sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Lira desloca imprensa para subsolo da Câmara

Da Rede Brasil Atual:


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), vai tirar o comitê de imprensa do Salão Verde, que atualmente está localizada ao lado do Plenário. Os jornalistas que trabalham na cobertura da atividade parlamentar na Casa serão deslocados para o subsolo, em uma sala sem janelas e distante do principal local de discussão e votação. A medida é unilateral e é alvo de críticas tanto de repórteres como de parlamentares, que a consideram antidemocrática.

A urgência da volta do auxílio emergencial

Editorial do site Vermelho:


A volta do auxílio emergencial é uma imposição da realidade. Não é possível conceber uma política de Estado nas condições atuais do Brasil conforme prescreve a Constituição sem essa medida. A soma dos efeitos das crises econômicas e sanitárias cria um cenário de grandes privações para a imensa maioria do povo, enquanto os recursos da nação se concentram no pico da pirâmide social.

Por qualquer ângulo que se olhe para esse cenário, aparece uma equação que não fecha. Por que uma minoria pode gozar de imensos privilégios enquanto a grande maioria vive tão grandes privações? Em qual doutrina é possível encontrar uma resposta plausível para essa tremenda injustiça social? Existem teses que, como é lógico, exigem comprovação prática.

Armação da Lava-Jato: quem pagará por isso?

Por André Lobão, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet):

Sob o argumento da corrupção, "descoberta" pela operação Lava Jato, especuladores de Wall Street promoveram processos contra a Petrobrás nos EUA. Em janeiro de 2018, a direção da empresa anunciou um acordo de US$ 2,95 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões na cotação atual) na intenção de evitar um processo judicial com investidores que haviam movido uma ação coletiva naquele país por se sentirem lesados após a divulgação dos casos da Lava jato.

O inferno astral de Sergio Moro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Perdida a invulnerabilidade que o endeusamento da Operação Lava Jato e, depois, seu cargo de Ministro da Justiça, parece que as portas do inferno se escancaram para receber Sergio Moro.

Agora o subprocurador geral Lucas Rocha Furtado pediu ao ministro Bruno Dantas, do TCU, que bloqueie todos os pagamentos à empresa Alvarez & Marsal, administradora da Odebrecht no processo de recuperação judicial, que integrou como um de seus sócios o ex-juiz, responsável por ter levado a empreiteira à bancarrota.

É o que publica Monica Bergamo, na Folha.

O feio papel da TV Globo na "lava jato"

Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:


1. As mensagens do Intercept-Spoofing

O jurista Geraldo Prado postou em seu Twitter:

"O fato da Globo não se interessar pelas revelações da Lava Jato, descortinada a partir da divulgação do The Intercept-BR, caracteriza obstrução do dever de noticiar que justifica a crença no envolvimento editorial nas práticas ilegais de investigação e processo que vieram à luz."

Correto o querido Geraldinho.

O silêncio eloquente da Globo mostra que as mensagens (agora liberadas pelo STF para a defesa do ex-presidente Lula - aliás, não entendi o voto do ministro Fachin, que não se insurgiu contra o vazamento do caso Lula-Dilma) estão cutucando a onça. Como se diz, mutuca tira boi do mato. Por enquanto, o boi resiste.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Guedes chantageia com o auxílio emergencial

Por Altamiro Borges

Pressionado pelo Congresso Nacional e temendo novas quedas de popularidade de Jair Bolsonaro, o czar da economia Paulo Guedes já prepara uma nova sacanagem para substituir o auxílio emergencial. O nome provisório da mutreta, que seria imposta na forma de chantagem, é Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

Ao invés dos R$ 600 aprovados pelos deputados em 2020, a contragosto do abutre financeiro, o tal BIP seria de R$ 200 e teria validade de apenas três meses. Além disso, ele beneficiaria 32 milhões de brasileiros – menos da metade dos 68 milhões que receberam o auxílio emergencial no ano passado.

Sara Winter abandonou o “mito”?

Por Altamiro Borges

Traída por Jair Bolsonaro, que hoje prefere namorar com os fisiológicos do Centrão, a fascistinha Sara Winter ensaia mudar de postura – talvez para escapar das garras da Justiça. Em entrevista à revista Veja, ela jurou: "Decidi me aposentar. Nunca mais vocês vão me ver gritando 'mito', 'mito'".

A líder da seita terrorista autodenominada "300 do Brasil", que se jactava de portar armas e organizou marchas com tochas contra o Supremo Tribunal Federal, agora se diz arrependida. "Hoje morreria de vergonha de fazer isso... Fiz tudo aquilo acreditando que havia um movimento para derrubá-lo [o presidente]".

Centrão quer a cabeça de "Funesto Araújo"

Por Umberto Martins, no site da CTB:

A cabeça do detestável chefe do Itamaraty, o lunático Ernesto Araújo (também conhecido como o Funesto Araújo), está sendo pedida pelos políticos do chamado Centrão, que na verdade reúne a direita fisiológica, cínica e corrompida que infesta o Congresso Nacional.

Sedentos por cargos, privilégios e mordomias que a aliança com Jair Bolsonaro pode viabilizar, o Centrão está de olho no Ministério da Agricultura e propõe o deslocamento da atual titular da pasta, Tereza Cristina, para o Ministério das Relações Exteriores, hoje dirigida por Araújo.

Lava-Jato: "página infeliz do jornalismo"

Por Thamara Marinho, do SMABC, no site Lula Livre:


Os jornalistas Kennedy Alencar e Cristina Serra participaram na tarde desta quarta-feira (10) da live “O papel da imprensa na Lava Jato”, da TV GGN, comandada pelos também jornalistas Luiz Nassif e Marcelo Auler. A live é um desdobramento do documentário “Sergio Moro: A construção de um juiz acima da lei”, projeto elaborado pela redação do portal GGN sob coordenação de Nassif.

Cristina, que ontem publicou um artigo intitulado “A praga do jornalismo lava-jatista”, na Folha de S. Paulo, afirmou que essa discussão do papel da imprensa é absolutamente prioritária e que a Lava Jato ainda é um assunto que gera mobilização.

Exército arquitetou conspiração golpista

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Estão dissipadas as dúvidas a respeito do papel das Forças Armadas no longo e secreto processo para a tomada de poder no Brasil por meio de um golpe de Estado “suave e silencioso”.

O general Villas Bôas confessou que a ameaça ao STF em 3 de abril de 2018 com o objetivo de emparedar a Suprema Corte para impedi-la de se decidir contra a prisão ilegal do Lula não foi uma decisão exclusiva dele, mas de todo Alto Comando do Exército, fato que é muito mais grave.

É uma decisão, portanto, institucional do Exército Brasileiro contra o Estado de Direito e a democracia. Os comandantes se arvoraram, arbitrariamente, o direito de atuarem como um Poder acima do poder civil concebido na Constituição de 1988. Numa democracia, tais comandantes militares estariam presos por sedição e atentado à ordem constitucional.

Um crime monstruoso contra Lula

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Em 1894, o capitão Alfred Dreyfus, inocente, foi condenado por um tribunal militar à degradação e ao degredo perpétuo “em recinto fortificado”, isto é, as galés, enquanto o responsável pelo crime de espionagem, de que ele fora acusado, era declarado inocente. Não se tratava, porém, de erro judicial o escândalo que marcaria a Terceira República, mas de conjuração urdida pelos militares, da qual participaram todas as instâncias do poder francês, nomeadamente, além dos generais, o poder judiciário, o ministério da justiça e a imprensa, a quem coube, em conluio com os demais atores, o crucial papel de convencimento da opinião pública.

A relevância do movimento sindical

Reprodução do site http://effimera.org/
Por João Guilherme Vargas Netto


As centrais sindicais e as direções de muitos sindicatos, federações e confederações têm demonstrado com suas iniciativas a relevância do movimento sindical no enfrentamento da crise atual dos brasileiros.

A importância da ação sindical dos trabalhadores tem sido reconhecida por personalidades diversas nos mundos ideológico e político. Dois exemplos recentes nos chegam dos Estados Unidos, entre muitos outros.

Noam Chomsky, ícone da esquerda mundial, em entrevista à jornalista Amélia Gonzalez da Época foi taxativo ao dizer que o movimento sindical não é só importante, é essencial para defender os trabalhadores e a sociedade.

Brasil: república do financismo?

Bolsonarismo, fascismo e a luta pela razão

“Presente da CIA”, confessa Dallagnol

O que é a autonomia do Banco Central?

O segundo turno das eleições no Equador

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Banco Central: a raposa no galinheiro!

Por Altamiro Borges

O parlamento brasileiro está dominado pelas forças de direita e de extrema-direita – ambas unidas na agenda neoliberal. As últimas votações confirmam esse quadro de forças tão adverso. Nesta quarta-feira (10), a Câmara Federal aprovou por 339 votos a favor e 114 contra o projeto de "autonomia" do Banco Central.

Na prática, os deputados decidiram colocar "o lobo para cuidar do galinheiro". O Projeto de Lei Complementar-19, obrado pelo Senado, representa a total submissão do Banco Central – com sua missão de definir as políticas monetária e cambial – aos abutres do capital financeiro. A sociedade não terá mais nenhum controle sobre esse órgão estratégico.

Os estertores da chamada Lava-Jato

Por José Dirceu

Para me prender de novo - depois de ter sido solto pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, por meio de uma decisão mais do que justa e imperativa, pois estava preso há mais de 21 meses sem julgamento em segunda instância -, os procuradores de Curitiba, no mesmo dia em que seria julgado meu Habeas Corpus, 2 de maio de 2017, inventaram uma artimanha para pressionar - isso mesmo, chantagear - a Suprema Corte, oferecendo uma denúncia com base em fatos “requentados” que envolviam as empresas Engevix e UTC.

A ascensão do neofascismo em escala mundial

Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:


Jair M. Bolsonaro não é um caso único. Assistimos nos últimos anos a um espetacular ascenso, no mundo inteiro, de governos de extrema direita, autoritários e reacionários, em muitos casos com traços neofascistas: Shinzo Abe (Japão) – substituído recentemente por seu braço direito – Modi (Índia), Trump (USA) – perdeu a presidência mas continua sendo uma força política pesada – Orban (Hungria), Erdogan (Turquia) são os exemplos mais conhecidos. A isto devemos acrescentar os vários partidos neofascistas com base de massas, candidatos ao poder, sobretudo na Europa: o Rassemblement National da família Le Pen na França, a Lega de Salvini na Itália, o AfD na Alemanha, o FPÖ na Áustria, etc.