Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Em artigo no Estadão de ontem, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, volta aos seus tempos de Clube Militar, e conclama para uma maior intervenção militar.
De início, encampa o bordão preferido do mercado e da mídia, o bálsamo das reformas genéricas “imprescindíveis”, como a tributária, a administrativa e a política.
Depois, ataca o desvirtuamento da administração pública, “atingida em cheio pela corrupção e pelo clientelismo político”.
Defende a opção por Bolsonaro, como uma “clara escolha pela condenação do maior caso de corrupção da História, pelas reformas que promovam a retomada do desenvolvimento e pelo combate à violência, compromissos deste governo com a sociedade brasileira”.
De um lado, procura reavivar o antipetismo da tropa. Mas, de outro, aponta a incapacidade do governo Bolsonaro de avançar com as tais reformas e a profissionalização do Estado.
quinta-feira, 8 de abril de 2021
O empresariado e o cercadinho da grana
Por Fernando Brito, em seu blog:
Diz a Folha que, como ocorre com o grupo de bocós que se reúne no “cercadinho” do Alvorada diariamente para louvar o “Mito”, Jair Bolsonaro foi “ovacionado” por um grupo de empresários montado para fazer crer que “o PIB está com o presidente”.
Grande parte está, mesmo, tanto quanto esteve em 2018 e estará em 2022, salvo se aparecer-lhes um candidato que entendam ser mais palatável ao país que o capitão e, assim, tenha capacidade de evitar a eleição de alguém que, de fato, dirija o Brasil.
Este é o paradoxo da elite do dinheiro no Brasil: ela não quer um presidente como pensamos nos, capaz de unir o país num rumo de desenvolvimento, progresso socialmente justo, equilíbrio e ocupando o espaço que o Brasil pode pretender no mundo e na economia global.
Grande parte está, mesmo, tanto quanto esteve em 2018 e estará em 2022, salvo se aparecer-lhes um candidato que entendam ser mais palatável ao país que o capitão e, assim, tenha capacidade de evitar a eleição de alguém que, de fato, dirija o Brasil.
Este é o paradoxo da elite do dinheiro no Brasil: ela não quer um presidente como pensamos nos, capaz de unir o país num rumo de desenvolvimento, progresso socialmente justo, equilíbrio e ocupando o espaço que o Brasil pode pretender no mundo e na economia global.
O amálgama dos melhores
Por João Guilherme Vargas Netto
Suponha que pudéssemos amalgamar os melhores exemplos em um quadro único. A persistência das centrais sindicais em reivindicarem unitariamente a VIA com os 600 reais do auxílio emergencial pagos a todos os necessitados enquanto durar a pandemia; o lockdown de Araraquara e a vacinação de Serrana; os auxílios emergenciais complementares de São Paulo, do Paraná, do Maranhão e de muitas cidades; o consórcio de imprensa que atualiza diariamente os trágicos números da pandemia; a solidariedade dos sindicatos chineses que doaram 300 mil dólares em artigos essenciais para o combate à doença; a abnegação heroica dos profissionais da saúde e da vacinação – resultariam em um enfrentamento efetivo do quadro catastrófico.
Suponha que pudéssemos amalgamar os melhores exemplos em um quadro único. A persistência das centrais sindicais em reivindicarem unitariamente a VIA com os 600 reais do auxílio emergencial pagos a todos os necessitados enquanto durar a pandemia; o lockdown de Araraquara e a vacinação de Serrana; os auxílios emergenciais complementares de São Paulo, do Paraná, do Maranhão e de muitas cidades; o consórcio de imprensa que atualiza diariamente os trágicos números da pandemia; a solidariedade dos sindicatos chineses que doaram 300 mil dólares em artigos essenciais para o combate à doença; a abnegação heroica dos profissionais da saúde e da vacinação – resultariam em um enfrentamento efetivo do quadro catastrófico.
quarta-feira, 7 de abril de 2021
terça-feira, 6 de abril de 2021
Irmão de deputado negacionista morre de Covid
Por Altamiro Borges
A vida é muito irônica e cruel. A Folha relata que "o deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), uma das principais vozes contra medidas para controlar o avanço da pandemia no Brasil, perdeu um irmão para a Covid-19. Pedro Firmeza de Souza Lima, 63 anos, morreu na última quinta-feira (1)".
O "querido irmão", segundo o deputado, estava internado há três semanas. "Em postagem no Instagram, Luiz Lima, que é ex-atleta olímpico, não cita que a morte foi em decorrência da Covid, informação confirmada pelo gabinete dele à reportagem". O bolsonarista talvez esteja constrangido – ou arrependido.
A vida é muito irônica e cruel. A Folha relata que "o deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), uma das principais vozes contra medidas para controlar o avanço da pandemia no Brasil, perdeu um irmão para a Covid-19. Pedro Firmeza de Souza Lima, 63 anos, morreu na última quinta-feira (1)".
O "querido irmão", segundo o deputado, estava internado há três semanas. "Em postagem no Instagram, Luiz Lima, que é ex-atleta olímpico, não cita que a morte foi em decorrência da Covid, informação confirmada pelo gabinete dele à reportagem". O bolsonarista talvez esteja constrangido – ou arrependido.
Caos: 29 fábricas de veículos param no Brasil
Por Altamiro Borges
A dupla macabra Bolsonaro-Guedes, que criou o falso dilema entre saúde e economia, está matando os brasileiros e paralisando o país – tudo junto e combinado. A edição brasileira do site britânico da BBC estampa no título: "Brasil tem 29 fábricas de veículos paradas: Crise sem precedentes". O caos é total!
Segundo a matéria, "uma crise no fornecimento de componentes, aliada à queda da demanda no mercado interno com o agravamento da pandemia, levou à paralisação total ou parcial de 13 das 23 montadoras de automóveis do país, que somam 29 fábricas paradas, de um total de 58 instaladas no país".
A dupla macabra Bolsonaro-Guedes, que criou o falso dilema entre saúde e economia, está matando os brasileiros e paralisando o país – tudo junto e combinado. A edição brasileira do site britânico da BBC estampa no título: "Brasil tem 29 fábricas de veículos paradas: Crise sem precedentes". O caos é total!
Segundo a matéria, "uma crise no fornecimento de componentes, aliada à queda da demanda no mercado interno com o agravamento da pandemia, levou à paralisação total ou parcial de 13 das 23 montadoras de automóveis do país, que somam 29 fábricas paradas, de um total de 58 instaladas no país".
Robôs são acionados para salvar Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Levantamento feito pelo jornal Correio Braziliense, com base em dados da plataforma “Bot Sentinel”, demonstram que os robôs bolsonaristas estão em plena ação nas redes sociais. Eles têm sido acionados para salvar o “capetão”, que acumula desgaste com a pandemia, o caos econômico e social e as constantes brigas no laranjal – como na recente “crise militar”.
Segundo a pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (5), "o número de postagens com hashtags de apoio ao presidente Jair Bolsonaro deram um salto vertiginoso entre fevereiro e março, com crescimento de 273%". O maior uso dos robôs na internet coincide com a queda de popularidade do genocida, apontada em todas as pesquisas de opinião pública.
Levantamento feito pelo jornal Correio Braziliense, com base em dados da plataforma “Bot Sentinel”, demonstram que os robôs bolsonaristas estão em plena ação nas redes sociais. Eles têm sido acionados para salvar o “capetão”, que acumula desgaste com a pandemia, o caos econômico e social e as constantes brigas no laranjal – como na recente “crise militar”.
Segundo a pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (5), "o número de postagens com hashtags de apoio ao presidente Jair Bolsonaro deram um salto vertiginoso entre fevereiro e março, com crescimento de 273%". O maior uso dos robôs na internet coincide com a queda de popularidade do genocida, apontada em todas as pesquisas de opinião pública.
Operação midiática para salvar os militares
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
Os mesmos jornais que buscam, desesperados, construir uma “terceira via” entre Bolsonaro e Lula são hoje o centro de uma operação discursiva para salvar a elite fardada do desastre.
A operação ganhou força após a crise militar que levou à troca de comandantes nas três forças.
Pipocam colunas e entrevistas que vendem essa ilusão: os generais no fim “salvaram" o Brasil dos arroubos do capitão golpista, dizem analistas.
As Forças Armadas, chegou a afirmar um professor da Fundação Getúlio Vargas em entrevista ao jornal “Valor”, fazem agora parte do campo da centro direita (o tal centro democrático, que até ontem era bolsonarista até a medula) porque não aceitaram os “excessos” do capitão.
A tática parece evidente: puxar os militares pro lado da "direita liberal", derrubar Bolsonaro, colocando nele e apenas nele a responsabilidade pela tragédia, e levar Mourão ao poder com um governo de transição "técnico-mercadista” – viabilizando assim o passo seguinte do golpe.
Os mesmos jornais que buscam, desesperados, construir uma “terceira via” entre Bolsonaro e Lula são hoje o centro de uma operação discursiva para salvar a elite fardada do desastre.
A operação ganhou força após a crise militar que levou à troca de comandantes nas três forças.
Pipocam colunas e entrevistas que vendem essa ilusão: os generais no fim “salvaram" o Brasil dos arroubos do capitão golpista, dizem analistas.
As Forças Armadas, chegou a afirmar um professor da Fundação Getúlio Vargas em entrevista ao jornal “Valor”, fazem agora parte do campo da centro direita (o tal centro democrático, que até ontem era bolsonarista até a medula) porque não aceitaram os “excessos” do capitão.
A tática parece evidente: puxar os militares pro lado da "direita liberal", derrubar Bolsonaro, colocando nele e apenas nele a responsabilidade pela tragédia, e levar Mourão ao poder com um governo de transição "técnico-mercadista” – viabilizando assim o passo seguinte do golpe.
Dia do Jornalista: Troféu Audálio Dantas
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Na data em que se comemoram o Dia do Jornalista e o Dia Mundial da Saúde, três grandes nomes do jornalismo brasileiro serão agraciados com o ‘Troféu Audálio Dantas – Indignação, Coragem, Esperança’. São eles Mara Régia di Perna, Luis Nassif e Jamil Chade. A cerimônia será às 7 da noite, em ambiente remoto, e poderá ser acompanhada pelo canal do YouTube da OBORÉ.
Bolsonaro e a questão militar
Por Jorge Gregory, no site Vermelho:
O mês de março encerrou com o Brasil assumindo definitivamente o papel de epicentro da pandemia. Com a disseminação do vírus absolutamente fora de controle, o país se transformou em celeiro de novas variantes e as restrições impostas aos brasileiros, em vários países, se tornam cada vez mais rígidas. Nações vizinhas começam a fechar fronteiras, colocando-nos em situação de total isolamento. O cientista Miguel Nicolelis avalia que estamos à beira de uma situação irreversível, onde a combinação de um colapso do sistema de saúde com um colapso funerário formará uma tempestade perfeita de cujos efeitos levaremos anos para nos recuperar.
O mês de março encerrou com o Brasil assumindo definitivamente o papel de epicentro da pandemia. Com a disseminação do vírus absolutamente fora de controle, o país se transformou em celeiro de novas variantes e as restrições impostas aos brasileiros, em vários países, se tornam cada vez mais rígidas. Nações vizinhas começam a fechar fronteiras, colocando-nos em situação de total isolamento. O cientista Miguel Nicolelis avalia que estamos à beira de uma situação irreversível, onde a combinação de um colapso do sistema de saúde com um colapso funerário formará uma tempestade perfeita de cujos efeitos levaremos anos para nos recuperar.
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