terça-feira, 31 de agosto de 2021

Todas as fichas no Sete. Para perder

Por Fernando Brito, em seu blog:

Na política, nada mais parecido a Jair Bolsonaro que a figura de um jogador, destes obcecados pelo desejo de ganhar mais e, por isso, dilapidar irresponsavelmente o que, uma vez, a sorte lhe deu nas apostas.

O grande prêmio eleitoral de 2018, em dois anos e meio, dissipou-se à metade, ou menos, mas ele segue salivando por mais uma, nem que isso possa custar-lhe o que tem e que bastaria para mantê-lo fora da escolha que ele mesmo enunciou, entre a vitória ou a prisão ou ainda a morte.

E é essa compulsão que o faz apostar todas as fichas que lhe restam nas manifestações do Sete de Setembro, empregando todo o seu empenho em que sejam maiores e mais golpistas do que vinham sendo, mirradas pelo seu próprio desgaste e obrigando a expedientes como os das motociatas para dar-lhes impressão de força e a ele mesmo darem uma imagem de vigor que não é mais que uma casca.

Feijão, fuzil e Araçatuba

Por Frei Betto, em seu site:

No sábado, 28 de agosto, cometi tremenda idiotice: comi feijoada. Tivesse dado ouvidos a milicianos, teria caído de boca num prato de balas de fuzil. Mas se careço de inteligência, esbanjo memória. Lembro-me do cerco de Jerusalém, no ano 70, comandado pelo general romano Tito, filho do imperador Vespasiano. No desespero da fome dentro da cidade sitiada, moradores ricos clamavam por trocar joias e ouro por um pedaço de pão.

Desconfio que os assaltantes dos bancos de Araçatuba trilharam o caminho inverso. Armaram-se de fuzis e bombas para roubar dinheiro e comprar feijão.

O feijão, os fuzis e a tragédia bolsonarista

Editorial do site Vermelho:

Em 1976, por sugestão do jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, uma candidatura de resistência à ditadura militar (1964-1985) adotou o slogan “Sem direitos, sem feijão / Somos oposição”. Mesmo com palavras suavizadas, o recado estava dado. A ideia de “direitos” representava, acima de tudo, a luta pela democracia – a mãe de todas as batalhas sob a ditadura. Já o “sem feijão” remetia à descontrolada inflação dos alimentos, que encarecia o custo de vida e esvaziava as panelas. O governo autoritário dos generais-presidentes esfomeava a população.

Bolsonaro pode perder apoio de banqueiros

As CPIs da Covid e das fake news

Brasil: cinco anos de golpe e destruição

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Febraban começa a regurgitar Bolsonaro

Bolsonaro, ‘malandro-agulha’ da conta de luz

Por Fernando Brito, em seu blog:


Partindo de informações de Lauro Jardim, em O Globo, de que Jair Bolsonaro proibiu seus ministros de “anunciar medidas impopulares até 7 de setembro”, o Poder360 confirma que o anúncio oficial do aumento das contas de energia será deixado para depois do Dia da Independência para não desmotivar suas falanges.

O nome, em português claro, seria estelionato, se isso enganasse alguém.

Mas todo mundo já sabe e o que Bolsonaro consegue é fazer o papel do que, no meu tempo, seria o do “malandro-agulha”, expressão das antigas para o cara que quer ser “esperto” mas não engana ninguém, para ficar numa “tradução” publicável.

Sem bola de cristal, palpites sobre o dia 7

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Antes de entrar no mérito deste artigo, dou a minha opinião sobre a presença da oposição de esquerda nas manifestações de 7 de setembro: sou favorável, mas com todos os cuidados preventivos possíveis, que incluem horários diferentes e pontos distantes geograficamente dos atos dos fascistas, além, é claro, de se evitar todo e qualquer tipo de provocação.

Isto posto, vamos a alguns pitacos sobre o 7 de setembro, especialmente focados na propalada intentona golpista que se anuncia. Correndo, evidentemente, o risco do erro, que faz parte da vida, vamos a eles:

A ameaça de guerra bolsonarista

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A conclamação do Bolsonaro para a matilha fascista se armar com fuzil não é galhofa; é estratégia política: “povo armado jamais será escravizado!”, brada o “mito”.

Esta estratégia política vem sendo materializada pelo Exército por meio da liberalização geral das normas sobre compra, posse e uso de armamentos e munições por particulares.

Desde 2019, o governo militar publicou mais de 20 portarias e decretos com este objetivo. “Como resultado da guinada, este é o momento de toda a história nacional em que existem mais armas nas mãos de cidadãos comuns. Em 2019 e 2020, os brasileiros registraram 320 mil novas armas na Polícia Federal. De 2012 a 2018, o total havia sido de 303 mil. As autorizações concedidas pelo Exército a caçadores, atiradores esportivos e colecionadores de armas também bateram recorde no atual governo - 160 mil nos últimos dois anos contra 70 mil nos sete anos anteriores. O mercado de armas e munições, tanto as de origem nacional quanto as importadas, está extraordinariamente aquecido”, noticia site do Senado.

As origens históricas do neoliberalismo

'Novo Talibã' será marcado por crises

Paulo Guedes é pior do que Caco Antibes

Lula e os bolsonaristas arrependidos

Fórum Social Mundial e as lutas por justiça

domingo, 29 de agosto de 2021

Waack, Constantino e os bolsominions imbecis

Por Altamiro Borges

A direita nativa está em guerra também nos meios jornalísticos. Na semana passada, William Waack, que foi da TV Globo e hoje está na CNN-Brasil, chamou os bolsonaristas de “fanáticos imbecilizados”. De imediato, Rodrigo Constantino, o ex-pateta da revista Veja e atual jagunço da rádio Jovem Pan, saiu em defesa dos seguidores do presidente fascista.

Ivermectina nos EUA: "Você não é cavalo"

Por Altamiro Borges

A “Food and Drug Administration” (FDA), a agência de controle de medicamentos dos EUA, divulgou na semana passada uma nota contra o uso de ivermectina no tratamento da Covid-19. O texto alertou os  ianques abestalhados: “Você não é um cavalo. Você não é uma vaca. Sério, pessoal. Pare com isso”. Será que a milícia bolsonarista, que tem complexo de vira-lata diante do império e seguiu o receituário do “mito” para tomar esse ineficaz e perigoso remédio, sabe ler?

Bolsonaro perde ação contra ex-colunista do UOL

Por Altamiro Borges

Em 19 de agosto último, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter, em segunda instância, a condenação de Jair Bolsonaro por danos morais no processo movido pela jornalista Bianca Santana, ex-colunista do site UOL. A indenização foi fixada em apenas R$ 10 mil. O presidente havia acusado levianamente a repórter por propagar notícias falsas no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Perguntar não ofende: o "capetão" já pagou a quantia ou fará novas ameaças fascistas contra a jornalista e contra a Justiça?

Filhote 04 de Bolsonaro em festa clandestina

Por Altamiro Borges

Nenhum dos três filhotes mais prováveis ainda foi para a cadeia: 01 (senador Flávio Rachadinha), O2 (vereador Carluxo Pitbull) ou 03 (deputado Dudu Bananinha). Quem quase foi preso foi o pimpolho 04, segundo o site da revista Veja. "Em meio à pandemia da Covid-19, Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, participou no último sábado, 28, de uma festa de luxo clandestina em Goiânia".

Bolsonaro debocha da fome e da dor do povo

Por Adilson Araújo, no site da CTB:


A insensibilidade diante da fome e das agruras do povo brasileiro é uma característica das classes dominantes brasileiros e seus representantes políticos. Com Jair Bolsonaro este desprezo pela dor alheia (a dos pobres) está ganhando requintes de crueldade.

Na quinta-feira (26), o presidente chamou de “idiota” quem diz que precisa comprar feijão. “Tem que todo mundo comprar fuzil”, esbravejou.

Um comportamento que nos remete ao personagem Justo Veríssimo, de Chico Anísio, um deputado que detesta o povo brasileiro.