domingo, 6 de fevereiro de 2022

Parcialidade do Judiciário foi além de Moro

Montagem: FMaia
Por Bepe Damasco, em seu blog:


A confissão tardia do ministro Barroso, do STF, de que a presidenta Dilma Rousseff não caiu devido a pedaladas, mas sim por perda de apoio político, reconhecendo o que grande parte da opinião pública nacional e internacional está farta de saber e denunciar, dá bem a medida do envolvimento de grande parte do Poder Judiciário, por ação ou omissão, no golpe de estado que cassou o mandato de Dilma.

Os juízes do Supremo, evidentemente, sabiam o óbvio: só o regime parlamentarista permite a queda de mandatários por perda de apoio político. A defesa de Dilma usou esse argumento dia sim outro também. Tudo em vão. Suas excelências os ministros da Corte Suprema haviam decidido cruzar os braços, torcendo pela derrocada do governo do Partido dos Trabalhadores.

O marketing do Moro

Charge: Gilmar
Por Fernando Brito, em seu blog:


Em longa entrevista à Folha, o marqueteiro da campanha de Sergio Moro diz que seu “alvo” são os “bolsonaristas decepcionados”.

Com todo o respeito, é uma bobagem sem tamanho em matéria de estratégia.

Bolsonaro teve, em 2018, 55,13% dos votos válidos e 49,85% dos votos totais. Portanto, caso tenha perdido metade dos seus votos, os “bolsonaristas arrependidos" são apenas 25% dos eleitores.

Para um candidato a presidente da República escolhe falar para um quarto, apenas, dos eleitores é suicídio. Quem quiser provas, veja se Lula fala o tempo todo de Bolsonaro.

Claro que não, na maior parte do tempo está fazendo crítica social e econômica do país, coisas que afetam 100% – ou quase – dos cidadãos.

Preconceito que maltrata e mata

Por Cida Pedrosa, no jornal Brasil de Fato:


Um relatório apresentado na última semana de janeiro pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) confirmou que, apesar dos avanços, o Brasil ainda é o país mais perigoso do mundo para uma pessoa trans viver. Foram 140 homicídios em 2021, mantendo a triste marca de país que mais mata essas pessoas no mundo.

E o mais chocante é que essa barbaridade é motivada por puro preconceito. Diferentemente do que ocorre em casos de violência doméstica contra mulheres, quando os agressores geralmente são os namorados ou companheiros, 73% dos criminosos não tinham qualquer relação com a vítima.

Moro recebeu R$ 811 mil de CNPJ “dublê”

Charge: Adnael
Por Henrique Rodrigues, na revista Fórum:

Na ânsia de mostrar lisura em suas contas e bens, o ex-juiz Sergio Moro pode ter se complicado.

O antigo chefe da Lava Jato, como ele mesmo se autointitulou, divulgou uma nota fiscal de sua empresa referente a um serviço de consultoria prestado ao escritório Alvarez & Marsal.

A relação do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro com a firma que trabalha com recuperação judicial de empresas quebradas em ações comandadas por ele mesmo no passado tem sido investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), está virando alvo de ações na Justiça e até de um pedido de CPI na Câmara dos Deputados.

Mas o que havia de errado na nota apresentada pelo pré-candidato à Presidência pelo Podemos?

A empresa que aparece na nota fiscal emitida por Moro, que pagou por seus serviços “referentes ao mês de fevereiro de 2021” a bagatela de R$ 811.980, é identificada como Alvarez & Marsal Consultoria em Engenharia Ltda, com CNPJ 28.092.933/0001-75.

Céu midiático está mudando

Na economia, Moro repete Bolsonaro e Guedes

sábado, 5 de fevereiro de 2022

A bolsonarista RedeTV afunda no ibope

A ação de grupos neonazistas na Ucrânia

Como a mídia vai atuar nas eleições de 2022?

Os interesses dos EUA no conflito na Ucrânia

Foi golpe “político” o impeachment de Dilma

Economia solidária e trabalhador de APP

Bolsonaro deve radicalizar para manter base

100 anos da Semana de Arte Moderna

TCU pode bloquear os bens de Moro?

Militares baixam a bola. Será?

Moro é um indigente intelectual

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A "deforma" trabalhista na berlinda


Prometendo geração de emprego, prosperidade e competitividade econômica, governo e Congresso, com decisivo apoio da mídia comercial, impuseram à sociedade brasileira a Lei 13.467, de 2017. Na prática, a tal reforma eliminou garantias dos empregados, dificultou seu acesso à Justiça e enfraqueceu suas entidades representativas.

Passados quatro anos e meio de sua aprovação, finalmente entra em pauta a necessidade premente de rever a legislação e resgatar regras civilizatória nas relações capital-trabalho, meta que obviamente enfrentará resistência ideológica do ultraliberalismo, hoje à frente da gestão econômica do país - e, mais uma vez, dos veículos de comunicação hegemônicos.

#JustiçaPorMoïse

Ilustraçao: Artivistha
Editorial do site Vermelho:


A bárbara morte de Moïse Mugenyi Kabagambe provocou um luto nacional espontâneo. Ao conhecer seu martírio, brasileiros e brasileiras foram de imediato da perplexidade à indignação, tamanha a crueldade com que a vida do jovem trabalhador congolês foi ceifada.

Moïse fazia “bicos” no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Por um dia de serviço – como ajudante de cozinha e garçom –, recebia R$ 100. Não bastassem as precárias condições de trabalho, o dono do quiosque deixou de pagá-lo. Após dois dias sem receber, Moïse exigiu o pagamento da dívida, mas foi vítima de uma emboscada. Quatro homens agrediram o trabalhador até a morte.

Foi golpe, afinal!

Charge: Latuff
Por Eliara Santana, no Jornal GGN:


Numa velocidade de dar inveja a Rubinho Barrichello, o presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, reconhece, afinal, que as tais “pedaladas fiscais” não foram mesmo o motivo do golpe, camuflado de impeachment, contra Dilma Rousseff em 2016.

Agora que Inês é morta, que a Lava Jato se desintegrou, que Sergio Moro derrete, que o Brasil está afundando mais que a cratera do metrô em São Paulo, o representante do Iluminismo no Brasil, o ministro que mais aparecia no JN para falar bem do funcionamento das instituições e da Lava Jato, finalmente reconhece que pedalada fiscal foi uma historinha idiota inventada pelos grupos de poder – com a mídia e o judiciário integrando o núcleo fortemente – para tirar o PT do governo, não apenas Dilma.