Curitiba, setembro de 2022. Foto: Ricardo Stuckert |
A elite brasileira – que não tem, faz tempo, nomes para ganhar uma eleição presidencial – adotou o estranho hábito de querer “levar sem ganhar” e tenta fazer que Lula assuma o papel inverso, o de “ganhar, mas não levar”.
Assistimos, desde a semana seguinte eleitoral, a este movimento, com a ânsia desesperada pela indicação formal do ministro da Fazenda, a pretender que, se não fosse possível enxertar ali um neoliberal, que ao menos se fizesse o ungido ajoelhar-se diante deste altar e retomar a cantilena do “corta e vende” da qual, desde Joaquim Levy, passou a ser a única política econômica “aceitável”, ainda que só produza a ruína a que estamos sendo levados, já quase se vai completar uma década.