Charge: Simanca |
Quem imaginava que o governo Lula teria direito a uma trégua antes da posse, em 1 de janeiro de 2023, já percebeu que é preciso preparar-se para lances de uma velha guerra suja.
Em dezembro de 2022, o país assiste à agonia de um governo de extrema direita - sangrenta, covarde, como é de seu feitio.
Derrotado na vida social e nas urnas, o bolsonarismo reage como seus mestres. Estimula ações violentas e mortes como estratégia de sobrevivência pelo medo. Incapaz de convencer, tenta amedrontar. Faz parte da história.
Há quatro décadas, derrotada pela facção militar de Geisel-Figueiredo, que produziu um conjunto de concessões que aliviaram a brutalidade selvagem criada pelo regime do AI-5, a extrema-direita militar refugiu-se nos serviços de inteligência, onde planejava a morte criminosa de adversários e praticava a tortura pelo costume e até como simples vingança, pois as grandes rodas que alimentam a conjuntura já se moviam em outra direção.