sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Os muitos déficits de Moro

Charge: Gervásio
Por Pedro Serrano, no site Brasil-247:


Em recentes declarações à revista Veja e em suas redes sociais, Sergio Moro teceu críticas a advogados que criticaram a atuação dele enquanto juiz. Moro atacou especialmente o grupo Prerrogativas, dizendo, entre outros absurdos, que os advogados que o integram trabalham pela impunidade de corruptos.

O discurso de Moro, pela sua agressividade e total descompasso com a realidade, não pode ficar sem resposta, e é por isso que ocupo este espaço para, assim como fizeram outros colegas advogados, também refutá-lo.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que a fala do ex-juiz revela uma grave deficiência cognitiva em uma área do conhecimento que ele deveria dominar minimamente. Mais do que uma visão de mundo autoritária, a crítica feita por ele demonstra desconhecimento do que sejam a advocacia, os direitos e o Direito.

Genro de Silvio Santos processa ex-chanceler

"Hoje gourmetizam até o trabalho precário"

Na pandemia, desigualdade se aprofunda

As negociatas no Ministério da Saúde

Rússia instalará bases na América Latina?

O Centrão vai abandonar Bolsonaro?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Moro é investigado e vaiado. Vai desistir?

Charge: Jota Camelo
Por Altamiro Borges

A revista Veja, que deu nesta semana mais uma capa babona para Sergio Moro e aposta em seu nome como a tal "terceira via", parece preocupada com o futuro do ex-juizeco e ex-ministro do fascista Jair Bolsonaro. Agora ela destaca em seu site que "MP no TCU quer fim de sigilo sobre a relação de Moro com consultoria dos EUA".

Segundo a notinha, "o subprocurador-geral do TCU, Lucas Furtado, enviou ofício ao presidente do tribunal de contas, Bruno Dantas, pedindo que os processos no órgão sobre atuação de Sergio Moro na Lava-Jato sejam tornados públicos". Segundo Furtado, “diversas peças se encontram com permissões insuficientes para acesso ao conteúdo”.

Genro de Sílvio Santos processa ex-chanceler

Por Altamiro Borges

Ninguém mais se entende no laranjal bolsonariano. Cada dia tem um novo e divertido barraco na extrema-direita nativa. Nesta quinta-feira (20), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, tuitou que abriu processo contra o ex-chanceler Ernesto Araújo por calúnia, injúria e difamação. O genro de Silvio Santos, um oportunista profissional, apresentou queixa-crime na 7ª Vara Criminal Federal de Brasília, informa o colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo.

O motivo da confusão é que na segunda-feira (17), durante o programa de baixarias "ConservaTalk" no YouTube, o ex-ministro das Relações Exteriores afirmou que Fábio Faria teria “entregue o 5G” para a China e sugeriu que "o partido do ministro seria financiado diretamente pela República da China". O aloprado insinuou que ele e outros integrantes do antro bolsonarista seriam agentes do comunismo chinês. Pausa para a gargalhada!

Bolsonaro garante sigilo ao general Pazuello

Por Altamiro Borges


Isolado politicamente e rejeitado nas pesquisas, o “capetão” Jair Bolsonaro faz de tudo para manter o apoio do “partido dos milicos”. Segundo o noticiário desta quinta-feira (20), o governo manteve o sigilo de 100 anos para o processo interno do Exército contra o general Eduardo Pazuello pela participação num ato fascista ao lado do presidente em maio de 2021.

A desculpa para o criminoso sigilo é de que a divulgação do documento representaria "risco aos princípios da hierarquia e da disciplina do Exército". O ex-ministro da Saúde, o tal “craque em logística” que causou milhares de mortes por Covid, atualmente é “assessor especial” da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. Ele está sumido, escondido!

Cidade Integrada ou armação bolsonarista?

Por Fernando Brito, em seu blog:


Uma operação que tem o nome de Cidade Integrada e que sequer foi comunicada – menos ainda discutida – com o prefeito da dita cidade.

Uma “ocupação” espetacular, com 1.200 policiais civis e militares, fardados como tropas do tipo “Tempestade no Deserto”, mas sem nenhuma prisão ou apreensão de armas e drogas realmente expressiva.

Um projeto “social” do qual ninguém sabe nada e que só será – sabe-se lá como – explicado no sábado, três dias depois do espetáculo.

Tudo na véspera do dia em que o ‘cantor gospel’ que governa o Estado encontrar-se com Jair Bolsonaro para pedir um “estica” no regime de recuperação fiscal.

Elite brasileira terceirizou o serviço sujo

Charge: Genildo
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:

Uma década de conspiração produziu efeitos irreparáveis no quadro político-partidário do país.

Ironicamente, os efeitos mais devastadores foram sentidos nas estruturas políticas de centro e de direita que, envolvidas na trama para desqualificar a política – que teve como centro a Operação Lava Jato – não entenderam que renunciavam à própria organicidade e terceirizavam poder (e hegemonia) a políticos de ocasião, levados à ribalta pela onda extremista de direita ceivada desde as manifestações de 2013.

Não sobrou pedra sobre pedra das organizações político-partidárias nas quais as classes dominantes “modernas” operavam antes.

E os partidos de aluguel e de extrema-direita, estimulados por elas para aumentar a onda antipetista, fogem totalmente ao seu controle: essas legendas são mais facilmente manipuláveis por lideranças militares e extremistas e mais facilmente corrompíveis por governos do momento. Não são cooptáveis por ideologia.

Tarefa de milhões e perseverança

Charge: Aroeira
Por João Guilherme Vargas Netto


Considero evidente que a esmagadora maioria do movimento sindical dos trabalhadores brasileiros é contra o presidente Bolsonaro e sua política.

O bolsonarismo lançou apenas raízes no movimento organizado dos caminhoneiros, de alguns profissionais com formação universitária, de trabalhadores em segurança privada, madeireiros e garimpeiros. E só!

Mas a imensa maioria oposicionista precisa permanentemente, vindo das lideranças que a representam, um trabalho de esclarecimento, organização e mobilização no enfrentamento cotidiano de seus problemas em busca da unidade de ação. Sem isto e sem um correlato trabalho de formação de uma plataforma do que precisam, do que querem e de como alcançá-lo, este movimento se manifestará apenas como caudatário de uma orientação político-partidária.

Lula além do PT

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


"O PT é o meu partido mas eu quero ser candidato de um movimento pela restauração da democracia neste país".

E este movimento, disse Lula na entrevista às mídias independentes, é que garantirá a reconstrução do país, a redução da pobreza e da desigualdade, a retomada do crescimento econômico e tudo o mais que é necessário para virarmos a página infeliz do governo Bolsonaro.

A meu ver, este foi um dos recados mais importantes do ex-presidente na entrevista retransmitida pela TV 247 e outros veículos digitais do campo progressista.

O lulismo sempre foi maior que o PT e mais ainda terá que ser nessa eleição absolutamente singular e determinante do futuro.

Ubereats sairá do Brasil? E os entregadores?

Mineração, reprimarização e destruição

Lima Duarte critica Regina Duarte

Os desafios da educação brasileira em 2022

Como as cotas raciais impactaram o Brasil?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O controle militar da Ucrânia

Brasão de armas da Ucrânia
Por José Luís Fiori, no site A terra é redonda:


“Se Hans Morgenthau estiver com a razão [a causa da Guerra da Geórgia, de 2008] é um segredo de polichinelo: a Rússia foi a grande perdedora da década de 1990 e será a grande questionadora da nova ordem mundial, até que lhe devolvam – ou ela retome – todo ou parte do seu velho território. Por isso a Guerra da Geórgia não deve ser considerada uma “guerra antiga”, pelo contrário, ela é o anúncio do futuro. (José Luís Fiori, “Guerra e Paz”. In: jornal Valor Econômico, em 28 de agosto de 2008).

“With the US distracted and Europe lacking both military clout and diplomatic unity, Putin may feel now is the best time Russia will ever have to attack Ukraine” (Financial Times, FT Weekend, January, 15, 2022).

Em apenas um ano, o mercado mundial de energia enfrentou duas grandes crises diametralmente opostas: a primeira, no início de 2020, no momento em que se generalizou a pandemia do coronavírus; e a segunda, ainda em pleno curso. Tudo começou com uma queda abrupta da demanda mundial e dos preços internacionais, provocada pela interrupção instantânea e universal da atividade econômica e pelo aumento exponencial do desemprego, começando pela China e atingindo, em sequência, a Europa e os Estados Unidos.