Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Deixando de lado números do desemprego e da renda, que jamais poderiam melhorar com a política de Estado Mínimo e privatização acelerada, o arrogante neoliberalismo de Paulo Guedes está colhendo exatamente o que plantou.
"O quadro geral é de baixo dinamismo," sinaliza o editorial econômico do Estado de S. Paulo (18/10/2021). "Em agosto os negócios ficaram 0,15% abaixo do nível de julho," desempenho que assinala "a terceira variação negativa nos oito meses de janeiro a agosto".
Após uma recessão de 4,1% registrada em 2020, os indicadores mostram que a prometida retomada de 2021 mal irá compensar o desastre anterior.
terça-feira, 19 de outubro de 2021
A CPI esqueceu dos generais?
Por Jorge M. Oliveira Rodrigues, no jornal Brasil de Fato:
Bolsonaro é sujeito ativo no desastre sanitário que vivemos.
Propagandeou medicamentos sem eficácia, disseminou mentiras, atacou medidas de isolamento social e, no bojo das inverdades, manipulava as decisões do Supremo Tribunal Federal que garantiam a prefeitos e governadores a adoção de tais medidas.
Mas Bolsonaro não fez isso sozinho. Ao lado dele, marchavam os generais e coronéis, cientes do próprio papel e ecoando o obscurantismo que no governo desconhece distinção entre fardados e paisanos.
Há poucos dias de seu encerramento, a CPI da Covid impõe ritmo acelerado aos seus trabalhos para divulgar o seu relatório final.
Propagandeou medicamentos sem eficácia, disseminou mentiras, atacou medidas de isolamento social e, no bojo das inverdades, manipulava as decisões do Supremo Tribunal Federal que garantiam a prefeitos e governadores a adoção de tais medidas.
Mas Bolsonaro não fez isso sozinho. Ao lado dele, marchavam os generais e coronéis, cientes do próprio papel e ecoando o obscurantismo que no governo desconhece distinção entre fardados e paisanos.
Há poucos dias de seu encerramento, a CPI da Covid impõe ritmo acelerado aos seus trabalhos para divulgar o seu relatório final.
O atraso da classe dominante brasileira
Por Roberto Amaral
“Por que o Brasil ainda não deu certo?” perguntava-se Darcy Ribeiro, político, antropólogo, ensaísta, conferencista e romancista, homem de grandes paixões, certamente o mais inquieto dos pensadores brasileiros do século passado, e, sem dúvida alguma, um dos mais profícuos e desassombrados intelectuais-militantes que já tivemos. No seu estimulante O povo brasileiro, que começou a escrever no exílio do Uruguai, aquela pergunta, a cuja busca de resposta dedica sua obra madura, é formulada noutros termos, mais avançados, quando se indaga: “Por que, mais uma vez, a classe dominante nos vencia?” (referia-se à vitória do golpe de 1964). Mas então, como se vê, a própria pergunta já trazia consigo a resposta, na indicação de nossa tragédia histórica como resultado do controle do poder por uma gente medíocre, perversa, anti-nacional, alienada e forânea. Gente muito bem representada, aliás, pelos comensais do regabofe na mansão do especulador Naji Nahas, responsável pela quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, com o qual a casa-grande com seus procuradores (empresários, jornalistas, políticos, advogados) comemorou o acordo inter-elite que, a pretexto de afastar as ameaças de golpe iminente, anunciado no dia 7 de setembro, assegurou ao capitão Bolsonaro a inviabilização do impeachment e a impunidade de seus filhos. Fora o que não se conhece. Como sempre, os acordos se amarram no andar de cima da hierarquia mandante para observação de todo o povo; desta vez o pacto foi traficado com militares, parlamentares e ministros do STF, tendo como costureiro e escrivão o inefável ex-presidente Michel Temer, advogado com vasta experiência nas Docas de Santos.
“Por que o Brasil ainda não deu certo?” perguntava-se Darcy Ribeiro, político, antropólogo, ensaísta, conferencista e romancista, homem de grandes paixões, certamente o mais inquieto dos pensadores brasileiros do século passado, e, sem dúvida alguma, um dos mais profícuos e desassombrados intelectuais-militantes que já tivemos. No seu estimulante O povo brasileiro, que começou a escrever no exílio do Uruguai, aquela pergunta, a cuja busca de resposta dedica sua obra madura, é formulada noutros termos, mais avançados, quando se indaga: “Por que, mais uma vez, a classe dominante nos vencia?” (referia-se à vitória do golpe de 1964). Mas então, como se vê, a própria pergunta já trazia consigo a resposta, na indicação de nossa tragédia histórica como resultado do controle do poder por uma gente medíocre, perversa, anti-nacional, alienada e forânea. Gente muito bem representada, aliás, pelos comensais do regabofe na mansão do especulador Naji Nahas, responsável pela quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, com o qual a casa-grande com seus procuradores (empresários, jornalistas, políticos, advogados) comemorou o acordo inter-elite que, a pretexto de afastar as ameaças de golpe iminente, anunciado no dia 7 de setembro, assegurou ao capitão Bolsonaro a inviabilização do impeachment e a impunidade de seus filhos. Fora o que não se conhece. Como sempre, os acordos se amarram no andar de cima da hierarquia mandante para observação de todo o povo; desta vez o pacto foi traficado com militares, parlamentares e ministros do STF, tendo como costureiro e escrivão o inefável ex-presidente Michel Temer, advogado com vasta experiência nas Docas de Santos.
Procuradores têm de ser processados e presos
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O Conselho Nacional do Ministério Público [CNMP] recomendou a demissão de Diogo Castor de Mattos pela menor das ilicitudes cometidas pelo procurador lavajatista.
A instalação de outdoor elogioso à República de Curitiba, considerada pelo CNMP como violação do dever funcional e improbidade administrativa, está longe de significar o motivo mais grave para a demissão do procurador.
Pesa sobre Diogo Castor de Mattos a suspeita de conflito de interesses nos processos da Lava Jato contra Lula.
O Conselho Nacional do Ministério Público [CNMP] recomendou a demissão de Diogo Castor de Mattos pela menor das ilicitudes cometidas pelo procurador lavajatista.
A instalação de outdoor elogioso à República de Curitiba, considerada pelo CNMP como violação do dever funcional e improbidade administrativa, está longe de significar o motivo mais grave para a demissão do procurador.
Pesa sobre Diogo Castor de Mattos a suspeita de conflito de interesses nos processos da Lava Jato contra Lula.
O petróleo (ainda) é nosso
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:
As novas ameaças de uma paralisação geral nos transportes rodoviários por parte das lideranças dos caminhoneiros traz mais um condimento no debate a respeito das alternativas à atual política de preços do setor petrolífero. No caso específico, a elevação sistemática dos preços do óleo diesel tem provocado sérias dificuldades para a sobrevivência dos operadores do sistema.
A postura do governo revela-se como uma estratégia suicida para os derivados de petróleo, mas que vem sendo mantida a ferro e fogo desde o governo Temer. Logo depois do golpeachment contra Dilma Rousseff em 2016, quando Henrique Meirelles assumiu o comando da economia, foi introduzida uma suposta “regra de mercado” para a definição de preços de produtos como gasolina, óleo diesel, gás de cozinha e os demais derivados.
As novas ameaças de uma paralisação geral nos transportes rodoviários por parte das lideranças dos caminhoneiros traz mais um condimento no debate a respeito das alternativas à atual política de preços do setor petrolífero. No caso específico, a elevação sistemática dos preços do óleo diesel tem provocado sérias dificuldades para a sobrevivência dos operadores do sistema.
A postura do governo revela-se como uma estratégia suicida para os derivados de petróleo, mas que vem sendo mantida a ferro e fogo desde o governo Temer. Logo depois do golpeachment contra Dilma Rousseff em 2016, quando Henrique Meirelles assumiu o comando da economia, foi introduzida uma suposta “regra de mercado” para a definição de preços de produtos como gasolina, óleo diesel, gás de cozinha e os demais derivados.
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
domingo, 17 de outubro de 2021
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