domingo, 9 de janeiro de 2022

SP-2: PSDB pode perder hegemonia no Estado

Crianças brincando no pátio da escola (1933), Portinari
Por Altamiro Borges

Mas o “tucanistão” de São Paulo parece estar com os seus dias contados. Todas as pesquisas eleitorais apontam para as enormes dificuldades do PSDB em 2022. Após o fiasco de Geraldo Alckmin em 2018, quando a fartura de tempo na TV e de recursos na campanha resultou em apenas 4,76% dos votos no Brasil, agora é João Doria que não decola na disputa presidencial.

Nas prévias internas da sigla, as bicadas são sangrentas. Nessa crise no ninho, o tucanato finalmente pode perder a hegemonia também em São Paulo. É visível a fadiga de material com o PSDB no Estado. O candidato de proveta do atual governador à sua sucessão, o ex-demo Rodrigo Garcia, está empacado nas pesquisas. Ele não conseguiu sequer empolgar o próprio partido, que está rachado e sofre defecções – como a do ex-governador Geraldo Alckmin, que hoje se vinga do filhote que o traiu.

SP-1: Tucanistão e a decadência de São Paulo

Os despejados (1934), Portinari
Por Altamiro Borges

O Estado de São Paulo, que já foi conhecido como a “locomotiva do Brasil”, atualmente é chamado pejorativamente de “tucanistão”. Desde janeiro de 1995, quando Mario Covas tomou posse como governador, o PSDB manda e desmanda na principal unidade da federação – revezando-se no poder com Geraldo Alckmin, José Serra e, hoje, João Doria.

Nesse longo período de 26 anos, São Paulo empacou e colecionou dados alarmantes sobre baixo crescimento econômico, quebradeira de empresas, desindustrialização, desemprego e informalidade, miséria social, redução do papel indutor do Estado, entre outras várias chagas. Os tais “modernizadores tucanos”, adeptos do receituário neoliberal, mostraram-se incompetentes e afundaram São Paulo.

Exército confronta Bolsonaro. Até quando?

Lula acerta ao defender mudança trabalhista

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Além de representantes graduados da plutocracia (expressão escolhida com precisão pelo Leonardo Attuch, do site 247), algumas pessoas ligadas à esquerda e ao campo progressista também torceram o nariz para as falas de Lula e Gleisi Hoffmann defendendo que um futuro governo do PT lute pela revogação da reforma trabalhista.

Vista como uma das cerejas do bolo da “Ponte para o futuro”, o programa dos golpistas liderados por Temer, a reforma trabalhista ousou fazer o que nem a ditadura cogitou: rasgou a CLT, alterando ou tornando sem efeito mais de 200 artigos do conjunto de leis de proteção ao trabalhador que vigorava desde a era Vargas.

A batalha de 2022: com que programa?

Charge: Amarildo
Por Pedro Tierra, no site Carta Maior:


A história dos últimos seis anos da disputa de classes no Brasil se encarregou de recuperar a imagem do Partido dos Trabalhadores diante da sociedade brasileira. No momento em que foi desfechado o golpe de estado contra a Presidente eleita Dilma Rousseff, em 2016, o PT era o partido da preferência de 9% dos eleitores (Ibope).

Em fins de dezembro último, quando nos aproximamos da disputa eleitoral de 2022, de acordo com dados publicados pelos institutos de pesquisa, o Partido alcança 28% (Datafolha), considerando a margem de erro, algo próximo a um terço dos eleitores, como em seus melhores momentos.

A falência da ideia de liberdade individual

Charge: Hamid Ghalijari
Por Dennis de Oliveira, no site A terra é redonda:


Em artigo publicado no portal UOL no dia 5 de janeiro, Milly Lacombe comenta a polêmica causada pelo tenista número um do ranking mundial, Novak Djokovic, que foi impedido de entrar na Austrália por se recusar a tomar a vacina contra o Covid-19. Chama a atenção este artigo por ele apresentar uma reflexão sobre a ideia de “liberdade” tão usada e abusada em tempos no qual ideias autoritárias ganham peso.

O pensador búlgaro Tzevan Todorov, em “Os inimigos íntimos da democracia” alerta que os ataques à democracia e a cidadania nos dias de hoje ocorrem por organizações que se apropriaram da palavra “liberdade”. Diz ele que “desde 2011, o termo parece ter se tornado um nome de marca dos partidos políticos de extrema-direita, nacionalistas e xenófobos: Partido da Liberdade, nos Países Baixos (…); Partido Austríaco da Liberdade (…)”

Bolsonaro quer humilhar 'Exército sem vacina'

Charge: Pelicano
Por Fernando Brito, em seu blog:


A notícia de que Jair Bolsonaro mandou o Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, “encostar na parede” o comandante Paulo Sérgio Oliveira e fazer com que ele publique uma “nota de esclarecimento” voltando atrás na determinação emitida terça-feira de que oficiais, praças e servidores civis do Exército só voltem ao trabalho presencial devidamente vacinados contra a Covid não é só mais uma humilhação que o ex-tenente indisciplinado faz os militares passarem.

Disputa pelo Cazaquistão; disputa pelo Brasil

Reprodução do site Actualidad.RT
Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

O Cazaquistão, país de 2,7 milhões de quilômetros quadrados, situado na Ásia Central, é peça-chave na disputa pelo domínio da Eurásia, a qual envolve EUA e aliados, de um lado, e Rússia e China, de outro.

Em primeiro lugar, é preciso considerar que o Cazaquistão possui reservas de recursos minerais e de combustíveis fósseis que estão entre as maiores do planeta.

Os dados disponíveis indicam que o Cazaquistão tem a maior reserva mundial de zinco, tungstênio e barita; a segunda maior de urânio, crômio, chumbo e prata; a terceira maior de manganês e cobre; a sexta maior de ouro; a oitava maior de carvão; e a décima segunda maior de petróleo.

As extensas reservas de petróleo e de gás natural, em especial, têm atraído grande número de investimentos estrangeiros e se constituem na base da economia cazaque.

O mercado financeiro tem medo de Lula?

Por Caroline Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

“Devemos lutar por uma alternativa que saia da polarização entre o que é inaceitável, a reeleição de (Jair) Bolsonaro (PL), e o que é indesejável, a reeleição do Lula”. A frase é do empresário Pedro Passos, copresidente do conselho de administração da empresa Natura, em entrevista ao jornal O Globo publicada em outubro do ano passado. Em sua avaliação, a reeleição do atual presidente seria inaceitável, pelos arroubos antidemocráticos, enquanto a nova eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria indesejável, pelo suposto risco de uma política econômica intervencionista, que viria a gerar prejuízos. Esta parece ser a tônica do que pensa e sente boa parte dos atores que compõem o chamado mercado financeiro no Brasil.

Bolsonaro tem um Plano B?

Charge: Fraga
Por Luiz Carlos Azedo, no site Vermelho:


Não estou entre os que acreditam que a alternativa golpista, para o presidente Jair Bolsonaro, se esgotou em 7 de setembro do ano passado, quando mobilizou todas as suas forças contra a urna eletrônica e confrontou o Supremo Tribunal Federal (STF), que viria a ser cercado por caminhoneiros.

No dia seguinte, com as estradas bloqueadas e os caminhões na Esplanada, o presidente da República deu um cavalo de pau e mandou uma carta ao ministro do STF Alexandre de Moraes com juras à democracia, numa espécie de pedido de desculpas pelos ataques que havia feito ao ministro e outros integrantes da Corte, principalmente durante manifestação de seus partidários na Avenida Paulista, à qual compareceu. Naquela ocasião, a narrativa golpista havia atingido o seu clímax.

Crise militar é real ou fabricada?

Charge: Latuff
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O presidente da Anvisa Antonio Barra Torres assina nota como “Oficial General da Marinha do Brasil” em que exige – sim, exige – retratação do Bolsonaro pela insinuação que ele fez sobre supostos interesses escusos da Anvisa ao preconizar tecnicamente a imunização de crianças.

“Se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”, anotou Barra Torres, que ainda desafiou Bolsonaro: “Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa […]”.

TV Brasil virou palanque de Bolsonaro

Charge: Rico
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Ao longo do ano passado, a programação da TV Brasil foi interrompida 209 vezes para a transmissão, ao vivo, de atos com a participação de Bolsonaro ou do interesse dele, como os eventos militares, que foram 35.

O levantamento é da Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, com base nas playlists "Agenda do Presidente", disponíveis no canal TV Brasil/Gov, no Youtube.

Este é um crime de Bolsonaro para o qual a mídia corporativa, com raras exceções, faz vista grossa e passa pano. É crime porque a TV Brasil, que já foi uma emissora pública, à luz da lei 11.652/2008 preserva essa natureza, mas na prática virou palanque eletrônico de Bolsonaro.

sábado, 8 de janeiro de 2022

O papel do Sergio Moro é desgastar o Lula

O que esperar do Brasil em 2022?

Os rumos da economia para 2023

A cultura na luta contra o fascismo

O Brasil vai voltar ao mundo?

2022 começa quente no Brasil

A inadimplência deve aumentar em 2022

O atual estágio da pandemia no Brasil