quarta-feira, 10 de maio de 2023

O Chile e nós

Gabriel Boric, presidente do Chile
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Não é tarefa simples entender a reviravolta chilena, cuja população em quatro anos fez um voo sem escalas da opção popular, democrática e de esquerda para o fascismo.

Estou convencido que se trata de um fenômeno complexo que desafia o observador mais atento da cena política do continente. Decerto deve-se a múltiplos fatores e será objeto de intenso debate.

Isto posto, vale um breve recuo no tempo: em 2019, as maiores manifestações populares da história do Chile acuaram o governo do direitista Sebastián Pinera, que se viu forçado a deixar de reprimir o movimento e convocar o processo constituinte.

Na sequência, os setores progressistas formam uma sólida maioria entre os constituintes eleitos e escrevem a carta mais avançada possível em termos sociais, democráticos, humanistas e civilizatórios.

Escravidão também era ato jurídico perfeito

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Por Jair de Souza


Em sua recente viagem a Londres, Lula voltou a se expressar de modo a desagradar profundamente a quase todos os órgãos de nossa mídia corporativa.

Uma das coisas que causou furor generalizado foi a resposta dada por Lula à instigante pergunta formulada por Sara Vivacqua, correspondente de DCM, sobre a perseguição desatada sobre o jornalista australiano Julian Assange, um dos criadores de WikiLeaks.

A insatisfação veio por Lula externar sem rodeios que se sentia indignado com a postura hipócrita de boa parte dos meios de comunicação e seus jornalistas que, embora se arvorem em campeões da defesa da liberdade de expressão, não têm feito nenhuma objeção à violenta perseguição que Assange vem sofrendo por parte das autoridades estadunidenses e daquelas dos países a eles submissos pelo fato de ele ter divulgado publicamente as brutais atrocidades que as forças imperialistas estavam realizando contra as populações locais nos territórios ocupados do Iraque.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Telegram comete novo crime. Ficará impune?

Por Altamiro Borges


O Telegram, o serviço de mensageria que virou um antro da extrema-direita, acaba de cometer mais um crime. Ele enviou nesta terça-feira (9) uma mensagem a seus usuários afirmando que o projeto de lei contra as fake news (PL-2630) vai “acabar com a liberdade de expressão” e “é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil”. Essa não é primeira vez que esta sinistra big tech sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, ataca os poderes públicos e a soberania nacional. Ela até já foi suspensa do ar, mas voltou a operar criminosamente. Será que seguirá impune por muito tempo?

Gilmar Mendes detona Moro: germe do fascismo

Charge: Duke
Por Altamiro Borges


A âncora do programa Roda Viva da TV Cultura, a lavajatista Vera Magalhães, não deve ter gostado muito das ácidas respostas do ministro Gilmar Mendes sobre a conduta criminosa de Sergio Moro, o ex-juizeco que virou ministro de Jair Bolsonaro. Ao ser questionado nesta segunda-feira (8) sobre a midiática Operação Lava-Jato, ele foi enfático:

“Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive as práticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Russo”.

A comunicação na batalha contra o fascismo

Foto: Elineudo Meira (Choquito)
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé:

Parte do 4º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo, ocorrido neste sábado (6), em São Paulo, Altamiro Borges, Paulo Salvador e Emílio Lopez discutiram financiamento das mídias independentes.

Apesar da vitória de Lula nas urnas em 2022, a esquerda e o próprio governo não têm vida fácil. As mídias alternativas, tampouco. A avaliação de Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, é de que só se vencerá a batalha contra o fascismo com investimento e estratégia na luta de ideias.

A decadência acelerada da mídia bolsonarista

Imagem da internet
Por André Cintra, no site Vermelho:

A vida sem Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto ficou difícil – e pode até se tornar inviável – para uma série de sites, plataformas e canais que aderiram de corpo e alma ao ex-presidente. Seja com a mudança na Presidência da República, seja com o cerco crescente do Judiciário às fake news, seja com a desmonetização de seus conteúdos, a mídia bolsonarista enfrenta uma decadência tão irreversível quanto acelerada.

Uma reportagem de Nicolas Iory para o blog Sonar – A Escuta das Redes, hospedado no site do jornal O Globo, detalha a dimensão da crise, que vai além da perda de verbas e de audiência. Muitos desses veículos tentam sobreviver à base de demissões, venda de assinaturas e camisetas, vaquinhas virtuais e até uma medida mais radical: a própria venda do canal.

Governo luta para retomar o controle do BC

Aliados são abandonados por Bolsonaro

PL das fake news e as manobras das big techs

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Carluxo Bolsonaro será preso antes do pai?

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


A situação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o detestado Carluxo Pitbull, está cada dia mais difícil. Ele pode ser preso antes até do próprio paizão, o ex-presidente fujão. A investigação que comprovou que seu chefe de gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Jorge Luiz Fernandes, abocanhou R$ 2,014 milhões de seis servidores reforçou a suspeita das “rachadinhas” praticadas pelo filhote 02 do “capetão”.

Ultradireita vence eleição no Chile

Derrota no Chile serve de alerta no Brasil

Rachadona: Carluxo sabota investigação da PF

Fake news e a regulação das plataformas

Dois novos nomes para o BC: farão diferença?

domingo, 7 de maio de 2023

Mídia periférica não é só notícia triste

Foto: Elineudo Meira (Choquito)
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé:


Do que a mídia periférica fala? De tudo! O recado é da Laís Diogo, que atua há seis anos no Periferia em Movimento, produtora de “jornalismo de quebrada”. “Falamos desde o Grajaú [zona sul de São Paulo], mas falamos do mundo inteiro a partir do Grajaú”, afirma a estudante de Serviço Social.

A ideia é endossada por Gisele Alexandre, jornalista, fundadora do podcast Manda Notícias e editora-chefe do jornal independente Espaço do Povo, localizado na favela do Paraisópolis, também na capital paulista.

Há conciliação com a Faria Lima?

Charge: Aziz
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Estou entre os críticos mais insistentes, mais renitentes da política de juros do Banco Central. Fora o presidente Lula, claro, que é hors concours. Ele tem feito críticas sempre pertinentes, quase sempre certeiras. Volto à carga hoje, acompanhando modestamente os esforços críticos do nosso Presidente.

O tema é vasto, mereceria um ensaio de 50 páginas, no mínimo. Vou tentar ser sintético. Começo com os apelos do ministro Haddad, que há algum tempo vem pedindo harmonia entre as políticas monetária e fiscal. Faz todo sentido. O termo mais usado na literatura é coordenação fiscal-monetária. Em todos os países razoavelmente organizados, mesmo um BC autônomo se vê obrigado a coordenar as suas ações com as do Tesouro. Isso significa não só a troca regular de informações entre as duas instâncias, mas o cuidado de levar em conta as ações da outra parte na definição e implementação das suas. Se há alguma prevalência, esta é das autoridades fiscais, que representam o governo eleito. Em alguns países, o Tesouro tem até mesmo representação formal nos comitês que definem a política monetária.

Falsificação de Bolsonaro repercute no mundo

Lula e as dificuldades da mídia alternativa

O Brasil evangélico e o novo governo Lula