quinta-feira, 26 de agosto de 2021
O motim que não deu certo
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Quem não quiser prestar atenção no que acontece na Bolívia (o golpe é um bicho vivo e ainda se mexe) não entenderá o que pode acontecer no Brasil.
O cenário que Bolsonaro prepara aqui é o mesmo que foi preparado para o golpe que acabou derrubando Evo Morales em novembro de 2019.
Não há no mundo, na História recente, nada parecido com o golpe boliviano. Antes de acionar os militares, o golpismo mobilizou as polícias, sem liderança forte, sem comando e sem organização.
Bolsonaro se convenceu de que não pode contar com as Forças Armadas e aposta tudo numa confusão em que os protagonistas sejam as PMs.
É a tática dos motins.
Foi assim em outubro de 2019 na Bolívia.
Quem não quiser prestar atenção no que acontece na Bolívia (o golpe é um bicho vivo e ainda se mexe) não entenderá o que pode acontecer no Brasil.
O cenário que Bolsonaro prepara aqui é o mesmo que foi preparado para o golpe que acabou derrubando Evo Morales em novembro de 2019.
Não há no mundo, na História recente, nada parecido com o golpe boliviano. Antes de acionar os militares, o golpismo mobilizou as polícias, sem liderança forte, sem comando e sem organização.
Bolsonaro se convenceu de que não pode contar com as Forças Armadas e aposta tudo numa confusão em que os protagonistas sejam as PMs.
É a tática dos motins.
Foi assim em outubro de 2019 na Bolívia.
O fantasma da insubordinação das PMs
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A politização da Polícia Militar tem vários capítulos prévios.
O mais trágico e simbólico foi quando o sanguinário Secretário de Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu, liberou a PM para os massacres do que ficou conhecido como os crimes de maio de 2006.
Havia até então, no governo Alckmin, um equilíbrio precário entre Saulo, o Secretário de Administração Previdenciária, o excepcional Natasha Furukawa, e o Secretário da Justiça.
O PSDB caminhava inapelavelmente para a direita selvagem. O próprio Alckmin estimulava a violência da PM, para desespero dos oficiais mais preparados, que tentavam reprimir os abusos.
De um deles, ouvi na época: quando o comandante maior (no caso, o governador) estimula a violência, não tem como segurarmos os policiais na ponta.
A politização da Polícia Militar tem vários capítulos prévios.
O mais trágico e simbólico foi quando o sanguinário Secretário de Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu, liberou a PM para os massacres do que ficou conhecido como os crimes de maio de 2006.
Havia até então, no governo Alckmin, um equilíbrio precário entre Saulo, o Secretário de Administração Previdenciária, o excepcional Natasha Furukawa, e o Secretário da Justiça.
O PSDB caminhava inapelavelmente para a direita selvagem. O próprio Alckmin estimulava a violência da PM, para desespero dos oficiais mais preparados, que tentavam reprimir os abusos.
De um deles, ouvi na época: quando o comandante maior (no caso, o governador) estimula a violência, não tem como segurarmos os policiais na ponta.
Ou tira os jabutis ou deixa caducar
Por João Guilherme Vargas Netto
Esta tem sido a pregação dos dirigentes sindicais aos senadores sobre a MP 1.045 em suas reuniões com bancadas, líderes e com o presidente do Senado.
Como todos sabem a MP 1.045 (original) determinava apenas a continuação da possibilidade da suspensão do contrato de trabalho e da redução proporcional de jornada e de salário (negociadas). Mas o clima “posto Ipiranga” na Câmara recheou-a com quase uma centena de jabutis, cujo bando configurou uma nova e radical deforma trabalhista.
Esta tem sido a pregação dos dirigentes sindicais aos senadores sobre a MP 1.045 em suas reuniões com bancadas, líderes e com o presidente do Senado.
Como todos sabem a MP 1.045 (original) determinava apenas a continuação da possibilidade da suspensão do contrato de trabalho e da redução proporcional de jornada e de salário (negociadas). Mas o clima “posto Ipiranga” na Câmara recheou-a com quase uma centena de jabutis, cujo bando configurou uma nova e radical deforma trabalhista.
Brasil segue acossado pelos militares
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a igualdade
Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a liberdade
Protesta contra o tirano
Se recusa a traição
Que um povo só é bem grande
Se for livre como a Nação
Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a liberdade
Hino da Legalidade, letra de Lara de Lemos e Demósthenes Gonzalez e música de Paulo César Pereio.
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a igualdade
Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a liberdade
Protesta contra o tirano
Se recusa a traição
Que um povo só é bem grande
Se for livre como a Nação
Avante brasileiros de pé
Unidos pela liberdade
Marchemos todos juntos de pé
Com a bandeira que prega a liberdade
Hino da Legalidade, letra de Lara de Lemos e Demósthenes Gonzalez e música de Paulo César Pereio.
Bolsonaro e o “legado da nossa miséria”
Editorial do site Vermelho:
O crescimento da pobreza no País, anunciado nesta quarta-feira (25), é um dos efeitos mais devastadores da presidência de Jair Bolsonaro. Ao fim dos dois anos iniciais de seu governo, a parcela de população pobre saltou de 25,2% para 29,5%, conforme estudo do economista e pesquisador Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
O crescimento da pobreza no País, anunciado nesta quarta-feira (25), é um dos efeitos mais devastadores da presidência de Jair Bolsonaro. Ao fim dos dois anos iniciais de seu governo, a parcela de população pobre saltou de 25,2% para 29,5%, conforme estudo do economista e pesquisador Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
Não haverá trégua com o fascista Bolsonaro
Por Altamiro Borges
E ainda tem gente que acredita em uma "trégua" com Jair Bolsonaro. Não haverá paz ou conciliação com o fascista. Ou ele sofre impeachment ou infernizará o país até as eleições de outubro de 2022, sempre orquestrando golpes e arruaças. Como ele mesmo confessou em entrevista ao Canal Rural, "a corda não está arrebentando. Já arrebentou”.
O "capetão" seguirá apostando na radicalização política – até para manter seu gado unido. Ele insuflará suas milícias e até motins nas PMs. O site Metrópoles confirmou na terça-feira (24) que "Bolsonaro irá para a Avenida Paulista no 7 de setembro. O plano é que esteja às 15h num carro de som, com o objetivo de atrair público". Ele joga no tudo ou nada! Para ele, a corda já arrebentou! Não tem recuo!
E ainda tem gente que acredita em uma "trégua" com Jair Bolsonaro. Não haverá paz ou conciliação com o fascista. Ou ele sofre impeachment ou infernizará o país até as eleições de outubro de 2022, sempre orquestrando golpes e arruaças. Como ele mesmo confessou em entrevista ao Canal Rural, "a corda não está arrebentando. Já arrebentou”.
O "capetão" seguirá apostando na radicalização política – até para manter seu gado unido. Ele insuflará suas milícias e até motins nas PMs. O site Metrópoles confirmou na terça-feira (24) que "Bolsonaro irá para a Avenida Paulista no 7 de setembro. O plano é que esteja às 15h num carro de som, com o objetivo de atrair público". Ele joga no tudo ou nada! Para ele, a corda já arrebentou! Não tem recuo!
A República aos pés de seus subordinados
9° Fórum Nacional de Governadores, no Palácio do Buriti Foto: Renato Alves/Agência Brasília |
“Sem consenso em torno da divulgação de uma nota contra as ameaças feitas por Jair Bolsonaro à democracia, governadores de 24 Estados e do Distrito Federal decidiram ontem propor ao presidente e a outros chefes de Poderes uma espécie de reunião de pacificação e de normalização institucional do País” (O Estado de S. Paulo, 24/08/2021)
A república vive sua maior crise desde o final da ditadura de 1964. Para muitos analistas o desassossego tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro. Seria simples e prático reduzir assim o desafio, mas estaríamos simplesmente tomando a aparência pela realidade, pois o problema tem outra identidade, e por isso mesmo é mais grave: as forças armadas brasileiras, responsáveis pelos graves momentos de desestabilização democrático-institucional que caracterizam a história republicana.
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