segunda-feira, 12 de junho de 2023
Por que revogar o 'novo' ensino médio
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil |
Os primeiros meses do governo Lula mostram como será difícil reconstruir o Brasil. A frente ampla em defesa da democracia para vencer a eleição expressa limites para o avanço em políticas que apontem para um futuro estruturalmente melhor para a população, em especial os mais pobres.
Na educação, o exemplo é o Ensino Médio, cuja reformulação e implementação teve origem no governo Temer. O golpe parlamentar contra a presidenta Dilma legou ao país a profunda crise política em que ainda estamos enrascados e, no bojo, as heranças malditas do teto de gastos, da liberalização da terceirização, da precarização das relações de trabalho e do chamado “novo Ensino Médio”. O golpe visou fazer avançar estas contrarreformas de nítido sentido neoliberal e antipopular.
domingo, 11 de junho de 2023
Milton Neves e as demissões na Band
Foto: Reprodução/facebook |
Nos últimos dias, cresceu a boataria de uma nova onda de dispensas na Band. A coluna Tela Plana, da revista Veja, destacou no título que a “emissora enfrenta problemas de caixa e até telejornal de Datena sofre consequências”. A colunista Kelly Miyashiro “apurou que estão previstas demissões em massa, com a dispensa de aproximadamente 300 profissionais de diversas áreas da emissora, além de cortes de custos que já afetam os programas”.
Bolsonaro sabotou 80 hospitais nos estados
Foto: Reprodução/Redes Sociais |
Em matéria postada no site Metrópoles na sexta-feira (9), Guilherme Amado revela que “a decisão de Jair Bolsonaro de reduzir a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, em 2022, para diminuir sua impopularidade e aumentar suas chances nas eleições, tirou R$ 20,3 bilhões da arrecadação dos estados. O número equivale a 80 hospitais da mulher ou ao orçamento do governo Lula para obras neste ano”.
A falsa valentia do deputado golpista de Goiás
Charge: Genildo |
Os bolsonaristas adoram posar de valentões, mas no primeiro tranco eles se acovardam. Esse parece ser o caso do deputado estadual Amauri Ribeiro, do União Brasil de Goiás. Na terça-feira passada (6), ele rosnou da tribuna da Assembleia Legislativa que “deveria estar preso” por ter apoiado os atos golpistas do 8 de janeiro. Três dias depois, porém, sua defesa enviou petição ao Supremo Tribunal Federal implorando para que o farsante não fosse preso.
Acesso à internet estagnou com Bolsonaro
Exclusão digital/Desenho social |
Estudo divulgado em maio pelo Nic.br (Núcleo de Informação de Coordenação do Ponto BR) comprova que o acesso à internet no Brasil estagnou durante as trevas de Jair Bolsonaro. Após atingir um teto de 83% dos domicílios ligados em 2020, o nível de conectividade oscilou negativamente para 81% em 2021 e para 80% no ano passado. A falta de planejamento e investimentos do covil fascista e a pandemia da Covid-19 explicam essa preocupante estagnação.
Causas para queda na sindicalização
Fotografia: Arquivo/Força Sindical |
Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro é o de reverter a queda da densidade sindical, que decorre da menor taxa de sindicalização e da diminuição da cobertura sindical protetiva realizada por meio dos contratos coletivos de trabalho (acordos e convenções coletivas). Observa-se também esse fenômeno em vários outros países, onde é objeto de atenção e de iniciativas estratégicas das organizações sindicais que buscam revertê-lo.
sábado, 10 de junho de 2023
Lula quer rever a reforma trabalhista em 2023
Site da Editora Anita Garibaldi |
Como escreveu Umberto Martins no indispensável livro “O golpe do capital contra o trabalho”, publicado pela editora Anita Garibaldi, o impeachment criminoso da presidenta Dilma Rousseff em 2016 teve como um dos seus principais objetivos impor uma “deforma trabalhista” que retirou vários direitos dos assalariados e atacou duramente a sua organização sindical.
Já na campanha eleitoral do ano passado, o candidato Lula se comprometeu a rever essa brutal regressão. A cloaca burguesa e a sua mídia espernearam, mas o presidente eleito manteve o compromisso de classe e, segundo o ministro Luiz Marinho, do Trabalho, pretende iniciar esse processo de mudança ainda neste ano. O tema deve agitar o país.
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Há forças poderosas por trás da Lava-Jato
Charge: Jônatas |
A recente divulgação feita pelo portal GGN de áudios da chamada Operação Spoofing e a vinda a público através de Brasil 247 do vídeo com o depoimento do empresário Tony Garcia à juíza Gabriela Hardt levaram pânico aos integrantes da quadrilha de bandidos conhecida como Operação Lava Jato.
Com estas revelações, fica mais do que evidente que a tal “República de Curitiba” tem mais a ver com uma máfia de criminosos vinculados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Federal. A maneira descarada e abusada com que essa corja de malfeitores praticava seus crimes é realmente estarrecedora. Estamos diante de um estilo de atuação criminosa que, ao compará-la com aquela da organização mafiosa estadunidense liderada por Al Capone, nos obriga a considerar a esta como um bando de principiantes e amadores na atividade criminosa.
Por uma Comissão da Verdade da Lava-Jato
Charge: Latuff |
Respondendo a uma pergunta do apresentador Gustavo Conde em programa de entrevista do portal Brasil 247 [8/6], discordei da hipótese de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as graves denúncias sobre a Lava Jato.
Não porque a CPI não poderia eventualmente cumprir um papel relevante na elucidação desse escândalo que manchou o judiciário e o sistema político brasileiro, mas porque a Comissão Parlamentar pode ser contraproducente devido ao risco de espetacularização das investigações.
Além disso, e mais importante, porque é preciso ir além no encontro de contas com a verdade; trata-se de um imperativo histórico de outra natureza. É preciso avançarmos na perspectiva de um processo de memória, verdade, justiça e reparação.
Não porque a CPI não poderia eventualmente cumprir um papel relevante na elucidação desse escândalo que manchou o judiciário e o sistema político brasileiro, mas porque a Comissão Parlamentar pode ser contraproducente devido ao risco de espetacularização das investigações.
Além disso, e mais importante, porque é preciso ir além no encontro de contas com a verdade; trata-se de um imperativo histórico de outra natureza. É preciso avançarmos na perspectiva de um processo de memória, verdade, justiça e reparação.
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