sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

A liberdade de expressão e o Holocausto

Charge: Iotti
Por Urariano Mota, no site Vermelho:


Se alguém divulgar na mídia que os negros têm que ser mortos, que os gays devem ser exterminados, que os judeus devem ser destruídos, que os ciganos merecem arder no forno , esse alguém – na falta de qualificação mais própria para uma categoria abaixo dos animais – ficará famoso, para maior desprezo do que chamam de fama nestes dias infernais cujo nome é Bolsonaro.

Essa é a razão por que um indivíduo marca de bicicleta tenha virado motivo de tamanha evidência nesta semana. Ele passará, ou já passou, mas deixou o triste eco de coisa, quando soou que “deveria existir um partido nazista legalizado no Brasil” e que “se o cara for antijudeu ele tem direito de ser antijudeu”. Na mesma ocasião, outro deputado zurrou que o nazismo não deveria ter sido criminalizado na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

Poucos vão sobreviver na extrema direita

Charge: Trilho
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Nichos da base eleitoral da classe média de direita, que se misturaram aos pântanos da extrema direita, elegeram muitos fascistas em 2018. Não vão eleger mais.

As trincheiras mais identificadas com o bolsonarismo vão continuar fieis e ferozes, mas sem o reforço dos mesmos agregados de quatro anos atrás. A extrema direita perderá a amplitude eleitoral dessa base expandida.

Numericamente, a extrema direita encaminha-se para ser o que era nas primeiras pesquisas eleitorais de 2018. Bolsonaro e sua turma terão de se contentar com os 20% do núcleo que oscila muito pouco, mas nunca mais será expandido como foi na urgência do pós-golpe do todos-contra-Haddad.

Bolsonaro, numa eleição majoritária, como única opção contra Lula, até pode alargar essa base num eventual segundo turno. Mas nas eleições proporcionais os candidatos de extrema direita irão sofrer muito.

A representatividade da Conclat

Ilustração: Crisvector
Por João Guilherme Vargas Netto


Considero muito importante a nota das centrais sindicais convocando a Conclat para o dia 7 de abril, uma reunião presencial e virtual em São Paulo, para lançar a Pauta da Classe Trabalhadora 2022 com o lema Emprego, Direitos, Democracia e Vida.

Concordo também com o desenvolvimento previsto para a iniciativa que, a partir da reunião nacional, se enraíze nos estados, nas cidades e nas categorias.

No entanto, senti falta na nota das centrais de um parágrafo que anunciasse em termos gerais a previsível adoção de critérios de convocação e participação no evento, algo como o parágrafo que sugiro abaixo:

“Em breve, a organização do evento definirá as normas, o regimento, a proporcionalidade, a questão do financiamento, as cotas de gênero, etc, que também serão amplamente divulgadas para a mídia e em nossos meios de comunicação e redes sociais.”

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

A deprimente guerra dos generais

Charge: Miguel Paiva
Por Fernando Brito, em seu blog:

Nada poderia ser mais deprimente e corrosivo para a Forças Armadas que o fato de terem sido transformadas em palanque para saber quem é o general aposentado que, em seu nome, será indicado como “irmão fortão” do desaforado capitão fascista e lhe servirá de “ameaça” aos políticos (para não se atreverem a um impeachment) ou mesmo a todo o país, pelo medo de que se arraste os militares para uma tragédia golpista ante o resultado das urnas.

Pois, afinal, é isso o que está em jogo na “disputa” entre os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto pela vaga de vice na chapa bolsonarista.

Kataguiri abala candidatura de Sergio Moro

Do Jornal GGN:


O episódio da última segunda-feira (7/2) do Flow Podcast, no qual o ex-apresentador Monark e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) fazem apologia ao nazismo continua tendo repercussão, as quais também envolvem o mundo da política e especificamente as aspirações do parlamentar paulista para as eleições de 2022.

Antes da veiculação do programa, Kataguiri era tido como um dos principais articuladores da candidatura de Sergio Moro à Presidência da República, e seu movimento, o MBL (Movimento Brasil Livre), era um dos principais responsáveis pelo trabalho comunicacional da campanha do ex-juiz.

Uma prova disso é que o canal do YouTube do deputado foi a plataforma onde se realizou a live, no dia 28 de janeiro, na qual tentou-se justificar as dúvidas sobre o escândalo da contratação do ex-juiz e ex-ministro por parte da consultora Alvarez & Marsal, que atua para empresas prejudicadas pela Operação Lava-Jato.

O “direito ao nazismo” e o libertarianismo

Charge: Dodô

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Nazismo é crime. Assim como o fascismo de Mussolini, o nazismo de Hitler é classificado universalmente como crime contra a humanidade. Inclusive no Brasil, país signatário de tratados internacionais a esse respeito.

A atrocidade nazista exterminou cerca de 6 milhões de judeus, mas não só. Outros muitos milhões de inimigos do regime, como negros, ciganos, homossexuais e comunistas – a raça inferior – também foram perseguidos, sacrificados e exterminados em campos de concentração.

A Alemanha do imediato pós-2ª guerra proscreveu o nazismo e proibiu o uso de símbolos, linguagens, místicas e propagandas nazistas.

Esta decisão significou o reconhecimento, pela Alemanha, do enorme equívoco da democracia liberal que, nos anos 1930, permitiu a institucionalização e o ascenso do Partido Nazista que, à continuação, destruiu a própria democracia e perpetrou a maior barbárie contra a humanidade.

Pesquisas podem levar Bolsonaro ao desespero

Impacto das redes sociais nas eleições de 2022

Idosa manda Bolsonaro para o inferno

Monark bebe e cai da bicicleta

Partido de Moro quer distância de Kataguiri

Ucrânia e a viagem de Bolsonaro à Rússia

Monark, o nazismo e o comunismo