É inegável que houve uma mudança significativa no tradicional posicionamento de Lula com relação aos que costumavam ser seus mais próximos aliados na América Latina.
O que acabamos de mencionar fica bem evidenciado nos recentes atritos em que tivemos as expulsões mútuas dos embaixadores do Brasil e da Nicarágua e, ainda mais, com a postura do governo brasileiro de questionar os resultados eleitorais promulgados pelas autoridades competentes da Venezuela.
De repente, os responsáveis por nossa diplomacia decidiram pôr em dúvida as prerrogativas dos entes judiciais do país vizinho e passaram a sugerir que o candidato oficialmente sagrado vencedor (o atual presidente Nicolás Maduro) aceitasse submeter-se a um novo escrutínio, ou, alternativamente, que entrasse em conchavo com o segundo colocado (o extremista de direita Gonzáles Urrutia) para que fizessem um governo conjunto.