terça-feira, 1 de junho de 2021

Depois do 29 de maio, o que vem por aí?

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Foi a primeira grande manifestação popular contra Jair Messias desde o início da pandemia que, graças a ele e seus asseclas, se tornou genocídio. E pairam no ar, desde sábado, várias questões em aberto – umas interessantes, outras alarmantes.

Por exemplo: caso as manifestações se repitam, e nas mesmas proporções, haverá algum movimento na Câmara de Deputados para dar início a um debate consistente sobre os mais de cem pedidos de impeachment adormecidos na gaveta do anterior presidente, Rodrigo Maia, e do atual, Arthur Lira?

Como sabemos todos, é injusto chamar os partidos do tal Centrão de vendilhões. Eles não se venderam nem se vendem: se alugam. E no caso da pressão aumentar, qual seria a elevação dos preços desse aluguel, além dos bilhões já derramados?

CPI da Covid e o festival de mentiras

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Decididamente o Brasil virou um lugar onde alguns traços até então submersos do caráter nacional – ou de parcela de sua gente – afloraram de modo abrupto nos últimos anos: a burrice, o arcaísmo, o preconceito, a desfaçatez, a prepotência.

Não que não existissem mas eram, então, contidos pelo temor de seus portadores no aguardo de uma liderança para libertá-los das amarras da civilização. Nada se compara, porém, ao boom da mentira.

Lugar privilegiado para desfrutar esta safra copiosa é a CPI da Covid. Ali, um médico, um empresário, um diplomata, um general e outra médica fizeram uma demonstração deste novo esporte nacional: a balela.

Ou a patranha, potoca, peta, lorota, loa, lampana, prego, broca e outros tantos nomes do ato de mentir segundo o dicionário Aurélio.

As armadilhas dos acordos internacionais

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

O Brasil participa atualmente de duas negociações econômicas de importância estratégica – importância muito mais negativa do que positiva, como vou explicar. Refiro-me ao acordo Mercosul/União Europeia e à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As duas remontam ao governo Temer, que decidiu pleitear o ingresso na OCDE e retomar negociações antigas com a União Europeia. Foram levadas adiante pelo governo Bolsonaro, mas estão basicamente paralisadas, por obra das suas políticas climáticas. Dificilmente serão concluídas enquanto o governo não for substituído ou não mudar suas políticas nessa área (e a primeira hipótese parece mais fácil do que segunda!).

Situação de Salles ficou insustentável

Por Jose Cassio, no Diário do Centro do Mundo:

Já demos aqui no DCM sobre o aumento patrimonial de Ricardo Salles durante o período em que operou no governo de São Paulo sob Geraldo Alckmin.

Em março de 2013, Geraldo nomeou Salles como seu secretário particular.

A principal função do rapaz era distribuir cartão e chamar seu interlocutor para uma conversa particular.

Três anos depois, foi nomeado secretário de Meio Ambiente.

Deu seu primeiro salto. Seu patrimônio se multiplicou por seis, passando de R$ 1.456.173,56, em 2012, para R$ 8.859.414,45 em 2018, um crescimento de 500% – os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre outros crimes, foi denunciado por favorecer empresas de mineração alterando mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê.

O falo, a fala e a Frente

Curitiba, 29/5/21. Foto: Giorgia Prates/MST

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Além das diferentes visões do significado do que é o “humano” – nas suas imperfeições misérias e grandezas – e de como a visão destas condições do ser humano influencia os diferentes projetos políticos modernos, há uma questão de fundo (estrutural) que faz a base mais sólida e diferencia o que podemos designar no contexto nacional como os “fascistas” e os “não fascistas”. Trata-se do apreço ou o desprezo pela ciência.

Atos contra Bolsonaro mostram força do povo

Salvador, 29/5/21. Foto: @souzasantosjonas/Mídia Ninja 
Editorial do site Vermelho:


As grandes manifestações de sábado, dia 29 de maio, confirmam o que indicam as pesquisas sobre a rejeição do governo Bolsonaro. As bandeiras levantadas pela manifestação – vacina, comida, emprego e fora Bolsonaro – e os cuidados tomados, em contraposição à aglomeração irresponsável e marcada por ataques à democracia feita pelos bolsonaristas, merecem destaque. E demonstram que o povo na rua fortalece a luta contra Bolsonaro e a posição dos senadores da CPI da Covid-19 que querem ir a fundo na apuração da postura do governo diante da pandemia que tragou mais de 460 mil vidas.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Dudu Bananinha chama general de “petista”

Dez pontos sobre as manifestações de 29/05

Porto Alegre, 29/5/21. Foto: Mídia Ninja
Por Igor Felippe

1- As manifestações de 29 de maio foram expressivas, tanto em relação à capilaridade nacional quanto ao número de participantes. Foram registrados atos em todos os estados e DF, em 213 cidades, mobilizando mais de 420 mil pessoas. Os protestos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram mais expressivos, dando ressonância nacional. Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre tiveram atos importantes também.

2- A jornada teve uma repercussão grande nas redes sociais, isolando o campo bolsonarista e anulando a direita liberal. No Twitter, a ação de rede em torno da hashtag #29MForaBolsonaro envolveu 202 mil participantes, com quase 2 milhões de postagens.

Atos jogam mídia no colo de Bolsonaro

Crise militar, CPI e Nelson Sargento

O Brasil deve entrar na OCDE?

A China e o combate à miséria

Ato pelo impeachment surpreende em SP

Fabiano Contarato analisa a CPI da Covid

Um giro das manifestações Fora Bolsonaro

Ações e desafios na gestão municipal

Oposição a Bolsonaro vai às ruas

domingo, 30 de maio de 2021

O “ministério paralelo” de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Em entrevista à GloboNews neste domingo (30), o senador Renan Calheiros, relator da CPI do Genocídio, afirmou que a comissão já possui provas concretas de que integrantes do chamado “ministério paralelo” da Saúde reuniam-se todos os dias com o “capetão” Jair Bolsonaro. O que tramaram? Quais interesses defenderam?

“Acho que já temos muita coisa comprovada com relação à existência do ‘gabinete paralelo’. Já temos até o número de reuniões que eles tiveram. Estamos com vários integrantes dessa consultoria paralela, especialíssima, porque despachava todos os dias com o presidente da República”, afirmou o emedebista alagoano à emissora por assinatura.

No setor elétrico, alta nas contas e apagões

Por Altamiro Borges

E ainda tem otário que acredita nas bravatas privatistas de Bolsonaro/Guedes e da mídia neoliberal. No caso do setor de energia, o sistema é sucateado e privatizado e as coisas só pioram para o povão. Nesta sexta-feira (28), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, durante todo o mês de junho, vai vigorar no país o patamar 2 da bandeira tarifária.

Com isso, um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumido será cobrado nas contas de luz dos clientes. É a primeira vez no ano que a agência aciona a bandeira vermelha nível-2. Em maio, já vigorou a nível-1, com adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos. E a situação tende a piorar nos próximos meses.

Atos do 'Fora Bolsonaro' repercutem no mundo

Manaus, 29/5/21. Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real
Por Altamiro Borges

Os protestos pelo "Fora Bolsonaro" neste sábado (29) repercutiram na imprensa estrangeira. Segundo balanço parcial das entidades organizadoras, ocorreram atos em 213 cidades brasileiras e em 14 no exterior – que reuniram cerca de 420 mil pessoas. Todas as principais agências internacionais de notícias cobriram as manifestações, principalmente as das capitais.

O jornal britânico The Guardian, um dos mais prestigiados do mundo, foi um dos que deu maior destaque aos protestos. “Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas das maiores cidades do Brasil para exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por sua resposta catastrófica a uma pandemia de coronavírus que ceifou quase meio milhão de vidas de brasileiros", afirma um dos trechos da reportagem.