quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Financial Times alerta para riscos no Brasil

Por Altamiro Borges

O jornal britânico Financial Times, uma das bíblias do capital financeiro, voltou a alertar para a rápida deterioração no Brasil em matéria nesta terça-feira (31): "As perspectivas para o próximo ano são cada vez mais sombrias", afirma. Entre outros problemas, o periódico lista inflação, alta nos juros, seca e... o descontrole do presidente brasileiro:

"Atrás nas pesquisas, Jair Bolsonaro ataca as instituições democráticas, levantando o espectro de golpe e assustando os investidores internacionais". Poucos dias antes, o Financial Times já havia advertido que a "fraqueza das instituições pode significar que Bolsonaro tenha mais sucesso do que seu mentor americano”, Donald Trump. O jornal se referia à possibilidade de um golpe fascista.

Ministro culpa Deus por crise energética

Por Altamiro Borges


Em pronunciamento ridículo em rede nacional de TV na terça-feira (31), o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, confessou que a crise energética "se agravou" e apelou à sociedade para que reduza o consumo, tomando menos banhos e passando menos roupas. O milico culpou Deus pela crise – “fenômeno natural", afirmou cinicamente.

O mesmo almirante incompetente que havia dito em junho que não havia crise e ainda esbanjou sua truculência militar, agora mostrou-se desesperado. “Hoje, eu me dirijo novamente a todos para informar que nossa condição hidroenergética se agravou. O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram redução maior do que a prevista”. Patético!

A ordem imperialista com os dias contados

Foto: Cadena Ser
Por Umberto Martins, no site da CTB:


Os Estados Unidos concluíram na noite de segunda-feira (30) a retirada das tropas estacionadas no Afeganistão. Depois de 20 anos de invasão e ocupação imperialista, emerge a imagem de uma potência derrotada, humilhada, em declínio e incapaz de liderar o mundo. Um retrato do esgotamento da ordem mundial inaugurada pelos acordos de Bretton Woods em 1944, que já não corresponde à geografia econômica e política do século 21.

Mercado de capitais e mudanças sociais

Foto: MST
Por Eduardo Moreira

O Brasil é medalha de ouro em desigualdade, aproveitando os tempos de Paralimpíadas para a metáfora. No Brasil, cerca de 1% dos donos de terra concentram 50% das terras agricultáveis, enquanto 1% dos mais ricos ficam com cerca de 30% da renda. Somente 0,16% dos investidores concentram mais de 1/3 dos investimentos. E apesar de muitos deles clamarem por mudanças, usar os instrumentos do mercado para financiar o sonho de um futuro mais justo parece algo inusitado.

Conta de energia é fogo sobre os preços

Por Fernando Brito, em seu blog:

O supermercado manteve a carne que chegou congelada do frigorífico e a coloca todo o dia no expositor refrigerado. O salão de beleza ligou o secador. O shopping ligou a central de ar condicionado. O prédio tem de manter as bombas d’água ligadas.

O aumento das tarifas de luz vai muito além da conta que chega às famílias, que já é pesado, cerca de 5% da despesa familiar para os que têm renda de até 40 salários mínimos e quase 10% para os de baixa renda.

Representa um plus de pelo menos 0,5% na inflação de setembro, a primeira em que se apostava para reduzir o acumulado em um ano, que deve ficar em 9,5% em agosto.

Anita: história de um romance

Por Flávio Aguiar, no Blog da Boitempo:

A Ivana Jinkings, heroína do mundo editorial brasileiro.

Meu primeiro contato mais próximo – hoje diríamos um contato imediato do terceiro grau – com a história de Anita e Giuseppe Garibaldi se deu por volta dos meus 14 ou 15 anos, em 1961 ou 1962. Eu estava empolgado pelo que fora o Movimento da Legalidade, liderado por Leonel Brizola, para garantir a posse de João Goulart à Presidência da República, pelas ideias de Resistência e Liberdade. Além disto, começava a me iniciar na literatura dita para adultos. Já era um leitor contumaz, tendo devorado toda a obra de Monteiro Lobato para crianças, partes de As mil e uma noites, todas as aventuras da série dos Três mosqueteiros, O conde de Monte Cristo, todas as aventuras de Sherlock Holmes, as de Tarzan, dentre muitos outros livros. Era um leitor contumaz da Coleção Amarela, em que pontificava a estrela de Edgar Wallace, de romances policiais de todos os tipos e quadrantes, do Mistério Magazine de Ellery Queen, dos quadrinhos da Edição Maravilhosa e da Epopeia, além de frequentador assíduo das matinês domingueiras dos cines Capitólio e Marabá, recheadas de faroestes, piratarias, filmes de capa e espada ou de guerra, como se dizia então. Nestas matinês havia também melodramas, que nós, a gurizada, detestávamos, e chamávamos pejorativamente de filmes de amor, mas que faziam parte do clima, e tiveram sua parte na minha paixão garibalda adolescente. Há pouco ganhara de presente, dado por um primo mais velho, um exemplar do romance Spartacus, Espártaco em português, do escritor norte-americano Howard Fast.

Economia pós-golpe: cinco anos de retrocesso

Por César Locatelli e José Celso Cardoso Jr., no site Carta Maior:


Quando, pelas mãos de Temer e do MDB, veio à luz o projeto de governo denominado Ponte para o Futuro, tornou-se previsível a regressão que o golpe imporia ao Brasil. Ninguém, entretanto, nem mesmo os mais pessimistas, imaginava as léguas que nossa sociedade retrocederia.

“Este programa destina-se a preservar a economia brasileira e tornar viável o seu desenvolvimento, devolvendo ao Estado a capacidade de executar políticas sociais que combatam efetivamente a pobreza e criem oportunidades para todos.” Assim começa o projeto assinado pelo, ainda, PMDB e que foi publicado em 29 de outubro de 2015. Cerca de um mês depois, 2 de dezembro, foi aberto o processo que resultou no impeachment de presidente Dilma Rousseff.

Um PIB que desmoraliza Guedes e Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


Os novos resultados do PIB (Produto Interno Bruto) do País, divulgados nesta quarta-feira (1), mostram que a crise brasileira sob a gestão Jair Bolsonaro continua distante do fim. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia recuou 0,1% no segundo trimestre deste ano, após três trimestres de alta, num resultado que desmoraliza o presidente da República e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Vitória maiúscula contra deforma trabalhista

Por João Guilherme Vargas Netto


Por estes dias a grande tarefa das direções sindicais responsáveis – e entre estas a justiça manda destacar o nome do companheiro Miguel Torres – tem sido agir no Senado para derrotar a MP 1.045, eliminar os jabutis e impedir a nova deforma trabalhista. Os esforços foram recompensados com a sua rejeição.

Além das viagens a Brasília e das reuniões com bancadas, líderes e muitos senadores, os dirigentes responsáveis em vários estados procuraram os parlamentares locais, discutindo com eles e os motivando, como aconteceu no Paraná, em Santa Catarina, na Bahia e no Ceará, por exemplo.

O STF e os indígenas; o oculto e o óbvio

A luta dos povos indígenas

Quem é o dono da Havan

Máfia dos remédios assumiu controle da Saúde

Guerra cultural e luta ideológica