terça-feira, 6 de julho de 2021

Violência joga água no moinho de Bolsonaro

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Não cabe na minha cabeça que os militantes e dirigentes do Partido da Causa Operária (PCO) não consigam entender o que está em jogo nas manifestações “Fora Bolsonaro.”

Como não considerar que o centro da luta é assegurar a manutenção do regime democrático, tão ameaçado pelo nazifascista que ocupa a cadeira presidencial?

Como ignorar que o embate é entre os defensores da vida versus os agentes das trevas e da morte?

Como não enxergar que o alvo é o inimigo das artes, da ciência, do meio ambiente?

Como não dar boas-vindas às mobilizações a todos os que se indignam ante a defesa da tortura e da eliminação de adversários políticos feitas pelo bolsonarismo?

A inflação é pior que CPI para Bolsonaro

Preço da gasolina dispara e cresce 25,8% desde o início do ano
Por Fernando Brito, em seu blog:

O pastel de carne seca do boteco aqui ao lado subiu de preço, a consulta do dentista aumentou e o camelô do pão de forma, de quem sou freguês, também reajustou.

Tudo isso hoje, no “extraoficial”, mas teve dos aumentos “brabos” também entre aqueles que saem no jornal: o da eletricidade, na quinta, e hoje o da gasolina, do diesel e do gás de botijão.

Começa-se a perceber o efeito perverso de uma inflação significativa – neste momento, mais de 8% no acumulado em 12 meses: a tendência aos preços “pulverizados” também serem reajustado e, neste caso, com pouca parcimônia: para aumentar estes itens, a coisa é logo para lá de 5 ou 10%.

O desgaste do governo Bolsonaro

Racismo de Estado e as lutas antirracistas

O sucesso dos protestos do "Fora Bolsonaro"

A China é um país capitalista?

A desidratação das bases bolsonaristas

Bolsonaro e o 'terrivelmente evangélico'

Eduardo Leite: gesto libertário ou marketing?

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Bolsonaro liberou a corrupção, diz pesquisa

Por Altamiro Borges


A falsa imagem de ético de Jair Bolsonaro – construída graças à omissão da mídia falsamente moralista – está derretendo. Pesquisa Exame/Ideia divulgada neste final de semana mostra o impacto das denúncias de propina na compra de vacinas. Para 45% dos brasileiros, o genocida não combate a corrupção; 28% ainda acham que ele tenta impedir desvios de grana pública; e 27% têm dúvidas sobre o comportamento do governante.

Bolsonaro perde força nas redes sociais

Por Altamiro Borges


Os últimos dias foram de inferno astral para o presidente Jair Bolsonaro. CPI do Genocídio, escândalos de corrupção na compra de vacinas, abertura de inquérito pela Procuradoria-Geral da República (PGR)... O “capetão” sentiu o baque até no terreno em que mais domina, o das mídias digitais. A milícia bolsonarista encolheu na internet.

Segundo matéria da Folha publicada no sábado (3) – antes de estourar a denúncia de “rachadinhas” da ex-cunhada –, "o turbilhão de acontecimentos atingiu Jair Bolsonaro em seu ponto mais sensível, as redes sociais. O entorno do presidente detectou que, de fácil compreensão, o caso da propina de US$ 1 colou no governo".

Bolsonaro é o verdadeiro Rei da Rachadinha

A farsa da crise hídrica no setor elétrico

Do site do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB):


O governo Bolsonaro e os agentes empresariais que controlam o setor elétrico nacional afirmam que há uma crise de escassez hídrica que levou ao esvaziamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Segundo seus argumentos, a região sudeste passa pela pior seca dos últimos 91 anos.

Para lidar com essa realidade, o governo Bolsonaro publicou a Medida Provisória nº 1.055, de 28 de junho de 2021, que prevê ações emergenciais e regras excepcionais para o uso dos recursos hidroenergéticos. Na mesma lei, autorizou que os custos serão ressarcidos por meio de encargos na conta de luz da população. Ou seja, o povo vai pagar a conta.

Três lições dos atos de 3 de julho

Por Valerio Arcary, no site Esquerda Online:


Não se deve mudar a tática quando se está ganhando - Sabedoria popular francesa

A jornada nacional de 3 de julho foi uma vitória, e deixou três lições.

A primeira é que a força da Frente Única da Esquerda pode manter nas ruas uma forte pressão pelo impeachment. A queda de Bolsonaro não é para amanhã, mas está colocada como uma possibilidade no horizonte. Não é iminente. Ainda estamos na escala das dezenas de milhares nas grandes cidades, e a derrubada do governo de extrema direita exige a presença de uma massa de milhões.

Bolsonaro enredado na teia de aranha

Por José Dirceu, no site Poder-360:


Numa semana de tempestade perfeita contra o presidente, Jair Bolsonaro se viu enredado na teia de aranha da corrupção, uma velha senhora conhecida de nossas elites e mesmo dos militares, aqueles que deram o golpe de 1964 contra a corrupção e a subversão. Se os militares tiverem sucesso no combate aos movimentos de esquerda, registraram enorme fracasso no combate à corrupção que se espraiou durante a ditadura. Com o governo Bolsonaro, registra-se o mesmo fenômeno.

Instrumento político de mil usos para abater adversários, o fantasma da corrupção tem sido usado, no Brasil, desde a campanha sobre o mar de lama que envolveria o Palácio do Catete e que levou Getúlio ao suicídio. E só não acabou em golpe de Estado em função da revolta do povo que chorou e pranteou seu líder.

A CPI tem que tirar o bode da sala

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


Algo que talvez esteja passando despercebido nos desdobramentos dos trabalhos da CPI, é que neste desastre da condução da política sanitária se evidencia a existência de um andar de baixo e um andar de cima no governo. Entre a conduta de um andar e outro há intersecções que devem ser exploradas nos trabalhos de investigação, mas os senadores terão que tomar muito cuidado para não se perderem no secundário, em detrimento do que é central. O que é central diz respeito ao andar de cima, o alto escalão do governo que, ao adotar o negacionismo e a teoria da imunidade de rebanho como política de governo, conduziu milhares de brasileiros à morte, promovendo um verdadeiro genocídio. No andar de baixo, nos escalões médios e inferiores, pouco interessa a política. Interessam, sim, os benefícios pessoais, de forma que a corrupção corre solta.

Plataformas digitais e impactos na sociedade

Noam Chomsky: Bolsonaro é ameaça à Terra

Acuado, Bolsonaro ataca ministro do STF

Risco de apagão exige mais Estado