Por Manuel Domingos Neto
Desde a última ditadura, a representação política viveu intimidada pelos militares.
Em 1979, acatou uma anistia que preservou praticantes do terrorismo de Estado que atentaram contra a humanidade. Na Constituinte de 1988, através do Artigo 142, reconheceu os superpoderes das corporações armadas. O Ministério da Defesa, organismo essencialmente político, foi entregue ao desígnio do militar. Os negócios da Defesa foram simploriamente assimilados como assuntos militares. Com uma tuitada um general condicionou as últimas eleições presidenciais. Com o país em profunda crise multidimensional, a representação política admitiu que Bolsonaro concedesse privilégios a perder de vista à “família militar”.
sexta-feira, 9 de julho de 2021
A CPI está do lado certo da História
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:
Ninguém está acima da lei.
Este é um princípio democrático e civilizatório que se aplica tanto a civis quanto a militares.
A CPI da Pandemia do Senado Federal descobriu fortíssimos indícios de que há, dentro e fora do Ministério da Saúde, verdadeiras máfias que operam para obter propinas em compras de vacinas e outros insumos necessários para o enfrentamento à maior tragédia humanitária da história do Brasil.
São criminosos da pior espécie, grupos que seriam compostos tanto por civis quanto por militares.
Essas máfias, somadas à estratégia criminosa de impingir a imunidade natural de rebanho tanto a civis quanto a militares, são, ao menos, parcialmente responsáveis pelas cerca de 530 mil mortes de brasileiros, civis e militares.
Ninguém está acima da lei.
Este é um princípio democrático e civilizatório que se aplica tanto a civis quanto a militares.
A CPI da Pandemia do Senado Federal descobriu fortíssimos indícios de que há, dentro e fora do Ministério da Saúde, verdadeiras máfias que operam para obter propinas em compras de vacinas e outros insumos necessários para o enfrentamento à maior tragédia humanitária da história do Brasil.
São criminosos da pior espécie, grupos que seriam compostos tanto por civis quanto por militares.
Essas máfias, somadas à estratégia criminosa de impingir a imunidade natural de rebanho tanto a civis quanto a militares, são, ao menos, parcialmente responsáveis pelas cerca de 530 mil mortes de brasileiros, civis e militares.
Delírio autoritário e o ‘Inferno tão temido’
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
A democracia liberal em crise no mundo – no Brasil que degrada de forma planejada o Estado Social – agora faz uma paródia de si mesma. Nesta degradação, a relação do fascismo societal, racista e escravocrata, com o escárnio da República promovido pelo Presidente Bolsonaro, chega ao momento da sua potência máxima. E este máximo – o inferno tão temido, como no conto de Onetti - ainda está incompleto. Não se sabe, ainda, se o nosso destino está tolhido pela última manifestação da Caserna ou se ele vai ser reaberto pelo que nos resta de vergonha republicana.
A democracia liberal em crise no mundo – no Brasil que degrada de forma planejada o Estado Social – agora faz uma paródia de si mesma. Nesta degradação, a relação do fascismo societal, racista e escravocrata, com o escárnio da República promovido pelo Presidente Bolsonaro, chega ao momento da sua potência máxima. E este máximo – o inferno tão temido, como no conto de Onetti - ainda está incompleto. Não se sabe, ainda, se o nosso destino está tolhido pela última manifestação da Caserna ou se ele vai ser reaberto pelo que nos resta de vergonha republicana.
A CIA e o capacho que afunda
Por Roberto Amaral
O ex-ministro Celso Amorim já observou não ser usual um chefe da CIA conspirar à luz do dia: “A CIA, quando aparece, não age” - ou (acrescento), quando age, não aparece, pois a discrição é arte exigida do conspirador. É da natureza de seu macabro papel. Como cavalo não desce escada e jabuti não trepa em árvore, abre-se um leque de conjecturas sobre o que teria levado o Sr. William Burns, o número 1 da principal agência de espionagem, assassinatos e sabotagem dos EUA, a abandonar seu gabinete na Virgínia para vir a Brasília, via Bogotá, onde encontrou em crise seu principal aliado na América do Sul.
O ex-ministro Celso Amorim já observou não ser usual um chefe da CIA conspirar à luz do dia: “A CIA, quando aparece, não age” - ou (acrescento), quando age, não aparece, pois a discrição é arte exigida do conspirador. É da natureza de seu macabro papel. Como cavalo não desce escada e jabuti não trepa em árvore, abre-se um leque de conjecturas sobre o que teria levado o Sr. William Burns, o número 1 da principal agência de espionagem, assassinatos e sabotagem dos EUA, a abandonar seu gabinete na Virgínia para vir a Brasília, via Bogotá, onde encontrou em crise seu principal aliado na América do Sul.
Sindicalismo deve persistir na VIA
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| Foto: Reuters |
Enquanto aguardam a convocação de novas manifestações de rua as direções sindicais dos trabalhadores deveriam cumprir as tarefas decorrentes da estratégia da VIA, que adotaram.
A primeira delas é a subida às bases.
Com a doença assolando a população, com o desemprego, o desalento e a carestia afligindo os trabalhadores, a própria situação dos empregados formais se deteriora e se complica exigindo pronta intervenção dos sindicatos.
O controle da aplicação dos protocolos sanitários nas empresas, avanço da vacinação, a conquista de PLRs compatíveis com o ganho empresarial e a qualificação dos empregados, a vigilância sobre o cumprimento dos acordos e convenções e a resistência ao desemprego formam uma pauta mínima de preocupações e de intervenção dos sindicatos ao lado dos trabalhadores.
quinta-feira, 8 de julho de 2021
quarta-feira, 7 de julho de 2021
CNT/MDA confirma queda livre de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
A queda de popularidade do “capetão” segue em ritmo acelerado e é comprovada em todas as sondagens de opinião. Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta semana mostra que a reprovação do governo de Jair Bolsonaro subiu de 35,5%, em fevereiro, para 48,2% em julho. Já a aprovação caiu de 32,9% para 27,7%, no período marcado pelo início das investigações da CPI do Genocídio.
A aprovação do desempenho pessoal do presidente também piorou neste período. Segundo levantamento de julho, 33,8% aprovam o desempenho de Jair Bolsonaro, ante 43,5% em fevereiro. Já os que desaprovam somam agora 62,5% – um recorde na séria histórica, que pode indicar o início do seu fim –, ante 51,4% na sondagem anterior.
A queda de popularidade do “capetão” segue em ritmo acelerado e é comprovada em todas as sondagens de opinião. Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta semana mostra que a reprovação do governo de Jair Bolsonaro subiu de 35,5%, em fevereiro, para 48,2% em julho. Já a aprovação caiu de 32,9% para 27,7%, no período marcado pelo início das investigações da CPI do Genocídio.
A aprovação do desempenho pessoal do presidente também piorou neste período. Segundo levantamento de julho, 33,8% aprovam o desempenho de Jair Bolsonaro, ante 43,5% em fevereiro. Já os que desaprovam somam agora 62,5% – um recorde na séria histórica, que pode indicar o início do seu fim –, ante 51,4% na sondagem anterior.
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