sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

O descortinar do retrocesso civilizacional

Por Henrique Matthiesen

A polarização da insanidade recheada de preconceitos, ódios seculares, falso moralismo, inabilidade e a luta por hegemonismo, entre outras desinteligências, aflorou nosso miserável retrocesso civilizacional.

A porta do absurdo foi escancarada, a bestialidade perdeu a modéstia e as vísceras da insensatez estão expostas em praça pública.

Vivemos uma profunda e perturbadora crise moral cuja resquícios de qualquer ética se esvaem rapidamente por entre os ralos dos esgotos.

O caso do “pit-deputado” Daniel Silveira é mais um dos atinadíssimos sintomas de nossa gravíssima patologia do retrocesso, que caminha para um golpe e para a ruptura da ordem democrática.

Neste cenário perturbador constata-se que não há inocentes; nas digitais do oportunismo do jogo subterrâneo do poder encontram-se o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, e a própria Presidência da República. Todos os poderes corroídos e corresponsáveis pelo momento bestial que vivenciamos.

As dez mentiras da Globo sobre a Petrobras

Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) A prioridade da empresa, por ter ações negociadas em bolsa, é oferecer lucratividade máxima, no curto prazo, aos seus acionistas minoritários nacionais e internacionais.

Mentira: A União detém mais de 64% das ações da estatal, que como empresa estratégica para os interesses do país deve zelar pelos direitos dos consumidores e produtores brasileiros.

Variáveis como a flutuação de preços do barril de petróleo no mercado internacional e a variação do dólar no Brasil não podem ser os únicos parâmetros para definir os preços dos combustíveis.

2) Queda das ações da Petrobrás na bolsa de valores significa perda bilionária do valor de marcado da empresa.

Mentira: A jogatina típica do mercado de ações implica oscilação do valor dos papéis, com um sobe e desce constante. A propalada e artificial perda de valor de mercado não leva em conta os ativos da empresa, tais como poços de petróleo, potencial de aumento de extração de óleo, produção de gás, refinarias e distribuidoras.

SUS: um cidadão sem voz

Por Ronaldo Teodoro, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Como é formado o julgamento público dos milhões de cidadãos e cidadãs acerca dos temas conflitantes na res pública? Como se forma a rejeição ou a aceitação coletiva aos partidos políticos e seus distintos programas, ou às reformas de Estado que aprofundam as opressões de raça, gênero e classe? É relativamente explícito que o correnteprocesso de destruição das instituições que conformam o sistema de proteção social brasileiro foi precedido por um intenso trabalho de saturação dos valores públicos que fundamentavam a própria democracia no país.Esse modo de formular o entendimento da crise democrática nacional evoca uma atenção cuidadosa aos processos e lugares de força que disputam a legitimação das escolhas públicas – repondo ao centro das preocupações políticas os termos de uma formação democrática da opinião pública.

A PEC da chantagem não pode passar

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Em troca de três parcelas de auxilio emergencial de R$ 250, para um número bem menor de beneficiados, o governo Bolsonaro quer empurrar goela abaixo do Congresso (e de todos nós) a tal PEC Emergencial, quintessência do neoliberalismo, destinada a liquidar com os últimos pilares do estado de bem estar social, a vinculação de receitas e os gastos mínimos da União, estados e municípios com educação e saúde.

Diante de texto tão aberrante. senadores governistas juntaram-se aos da oposição e se recusaram a votá-lo amanhã (quinta-feira, 25), como estava previsto.

O Congresso não pode engolir esta mudança constitucional, que se aprovada transformará em párias os milhões de brasileiros que dependem os sistemas públicos de educação e saúde. Com o financiamento congelado, eles serão sucateados progressivamente até deixarem um dia de existir.

Geometria variável e o sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto


No mundo dos aviões de guerra a geometria variável diz respeito a asas e configurações que, alteradas de maneira planejada, melhoram o desempenho das aeronaves.

Esta pode ser uma boa metáfora para as estratégias das direções sindicais ao se relacionarem com os poderes institucionais da República.

Se os campos de aferição são definidos com suas interações podemos discriminar as preocupações políticas democráticas, as preocupações com a economia, as relações de trabalho e o emprego, as preocupações com a pauta de costumes e de segurança e as preocupações com a própria efetividade dos sindicatos e da ação sindical.

Olavete é nomeado para órgão antitortura


Por Altamiro Borges

O insano Jair Bolsonaro gosta mesmo de ostentar o título de pária internacional. Na semana da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o provocador fascista nomeia um discípulo do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, que já relativizou a prática da tortura, para um órgão antitortura do governo federal.

Eduardo Miranda Freire de Melo, ex-integrante da Marinha, foi indicado nesta quarta-feira (24) pela presidência da República para compor o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), órgão federal responsável por prevenir e combater tratamentos desumanos ou degradantes na sociedade.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Flordelis e Daniel Silveira serão cassados?

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (24), o Conselho de Ética da Câmara Federal deu os primeiros passos para analisar os pedidos de cassação dos mandatos do deputado-miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), o fascista que ameaçou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e da deputada-pastora Flordelis dos Santos (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo.

Foram escolhidos os relatores dos dois processos. Fernando Rodolfo (PL-PE) será o relator do processo do miliciano. Como aponta a revista Época, “a escolha do nome não deve ter animado o deputado. Rodolfo foi um dos 364 parlamentares que votaram na semana passada a favor da manutenção da prisão de Silveira”. Já o caso da pastora será relatado por Alexandre Leite (DEM-SP).

“Véio da Havan” segue desprezando a Covid-19


Por Altamiro Borges

Mesmo após o falecimento de sua mãe em decorrência da Covid-19, o empresário Luciano Hang segue menosprezando a pandemia. Ávido por mais lucros, o dono da rede de lojas Havan – o sinistro “Véio da Havan” – não vacila em cometer abusos, colocando em risco a vida dos seus funcionários e clientes. Algumas dessas atrocidades, felizmente, ainda são contidas.

Na semana passada, a Justiça do Paraná proibiu a bilionária rede de abrir uma loja em Pato Branco em horário normal como se fosse supermercado. A Havan entrou com uma liminar alegando que a loja deveria ser enquadrada como serviço essencial e que a prefeitura não teria a atribuição de decidir sobre o funcionamento do comércio. Mas foi derrotada!

Três Maracanãs lotados de mortos por Covid!

Por Altamiro Borges

O que significa a trágica marca no Brasil de 250 mil mortes por Covid-19 alcançada nesta quarta-feira (24)? A Folha fez um breve comparativo desse patamar macabro – que só perde para os EUA, que atingiram 500 mil óbitos também nesta semana. Donald Trump, já destronado, e Jair Bolsonaro lideram o genocídio no mundo. Um quarto de milhão de mortes significa:

1- É como se a pandemia tivesse aniquilado totalmente a população de uma cidade média brasileira – como Americana (SP), Itaboraí (RJ) ou Novo Hamburgo (RS) – ou de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África;

2- É como se a pandemia tivesse matado três estádios do Maracanã lotados;

A privatização dos Correios já está no forno

Brasil não cumprirá calendário de vacinação

STJ enterra 'rachadinhas' de Flávio&Queiroz

Delegada falsificou depoimento na Lava-Jato

As políticas de preços da Petrobras

Lava-Jato e a "terceirização" na Polícia Federal

Exército executou 6.402 civis na Colômbia

Os abusos dos delegados da Lava-Jato

Guerra cultural e retórica do ódio

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Brasil acelera ritmo das mortes por Covid-19

Por Altamiro Borges

O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (24) a triste marca de 250 mil mortes causadas pela Covid-19, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa. Até às 18h19, segundo o site UOL, foram registradas 1.433 mortes – totalizando 250.079 óbitos desde o começo da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado.

Em função da postura genocida do capitão Jair Bolsonaro e da incompetência do general Eduardo Pazuello, o ritmo dos óbitos se acelerou no país. As primeiras 50 mil mortes demoraram 100 dias – entre 12 de março e 20 de junho de 2020. Da marca de 200 mil, em 7 de janeiro deste ano, até as 250 mil registradas nesta quarta-feira, foram 48 dias.

Exageros no aniversário de 100 anos da Folha