segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Lancellotti, cristão exemplar

Ilustração: CrisVector
Por Frei Betto, em seu site:


Um vereador de São Paulo, diplomado em ódio e a cata de votos neste ano eleitoral, decidiu abrir uma CPI para investigar o padre Júlio Lancellotti, que trabalha há anos com o povo da rua. Acuado pela repercussão na mídia e tantas manifestações de apoio ao sacerdote, o vereador alega que seu objetivo é investigar as ONGs que atuam junto aos que se aglomeram na Cracolândia, no centro de São Paulo.

Desconfio que o vereador deu um tiro no pé. Responsável pela Pastoral do Povo da Rua, Lancellotti recebeu, frente às acusações descabidas, apoio do cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, e de inúmeras personalidades do Brasil e do exterior. Aliás, o líder do partido do vereador na Câmara Municipal, Fábio Riva, declarou que a convocação do padre “extrapola” o pedido inicial.

O golpe de 8 de janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por José Dirceu, no site A terra é redonda:

O caminho para a construção do golpe de 8 de janeiro começou com o suporte das Forças Armadas ao golpe jurídico-parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff e foi pavimentado pelo apoio dos militares à eleição de Jair Bolsonaro em 2018, pela forte presença em seu governo autoritário e negacionista, e pela conivência dos chefes militares com os acampamentos em frente aos quartéis após a eleição de Lula.

Podemos afirmar, sem nenhuma dúvida, que o golpe de 8 de janeiro foi uma consequência natural do ciclo que se abriu com a volta dos militares à politica, uma vocação histórica não resolvida na transição democrática e na Constituinte de 1988. O ovo da serpente manteve-se preservado dentro da instituição militar uma vez que os militares não foram julgados e responsabilizados nem pelo golpe de 1964, nem pelos crimes e violações dos direitos humanos cometidos em nome do Estado durante a ditadura por eles comandada.

Ilusões de uma democracia “inabalada”

Charge: Fredy Varela
Por Jeferson Miola, em seu blog:

De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, o adjetivo inabalado significa: “que não está abalado; firme, seguro”.

Soa um tanto demasiado, portanto, rememorar-se o primeiro aniversário do 8 de janeiro como o triunfo de uma democracia “inabalada”; de uma democracia segura, firme. A democracia não está segura; não pelo menos ante ameaças consideráveis e tentativas constantes de fraturas democráticas.

Há uma estabilidade precária. A qualquer descuido, a situação política e institucional do Brasil pode ficar de cabeça para baixo; de pernas para o alto.

Esta é a realidade neste contexto de polarização intensa e de “empate ideológico” entre a esquerda e a extrema-direita tanto de caráter fascista como não-fascista.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

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