sábado, 10 de julho de 2021

"Vai uma vacina aí, chefia"

A reação das instituições contra Bolsonaro

Advogado dos Bolsonaro ameaça jornalista

Bolsonaro prepara baderneiros armados

Inflação e a previdência dos militares

A imprensa e a ascensão do neofascismo

A luta dos trabalhadores, ontem e hoje

Empresas tecnológicas e o trabalho infantil

"Militares como guarda-costas de Bolsonaro"

Há hegemonia no campo político?

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Bolsonaro é um gângster, afirma Spike Lee


Por Altamiro Borges


A fama do "cagão" Jair Bolsonaro se espalha rapidamente pelo mundo. Na abertura da 74ª edição do Festival de Cannes, na terça-feira (6), o premiado cineasta estadunidense Spike Lee, que preside o júri, chamou o presidente brasileiro e outros dois líderes políticos (Donald Trump e Vladimir Putin) de "gângsteres", que "não têm moral ou escrúpulos".

“O mundo está sendo comandado por gângsteres. Há o Agente Laranja [o ex-presidente dos EUA, Donald Trump], o cara do Brasil [Jair Bolsonaro] e o Putin [presidente russo]. São bandidos e vão fazer o que desejarem. Eles não têm moral ou escrúpulos, precisamos falar alto sobre gente assim”, afirmou.

McDonald’s é investigada por racismo e assédio

Por Altamiro Borges


No final de junho, a procuradora do trabalho Elisa Maria Brant de Carvalho Malta decidiu abrir um inquérito para apurar denúncias sobre as práticas de racismo, assédio sexual e assédio moral praticadas pela rede McDonald’s no Brasil. Alguns casos já vinham sendo apurados desde 2020 em um procedimento preparatório. Agora, o processo deve se acelerar.

Reportagem da Folha publicada na terça-feira (6) cita alguns episódios revoltantes e afirma que eles “integram o corpo de denúncias recebidas pela ‘Sem direitos não é legal’, uma campanha global que atende os trabalhadores do McDonald’s no país, e que estão em representação feita pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) ao Ministério Público do Trabalho”.

Nota infame dos militares encobre gangues

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A nota assinada pelo general-ministro da Defesa e comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica é despropositada e intolerável:

1. é totalmente absurdo e impróprio, à luz da Constituição e da Lei Complementar 97/1999, que comandantes das Forças Armadas se manifestem politicamente e assinem libelo político de ataque a outro Poder da República;

2. reforça que as Forças Armadas atuam como facção político-partidária do governo militar, não como instituição permanente de Estado;

3. aprofunda a participação ilegal e inconstitucional das Forças Armadas, em especial do Exército, no jogo político;

Afronta de militares deve ser repelida

Editorial do site Vermelho:

Com provas testemunhais e documentais, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, em curso no Senado Federal, vem demonstrando a conduta negligente e danosa do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus. A resultante dessa política genocida é trágica. Até esta quarta-feira (7), 528.611 brasileiros morreram em consequência da doença.

Segundo o epidemiologista Pedro Hallal, o governo poderia ter evitado cerca de 400 mil dessas mortes se tivesse adotado com maior rigor as medidas preventivas recomendadas pela ciência. Bolsonaro, ao contrário, não cumpriu seu dever constitucional de assegurar aos brasileiros o direito à vida e à saúde.

Nota dos militares é um acinte à democracia

Por Gilberto Maringoni

A nota produzida pelo ministro da Defesa e pelos comandantes das três Armas no início da noite desta quarta (7) é absolutamente inaceitável num regime democrático. Em quatro parágrafos, os altos oficiais buscam intimidar o presidente da CPI do Covid, senador Omar Aziz, e, por tabela, todo o meritório trabalho da Comissão.

Não é à toa. Na tarde de hoje, os senadores começaram a deslindar a ação de duas possíveis quadrilhas incrustradas no ministério da Saúde. Elas disputariam o butim do sobrepreço das vacinas. De um lado estaria a ala comandada pelo deputado Ricardo Barros, e de outro, uma turma que teria o coronel Elcio Franco à testa.

Hagiografia em chamas

Por Manuel Domingos Neto

Desde a última ditadura, a representação política viveu intimidada pelos militares.

Em 1979, acatou uma anistia que preservou praticantes do terrorismo de Estado que atentaram contra a humanidade. Na Constituinte de 1988, através do Artigo 142, reconheceu os superpoderes das corporações armadas. O Ministério da Defesa, organismo essencialmente político, foi entregue ao desígnio do militar. Os negócios da Defesa foram simploriamente assimilados como assuntos militares. Com uma tuitada um general condicionou as últimas eleições presidenciais. Com o país em profunda crise multidimensional, a representação política admitiu que Bolsonaro concedesse privilégios a perder de vista à “família militar”.

A CPI está do lado certo da História

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Ninguém está acima da lei.

Este é um princípio democrático e civilizatório que se aplica tanto a civis quanto a militares.

A CPI da Pandemia do Senado Federal descobriu fortíssimos indícios de que há, dentro e fora do Ministério da Saúde, verdadeiras máfias que operam para obter propinas em compras de vacinas e outros insumos necessários para o enfrentamento à maior tragédia humanitária da história do Brasil.

São criminosos da pior espécie, grupos que seriam compostos tanto por civis quanto por militares.

Essas máfias, somadas à estratégia criminosa de impingir a imunidade natural de rebanho tanto a civis quanto a militares, são, ao menos, parcialmente responsáveis pelas cerca de 530 mil mortes de brasileiros, civis e militares.

Delírio autoritário e o ‘Inferno tão temido’

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


A democracia liberal em crise no mundo – no Brasil que degrada de forma planejada o Estado Social – agora faz uma paródia de si mesma. Nesta degradação, a relação do fascismo societal, racista e escravocrata, com o escárnio da República promovido pelo Presidente Bolsonaro, chega ao momento da sua potência máxima. E este máximo – o inferno tão temido, como no conto de Onetti - ainda está incompleto. Não se sabe, ainda, se o nosso destino está tolhido pela última manifestação da Caserna ou se ele vai ser reaberto pelo que nos resta de vergonha republicana.

A CIA e o capacho que afunda

Por Roberto Amaral

O ex-ministro Celso Amorim já observou não ser usual um chefe da CIA conspirar à luz do dia: “A CIA, quando aparece, não age” - ou (acrescento), quando age, não aparece, pois a discrição é arte exigida do conspirador. É da natureza de seu macabro papel. Como cavalo não desce escada e jabuti não trepa em árvore, abre-se um leque de conjecturas sobre o que teria levado o Sr. William Burns, o número 1 da principal agência de espionagem, assassinatos e sabotagem dos EUA, a abandonar seu gabinete na Virgínia para vir a Brasília, via Bogotá, onde encontrou em crise seu principal aliado na América do Sul.

Sindicalismo deve persistir na VIA

Foto: Reuters
Por João Guilherme Vargas Netto


Enquanto aguardam a convocação de novas manifestações de rua as direções sindicais dos trabalhadores deveriam cumprir as tarefas decorrentes da estratégia da VIA, que adotaram.

A primeira delas é a subida às bases.

Com a doença assolando a população, com o desemprego, o desalento e a carestia afligindo os trabalhadores, a própria situação dos empregados formais se deteriora e se complica exigindo pronta intervenção dos sindicatos.

O controle da aplicação dos protocolos sanitários nas empresas, avanço da vacinação, a conquista de PLRs compatíveis com o ganho empresarial e a qualificação dos empregados, a vigilância sobre o cumprimento dos acordos e convenções e a resistência ao desemprego formam uma pauta mínima de preocupações e de intervenção dos sindicatos ao lado dos trabalhadores.