqueles que tem renda mensal até 2 salários mínimos.
Ali, a taxa de reprovação do governo subiu de 26% para 41%, empurrando o índice geral para 40% negativos de hoje em dia, situação que coloca Bolsonaro e seu governo na posição de alvo do descontentamento popular, como há muito não se via.
O debate sobre o retorno do auxílio emergencial é urgente e sua negativa é uma escancarada confissão política - só confirma o desinteresse de Bolsonaro e Paulo Guedes pela proteção aos mais pobres.
Do ponto de vista de quem tem comida na mesa, carro na garagem e escola para os filhos, é sempre fácil dizer que o auxílio emergencial custa caro. Matematicamente, o preço equivale a 13 anos de Bolsa Família.
A notícia encontra-se no Datafolha. A queda na aprovação de Bolsonaro encontra-se na faixa mais pobre de brasileiros, aqueles que tem renda mensal até 2 salários mínimos.
Ali, a taxa de reprovação do governo subiu de 26% para 41%, empurrando o índice geral para 40% negativos de hoje em dia, situação que coloca Bolsonaro e seu governo na posição de alvo do descontentamento popular, como há muito não se via.
O debate sobre o retorno do auxílio emergencial é urgente e sua negativa é uma escancarada confissão política - só confirma o desinteresse de Bolsonaro e Paulo Guedes pela proteção aos mais pobres.
Do ponto de vista de quem tem comida na mesa, carro na garagem e escola para os filhos, é sempre fácil dizer que o auxílio emergencial custa caro. Matematicamente, o preço equivale a 13 anos de Bolsa Família.
Violência contra jornalistas bate recorde
Por Jana Sá, no site Saiba Mais:
Se no mundo inteiro 2020 mostrou a importância do jornalismo para a democracia, no Brasil o ano foi marcado pela violência contra os jornalistas no exercício da profissão. O ano mais violento desde 1990, quando se deu início aos levantamentos. Foram 428 casos de violência, 105,77% a mais que o já alarmante número de 208 ocorrências registradas em 2019.
Os dados integram o relatório “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020”, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e foram divulgados nesta terça-feira, 26. Os números apresentados foram coletados por meio das denúncias apresentadas à Federação e Sindicatos de Jornalistas, além da análise das notícias publicadas pelos veículos de comunicação.
Os dados integram o relatório “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2020”, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e foram divulgados nesta terça-feira, 26. Os números apresentados foram coletados por meio das denúncias apresentadas à Federação e Sindicatos de Jornalistas, além da análise das notícias publicadas pelos veículos de comunicação.
Crise em Manaus: governo sob investigação
Editorial do site Vermelho:
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de investigação que, por vias transversas, pode envolver todo o governo.
Aras pediu ao Supremo a investigação da ação (ou falta de…) do ministro Eduardo Pazuello na catástrofe que acometeu Manaus, onde dezenas de pessoas morreram por asfixia, pela falta de oxigênio nos hospitais locais. E pela recomendação de formas inadequadas, como o “tratamento preventivo” – leia-se uso de hidroxicloroquina – , para combater a Covid-19, ineficazes, e não recomendadas por médicos e cientistas.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de investigação que, por vias transversas, pode envolver todo o governo.
Aras pediu ao Supremo a investigação da ação (ou falta de…) do ministro Eduardo Pazuello na catástrofe que acometeu Manaus, onde dezenas de pessoas morreram por asfixia, pela falta de oxigênio nos hospitais locais. E pela recomendação de formas inadequadas, como o “tratamento preventivo” – leia-se uso de hidroxicloroquina – , para combater a Covid-19, ineficazes, e não recomendadas por médicos e cientistas.
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