domingo, 19 de junho de 2022

À memória de Bruno e Dom

Ilustração: Vaccari
Por Cristina Serra, em seu blog:


O dossiê “Fundação Anti-indígena”, organizado pela INA (Indigenistas Associados) e pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), expõe com profusão de detalhes e documentação, como a Funai, sob Bolsonaro, se transformou numa máquina de guerra contra os povos indígenas.

A estrutura do órgão está a serviço de uma política de extermínio, que impede novas demarcações, facilita a invasão dos territórios e a implantação de atividades predatórias e criminosas. O dossiê também mostra as perseguições contra funcionários que tentam resistir ao projeto de etnocídio, como foi o caso de Bruno Pereira.

O banditismo em territórios indígenas

Bruno Pereira com indígenas. Foto: reprodução
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“A perda do Bruno hoje seria exatamente a perda de um grande embaixador de relação com os povos indígenas do Brasil” - Antenor Vaz, Conselho de Proteção dos Povos Indígenas Isolados

“Agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior” - Beatriz Matos, antropóloga, esposa de Bruno

Ainda estamos muito longe de conseguir apreender e compreender a dimensão e as consequências do assassinato do indigenista Bruno Pereira, ocorrido de modo bárbaro junto com o jornalista inglês Dom Philips na terra indígena do Vale do Javari.

Para o sertanista Antenor Vaz, do Conselho de Proteção dos Povos Indígenas Isolados, o assassinato do Bruno representa “a perda de um grande embaixador de relação com os povos indígenas do Brasil”.

sábado, 18 de junho de 2022

Justiça barra escola cívico-militar em SP

Bruno, Dom e o descaso de Bolsonaro

As alternativas à privatização da Eletrobrás

O desespero de Bolsonaro

Violência na Amazônia, eleições e ética

Bruno, Dom e a Amazônia sem lei

Bolsonaro diz que Cristo andaria armado

Quais são os caminhos que nos unem?

Assange será extraditado para morte nos EUA

Foto: AFP
Por Altamiro Borges

O governo britânico acaba de confirmar o envio para a morte nos EUA do ciberativista Julian Assange – que denunciou vários crimes de guerra do império. “Em 17 de junho, após consideração tanto do Tribunal de Magistrados quanto do Supremo Tribunal, foi ordenada a extradição do Sr. Julian Assange para os EUA”, afirma a nota do Ministério do Interior.

Ainda segundo o comunicado cínico e macabro, “não foi concluído que a extradição seria incompatível com seus direitos humanos, incluindo seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e [foi considerado] que, enquanto estiver nos EUA, ele será tratado de forma adequada, inclusive em relação à sua saúde”. Pura patifaria!

Mortes de Bruno e Dom repercutem no mundo

Por Altamiro Borges

Confirmados os bárbaros assassinatos do ambientalista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, o Brasil volta a ser destaque negativo na mídia internacional. O “capetão” Jair Bolsonaro, que já era tratado como um pária planetário, agora é visto como o responsável indireto pelas mortes na Amazônia. A imprensa mundial não vacila em responsabilizar o governo brasileiro pelo aumento da violência na região – ao contrário de parte da mídia nativa, sempre tão dócil com o fascista.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Justiça barra escola cívico-militar em SP

Por Altamiro Borges


O “capetão” e seus generais devem estar ainda mais furiosos contra setores do Poder Judiciário. A Folha informa que “um juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a suspensão da implantação do programa do governo Jair Bolsonaro de escolas cívico-militares na rede de ensino paulista”. 

A decisão do TJ-SP tem caráter liminar e ainda pode ser anulada. Mesmo assim, ela deve ter irritado os milicianos fardados, que estão se achando os donos do Brasil. De forma direta e certeira, o juiz José Eduardo Cordeiro Rocha detonou o Programa Escola Cívico-Militar (Pecim) em sua sentença:

Carla Zambelli e os devastadores da Amazônia

Sob Bolsonaro, Funai é contra os indígenas

O ativismo digital e as mudanças políticas

Crime na Amazônia derrete imagem do Brasil

A culpa de Bolsonaro na tragédia do Javari

Charge: Thiago
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Bárbaro, hediondo, macabro, covarde... Nenhuma palavra basta para qualificar o crime. O assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips dizem ao mundo a quê ponto o Brasil chegou na regressão civilizatória e até onde pode ir a disputa pela Amazônia.

Os fascínoras que os mataram não seguiram apenas o comando do instinto primitivo e bruto.

Agiram segundo a lógica e o ambiente criados por Jair Bolsonaro e seus asseclas.

Na disputa sangrenta pela Amazônia, o governo que investe contra o ativismo ambiental e demoniza os indígenas, é complacente com o garimpo ilegal, o desmatamento, a grilagem, a pesca ilegal e todo tipo de predação, dá sinal verde para os assassinos e arma suas mãos.

A indiferença do general-candidato Mourão

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O general vice-presidente Hamilton Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia, órgão responsável por políticas, estratégias e ações do governo federal naquela região.

Apesar desta atribuição legal, no entanto, ele tomou enorme distância do local em que deveria estar, o Vale do Javari, onde Bruno Pereira e Dom Philips foram barbaramente assassinados, em consequência das políticas do governo militar do qual ele é vice-presidente.

Mourão viajou para o extremo-oposto geográfico de onde deveria estar. O general está no Rio Grande do Sul [RS], mais de 3.479 km longe do local onde, por obrigação legal, ele de fato deveria estar. Desde o final do dia 15/6, véspera do feriadão de Corpus Christi, ele promove atividades da sua campanha eleitoral para o Senado.

O fedor de Bolsonaro espalha-se pelo mundo

Charge: Ildo
Por Fernando Brito, em seu blog:

O ódio e a maldade que dominam a mente de Jair Bolsonaro provocam nele um déficit de percepção típico de governantes autoritários: sua deformação mental é tanta que sequer é capaz de lidar com a ideia de redução de danos políticos.

Nesta tragédia humana do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, ele repete o comportamento que teve na pandemia da Covid.

Em uma e em outra, não foi ele quem causou, diretamente, os fatos.

Nem trouxe o vírus para o Brasil, nem ordenou a um bando de ilegais que executassem, com requintes sádicos, a dupla, mas seu ódio às pessoas é tão grande que toma os fatos negativos como algo que deve ser desprezado e minimizado, inclusive nas reações administrativas do governo brasileiro.