quarta-feira, 10 de março de 2021

Lutar por um Brasil feliz de novo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Iniciamos esta semana com a perspectiva e o foco nas comemorações e na luta em torno dos direitos das mulheres, visto que segunda-feira, 8 de março, foi o Dia Internacional de Luta das Mulheres.

Ocorre que já no início da tarde obtivemos uma notícia que mudou profundamente a realidade política brasileira. Essa notícia mexe profundamente com o nosso país em todos os aspectos. Me refiro à decisão monocrática do ministro Fachin, de anular todos os processos que condenaram o presidente Lula, iniciados a partir da Lava Jato, da Vara Federal de Curitiba, devolvendo assim, a elegibilidade ao ex-presidente Lula.

Cogitou-se a possibilidade de que o objetivo do ministro Fachin seria muito mais a preservação da Lava Jato e de seus membros do que a própria necessidade de se fazer justiça a Lula. Porque estava previsto para o dia seguinte, dia 9, a continuidade do julgamento sobre a parcialidade do ministro Sérgio Moro em relação aos processos de Lula.

Um dia histórico para a Justiça brasileira

A economia de Guedes deu errado

Lula livre. Moro sendo julgado pelo Supremo

Lula fala ao Brasil: íntegra da entrevista

STF e os arbítrios da Operação Lava Jato

Editorial do site Vermelho:


Ao decidir pela anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Edson Fachin trouxe à luz o debate sobre a imprescindibilidade do Estado Democrático de Direito. Há na decisão um forte componente político, mas o essencial é a luta histórica por instrumentos que garantem as regras da civilização.

É Lula aqui, lá e acolá

Foto: Ricardo Stuckert
Por Flávio Aguiar, no site A terra é redonda:


“O humor é o sal, o mel e o vinho da vida” (Algum filósofo da Antiguidade deve ter pensado esta frase).

Vocês, desavisados leitores, vão me desculpar, mas na alegria do 8 de março de 2021, eu, que sou mais desafinado do que rangido de porta de mosteiro, compus a letra de um sambinha, seguindo uma melodia do compositor Tulio Piva sobre a conquista da Copa de 58*:

Do Oiapoque ao Chuí/Corre uma alegria/Como eu nunca vi/É que um juiz/Lá do alto do Planalto/Seguindo seu decoro/Acabou co’a festa do seu Moro.

Zanin com Valeska tabelava/E agora, o que a Globo fará?/Pois de novo, a torcida gritava:/ É nóis feliz, e o Lula lá.

Muita quilometragem de linhas serão escritas louvando, medindo, ou execrando a decisão do juiz Luis Edson Fachin. Há perguntas que não querem calar: o quanto a decisão de anular os processos e as condenações de Lula em Curitiba favorecem este, o quanto favorecem Moro, reabrindo o processo daquele, tentando zerar a conta deste?

terça-feira, 9 de março de 2021

Como a decisão de Fachin repercutiu na mídia?

Por Altamiro Borges

A decisão do lavajatista Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal, de anular as condenações arbitrárias contra o ex-presidente Lula repercutiu com força na mídia brasileira e internacional. Mas de forma bem diferente. Os "calunistas" nativos dos jornais, rádios e tevês estão indignados, quase histéricos.

Porta-voz da Lava-Jato – operação que aplainou o terreno para o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff, a prisão de Lula e a ascensão ao poder do fascista Jair Bolsonaro –, a mídia não aceita a anulação do injusto processo. Até hoje, ela trata o juizeco Sergio Moro como um herói – e até aposta na sua candidatura presidencial.

Lava-Jato e o papel da mídia

Queda de Paulo Guedes é “questão de tempo”

Os impactos políticos da decisão de Fachin

A volta de Lula ao jogo político

A fantástica casa de Flávio Bolsonaro

Condenações de Lula foram anuladas: e agora?

Lula elegível: e agora, Brasil?

Comissão Arns repudia portaria de Damares

Fachin confirma a prisão política de Lula

Vilania de Fachin deve fracassar

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não foram necessárias mais que algumas horas para que se tornasse tão evidente a manobra de Luiz Edson Fachin ao anular os processos de Lula em Curitiba para evitar a decretação da parcialidade de Sergio Moro que, ao que tudo indica, ela está fada ao fracasso.

Até a direita de punhos de renda está atônita, diante do fato de que é impossível negar que a finória canetada de Fachin visa, essencialmente, proteger Moro e sua trupe da escancarada parcialidade.

Essa é a principal razão, pois Fachin sabe que seria virtualmente impossível, salvo por um escândalo ainda maior do que o da Lava Jato, validar os processos de Curitiba em um ano e meio, repetir a condenação e, ainda, confirmá-la em segunda instância.

A volta de Lula muda tudo no jogo político

Foto: Ricardo Stuckert
Por Renato Rovai, na revista Fórum:

Hoje é o dia 1 das eleições presidenciais de 2022.

O dia das mulheres, que enfrentaram corajosamente Bolsonaro em 2018 com o #elenão, abre a avenida para a possível volta de Lula ao planalto.

O Brasil não é verdadeiramente um país para amadores. É preciso ser além de profissional, muito malandro e ainda contar bastante com a sorte para tentar fazer análise política neste território que se diz verde amarelo.

Se alguém ousasse dizer na semana passada que o ministro Fachin iria aceitar a tese de que a vara de Curitiba, sob a jurisdição de Sergio Moro, não era competente para julgar o ex-presidente Lula, provavelmente essa pessoa seria internada.

Além de incompetente, Moro ainda é suspeito

Da Rede Brasil Atual:

O jurista Lenio Streck diz não ter dúvidas de que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, mesmo após decisão do ministro Edson Fachin que anulou os processos da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Esse juiz não era só incompetente. Mas Moro também era suspeito. E, portanto, essa suspeição não fica só nos casos do Lula. Tem outras pessoas interessadas no processo”, disse o jurista.

De acordo com o professor de Direito Constitucional da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, todas as irregularidades cometidas por Moro e os procuradores da Lava Jato não podem simplesmente “se esfumaçar no ar”.