sábado, 8 de abril de 2023
Regime fiscal: âncora ou calabouço?
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:
A julgarmos pelo entusiasmo com que o Ministro da Fazenda está tratando as propostas que o governo deverá apresentar ao Congresso Nacional ao longo dos próximos dias a respeito do regime fiscal, é recomendável adotar uma postura de muita cautela na avaliação das medidas.
As imensas dificuldades que o Presidente Lula iria encontrar na área da economia eram para lá de conhecidas antes mesmo das eleições de outubro. Havia algumas heranças malditas que vinham ainda da época de Temer & Meirelles, a exemplo da primeira versão da “reforma” trabalhista redutora de direitos e o famigerado teto de gastos, consubstanciado na Emenda Constitucional (EC) nº 95. Além disso, vieram depois as tragédias proporcionadas pela dupla Bolsonaro & Paulo Guedes, período em que foram aprofundadas as medidas que retiravam direitos dos trabalhadores, ampliou-se o número e os valores das privatizações, consolidou-se a independência do Banco Central (BC), deu-se continuidade à política de paridade de preços de importações (PPI) da Petrobrás e manteve-se o desemprego em níveis criminosos.
A julgarmos pelo entusiasmo com que o Ministro da Fazenda está tratando as propostas que o governo deverá apresentar ao Congresso Nacional ao longo dos próximos dias a respeito do regime fiscal, é recomendável adotar uma postura de muita cautela na avaliação das medidas.
As imensas dificuldades que o Presidente Lula iria encontrar na área da economia eram para lá de conhecidas antes mesmo das eleições de outubro. Havia algumas heranças malditas que vinham ainda da época de Temer & Meirelles, a exemplo da primeira versão da “reforma” trabalhista redutora de direitos e o famigerado teto de gastos, consubstanciado na Emenda Constitucional (EC) nº 95. Além disso, vieram depois as tragédias proporcionadas pela dupla Bolsonaro & Paulo Guedes, período em que foram aprofundadas as medidas que retiravam direitos dos trabalhadores, ampliou-se o número e os valores das privatizações, consolidou-se a independência do Banco Central (BC), deu-se continuidade à política de paridade de preços de importações (PPI) da Petrobrás e manteve-se o desemprego em níveis criminosos.
sexta-feira, 7 de abril de 2023
quinta-feira, 6 de abril de 2023
Roberto Campos avança plano de sabotagem
Charge: Jota Camelo |
Roberto Campos Neto é tão nefasto para o país quanto Bolsonaro. O presidente bolsonarista do Banco Central combate o governo Lula com impressionantes vilania e mau-caratismo.
Ao analisar o arcabouço fiscal proposto pelo ministro Haddad, Roberto Campos vendeu novas dificuldades para anunciar ainda mais dificuldades para o governo. Com isso, o tecnocrata das finanças avança o plano de sabotagem do governo por meio da recessão causada por juros altos.
Não se trata de defender o projeto fiscal proposto por Haddad, em relação ao qual inclusive existem significativas objeções na própria base do governo devido a algumas medidas austericidas que contém.
Mas é o caso de se destacar a contradição da postura do Roberto Campos a respeito da proposta de Haddad.
Ao analisar o arcabouço fiscal proposto pelo ministro Haddad, Roberto Campos vendeu novas dificuldades para anunciar ainda mais dificuldades para o governo. Com isso, o tecnocrata das finanças avança o plano de sabotagem do governo por meio da recessão causada por juros altos.
Não se trata de defender o projeto fiscal proposto por Haddad, em relação ao qual inclusive existem significativas objeções na própria base do governo devido a algumas medidas austericidas que contém.
Mas é o caso de se destacar a contradição da postura do Roberto Campos a respeito da proposta de Haddad.
Bolsonarismo disseminou ódio às escolas
Charge: Cacinho |
Não há como dissociar os reiterados ataques às escolas, algo que inexistia há poucos anos, da ascensão da extrema direita no Brasil.
A disseminação do discurso de ódio, da intolerância, do medo ao diferente, do culto às armas e à violência etc. tem relação com esses atos aparentemente aleatórios.
Mas não é apenas isso.
A ascensão do bolsonarismo também introduziu no país a desconfiança e até o ódio em relação às escolas e às universidades, entendidas como locais nos quais se disseminariam valores “comunistas” e “globalistas”, contrários à família, à fé cristã, à Pátria etc.
Condições indispensáveis para a luta sindical
Paris, 4 de abril. Foto: Hans Lucas/AFP |
A mídia grande e as redes sociais têm dado cobertura a uma onda de greves que se espraiou pela Europa e por outros países mobilizando os trabalhadores e revalorizando os sindicatos.
Na sequência de um rigoroso inverno europeu, com a disparada do custo de vida e dificuldades acrescidas pela guerra na Ucrânia, os movimentos grevistas reivindicatórios dos trabalhadores em transportes, em serviços e do funcionalismo público foram maciços e vitoriosos em muitos países, em alguns deles superando uma letargia de vários anos.
quarta-feira, 5 de abril de 2023
Qual o preço da governabilidade?
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil |
Nos dois pronunciamentos oficiais proferidos no dia de sua posse, no Congresso Nacional e, já presidente, no Palácio do Planalto, diante de uma multidão em estado de graça, Lula anunciou a divulgação de um dossiê sobre a situação em que encontrara o país. Algo antecipatório do que poderíamos esperar como pronunciamento oficial sobre o “estado da nação”. Nenhuma das duas expectativas, a anunciada e a desejada, todavia, se confirmou até aqui. Múltiplas podem ser as explicações, e a principal delas é certamente a tentativa de golpe de 8 de janeiro (que deve ser grafado doravante como “dia da infâmia”) e suas consequências, que ainda nos acompanharão por muito tempo, quando sabemos que a crise militar (de que a insurgência protofascista é irmã germana) está longe de ser enfrentada, o que significa que a insegurança institucional permanecerá como a marca nodal da república, que não se livra da maldição de seu nascimento: um golpe de Estado levado a cabo pela oficialidade do exército sediado na Corte, ponto de partida da curatela mantida até hoje pelos fardados sobre a sociedade civil.
Mais do mesmo. Até quando?
Charge: Fraga |
Não há um só mísero dia, um único, em que não apareçam novas e consistentes denúncias do que o país viveu ao longo dos últimos quatro anos.
Da mesma forma que não há um só mísero dia em que não se confirme que ninguém, absolutamente ninguém, que esteve ao lado de Jair Messias e seu bando familiar vale coisa alguma.
Tanto faz se a figura, a exemplo de Paulo Guedes, sumiu na poeira das ruas, ou se virou governador, senador ou deputado: jamais na história da República, nem mesmo na mais recente ditadura militar, se reuniu tanto lixo, tanta podridão, num só governo.
Daí a monotonia desses tempos: enquanto vemos os esforços e as dificuldades enfrentadas por Lula para reconstruir o país, não param de surgir novos indícios, quando não provas palpáveis, de tudo que é tipo de absurdo.
terça-feira, 4 de abril de 2023
Apesar da mídia, povo apoia Lula contra juros
Charge: Miguel Paiva |
A mídia rentista jurou que o presidente Lula só colheria desgastes com suas críticas à política de juros do Banco Central. Fanática do “deus-mercado”, ela defendeu a falsa “autonomia” do BC e tentou blindar o bolsonarista Roberto Campos Neto – o Bob Fields Neto – na chefia do órgão. A pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, porém, destruiu sua falsa narrativa: 80% dos entrevistados afirmaram que Lula está certíssimo ao pressionar pela queda dos juros e 71% concordaram que a taxa Selic é pornográfica e sabota a economia.
Isenção de pastores entra na mira da Receita
Charge: Johnny Brito |
Silas Malafaia, Valdemiro Santiago, R.R. Soares, Edir Macedo e outros mercadores da fé seguem usando os seus templos como palanques contra o agora presidente Lula – o que fica evidente na recente pesquisa Datafolha. Os motivos não são nada cristãos. Eles temem pelo futuro das suas igrejas, pela fortuna das suas seitas religiosas. Sabem que as mamatas garantidas nas trevas bolsonarianas podem chegar ao fim e, por isso, fazem pressão e chantagem.
Embratur virou cabide de emprego bolsonarista
Charge: Son Salvador |
Com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), o site Metrópoles revelou nesta segunda-feira (3) que a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) virou um cabide de emprego de fascistas durante o covil de Jair Bolsonaro. “Ela chegou a desembolsar R$ 327.297 mensais para arcar com os salários de 16 funcionários indicados por lideranças do bolsonarismo”.
Felizmente, a mamata da extrema-direita acabou. Todos os apadrinhados do “capetão” foram demitidos entre os dias 30 de dezembro de 2022 e 30 de janeiro deste ano pelo órgão agora presidido pelo ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ). A reportagem dá os nomes dos aspones defenestrados.
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