Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A crise tem sido um terreno fértil para as estrepolias hediondas de figuras das quais se podia esperar quase tudo, como Aécio, Serra, Aloysio, Eduardo Cunha.
Com o aumento de volume da histeria, especialmente na manifestação de 15 de março, um personagem vem sobrando ainda mais na paisagem: Ronaldo Caiado.
Se Aécio, que alguém já definiu como “O Probo” (rsss), abusa de seus recursos histriônicos para falar em cassação de partidos corruptos - o PSDB fica de fora? - e outras balelas, Caiado consegue ser um pouco mais leviano, como gosta o colega do PSDB.
No dia do protesto antiDilma, o senador do DEM por Goiás apareceu na Avenida Paulista com uma camiseta amarela com o slogan “Basta!” e a estampa de uma mão esquerda com quatro dedos suja de petróleo.
A alusão infame à deficiência de Lula é uma espécie de salvo conduto, uma legitimação da cafajestagem, da falta de limites que tem caracterizado esse pessoal. Não só ele, mas toda a sua família estava uniformizada daquela maneira, como se fosse algo totalmente normal. (Alguém sugeriu nas redes sociais que ele fizesse uma série: a segunda com meia perna do Roberto Carlos e daí por diante).
Quer dizer, não é normal para um ser humano, mas o Lula não se encaixa na categoria. Vindo de um médico ortopedista seria ainda mais chocante, não se tratasse de Ronaldo Caiado. Em sua cavalgada, ele não se vexa em compartilhar vídeos e “denúncias” dos Revoltados On Line.
Na sexta (20), foi para cima do governador goiano Marconi Perillo, seu arqui-inimigo, por causa dos elogios deste a Dilma em visita ao estado. “Se diz estadista, republicano e não oposição. Quer dizer que ele acha o PSDB golpista? Para finalizar, oportunista é o único adjetivo que veste Marconi. Assim como todo político corrupto”, disse.
Ninguém pode acusá-lo, porém, de incoerência. Se os tucanos foram gradativa e firmemente para a direita, Caiado sempre esteve lá, bonitinho. Ficou conhecido no fim dos anos 80 como o grande nome da UDR, a União Democrática Ruralista. Elegeu-se deputado federal pela primeira vez no ano seguinte e então filou-se ao PFL. Em outubro, levou 1,28 milhão de votos.
Em 1989, chegou a disputar a eleição presidencial pelo extinto nanico PSD, quando amealhou 0,68% dos votos. Aparecia na televisão de chapéu, montado num cavalo branco. Desfilou dessa maneira ridícula em Brasília. “Meus inimigos eram… o Lula”, afirma ele, que apoiou Collor e votou contra o impeachment.
Bem, seus adversários ainda são… o Lula. Aos 65 anos, Caiado é a prova viva e contumaz de que a sabedoria não vem com os anos, mas o rancor e a falta de decoro e civilidade podem aumentar exponencialmente, a ponto de o sujeito se vestir com isso e sair por aí.
Com o aumento de volume da histeria, especialmente na manifestação de 15 de março, um personagem vem sobrando ainda mais na paisagem: Ronaldo Caiado.
Se Aécio, que alguém já definiu como “O Probo” (rsss), abusa de seus recursos histriônicos para falar em cassação de partidos corruptos - o PSDB fica de fora? - e outras balelas, Caiado consegue ser um pouco mais leviano, como gosta o colega do PSDB.
No dia do protesto antiDilma, o senador do DEM por Goiás apareceu na Avenida Paulista com uma camiseta amarela com o slogan “Basta!” e a estampa de uma mão esquerda com quatro dedos suja de petróleo.
A alusão infame à deficiência de Lula é uma espécie de salvo conduto, uma legitimação da cafajestagem, da falta de limites que tem caracterizado esse pessoal. Não só ele, mas toda a sua família estava uniformizada daquela maneira, como se fosse algo totalmente normal. (Alguém sugeriu nas redes sociais que ele fizesse uma série: a segunda com meia perna do Roberto Carlos e daí por diante).
Quer dizer, não é normal para um ser humano, mas o Lula não se encaixa na categoria. Vindo de um médico ortopedista seria ainda mais chocante, não se tratasse de Ronaldo Caiado. Em sua cavalgada, ele não se vexa em compartilhar vídeos e “denúncias” dos Revoltados On Line.
Na sexta (20), foi para cima do governador goiano Marconi Perillo, seu arqui-inimigo, por causa dos elogios deste a Dilma em visita ao estado. “Se diz estadista, republicano e não oposição. Quer dizer que ele acha o PSDB golpista? Para finalizar, oportunista é o único adjetivo que veste Marconi. Assim como todo político corrupto”, disse.
Ninguém pode acusá-lo, porém, de incoerência. Se os tucanos foram gradativa e firmemente para a direita, Caiado sempre esteve lá, bonitinho. Ficou conhecido no fim dos anos 80 como o grande nome da UDR, a União Democrática Ruralista. Elegeu-se deputado federal pela primeira vez no ano seguinte e então filou-se ao PFL. Em outubro, levou 1,28 milhão de votos.
Em 1989, chegou a disputar a eleição presidencial pelo extinto nanico PSD, quando amealhou 0,68% dos votos. Aparecia na televisão de chapéu, montado num cavalo branco. Desfilou dessa maneira ridícula em Brasília. “Meus inimigos eram… o Lula”, afirma ele, que apoiou Collor e votou contra o impeachment.
Bem, seus adversários ainda são… o Lula. Aos 65 anos, Caiado é a prova viva e contumaz de que a sabedoria não vem com os anos, mas o rancor e a falta de decoro e civilidade podem aumentar exponencialmente, a ponto de o sujeito se vestir com isso e sair por aí.
2 comentários:
Foi este bandido que queria esterelisar as nordestinas para não tem tantos filhos.
é um imbecil, simples assim.
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