Reproduzo matéria de José Augusto, publicada no blog "Os amigos do presidente Lula":
A cantora Maria Bethânia teve um projeto cultural aprovado pela Lei Rouanet, no Ministério da Cultura, que a autoriza a captar R$ 1,3 milhão em deduções do imposto de renda das empresas para produzir 365 vídeos declamando poesias, e veicular na internet em um blog.
A Lei Rouanet precisa mudar e sua aplicação também em alguns casos. A política cultural de fomento, como regra, deveria privilegiar muitos projetos culturais baratos, ou que empregue muita gente, em vez de concentrar altos valores em poucos artistas consagrados como Maria Bethânia. Não cabe esse tipo mecenato com características de concentração de renda para gente consagrada, outros com pistolão em empresas privadas, outros com projetos comerciais, disputando dinheiro dos impostos do povo sofrido.
Mas o assunto não envolve só Maria Bethânia.
Todos nós temos o direito de questionar esse valor para esse projeto da Bethânia, menos o blogueiro de "O Globo", Ricardo José Delgado (Noblat), que anda zoando do caso, tendo um enorme telhado de vidro na família.
O filho do blogueiro, André Scatrut Noblat, é vocalista da banda de rock Trampa, de Brasília, e também arrancou R$ 954 mil dos cofres públicos, através desta mesma Lei Rouanet, para "realizar concertos da banda de rock com uma orquestra sinfônica...".
O "talento do prodígio" comoveu a Vale S.A., que achou mais importante aplicar quase R$ 1 milhão no patrocínio à banda de rock, do que recolher este dinheiro aos cofres públicos na forma de impostos que iriam para saúde, educação, segurança pública, erradicação da pobreza, etc.
Foram R$ 154 mil, na primeira tacada, e R$ 800 mil na segunda tacada.
Além da Vale, o Grupo Brasal (da família do ex-deputado do Demos Osorio Adriano) contribuiu com R$ 10 mil de impostos que deixaram de ser recolhidos para virar patrocínio.
A cantora Maria Bethânia teve um projeto cultural aprovado pela Lei Rouanet, no Ministério da Cultura, que a autoriza a captar R$ 1,3 milhão em deduções do imposto de renda das empresas para produzir 365 vídeos declamando poesias, e veicular na internet em um blog.
A Lei Rouanet precisa mudar e sua aplicação também em alguns casos. A política cultural de fomento, como regra, deveria privilegiar muitos projetos culturais baratos, ou que empregue muita gente, em vez de concentrar altos valores em poucos artistas consagrados como Maria Bethânia. Não cabe esse tipo mecenato com características de concentração de renda para gente consagrada, outros com pistolão em empresas privadas, outros com projetos comerciais, disputando dinheiro dos impostos do povo sofrido.
Mas o assunto não envolve só Maria Bethânia.
Todos nós temos o direito de questionar esse valor para esse projeto da Bethânia, menos o blogueiro de "O Globo", Ricardo José Delgado (Noblat), que anda zoando do caso, tendo um enorme telhado de vidro na família.
O filho do blogueiro, André Scatrut Noblat, é vocalista da banda de rock Trampa, de Brasília, e também arrancou R$ 954 mil dos cofres públicos, através desta mesma Lei Rouanet, para "realizar concertos da banda de rock com uma orquestra sinfônica...".
O "talento do prodígio" comoveu a Vale S.A., que achou mais importante aplicar quase R$ 1 milhão no patrocínio à banda de rock, do que recolher este dinheiro aos cofres públicos na forma de impostos que iriam para saúde, educação, segurança pública, erradicação da pobreza, etc.
Foram R$ 154 mil, na primeira tacada, e R$ 800 mil na segunda tacada.
Além da Vale, o Grupo Brasal (da família do ex-deputado do Demos Osorio Adriano) contribuiu com R$ 10 mil de impostos que deixaram de ser recolhidos para virar patrocínio.
3 comentários:
Sem querer ofender mas voces querem comparar a infraestrutura de um show com o aparato da orquestra sinfonica com a criação de um blog?
Caro Miro... agradeceria a divulgação deste texto...
Com toda essa polêmica sobre a Lei Rounet e a utilização irresponsável do meu nome e o da minha banda, resolvi me manifestar.
Primeiro: sou a favor da Lei Rounet. Mas acho que deve ser reformulada para dar mais chances a iniciativas culturais que estejam fora do eixo tradicional, fora do mainstream, fora do óbvio e fora das regiões mais ricas do país.
Esse é o caso do projeto Trampa Sinfônica, idealizado pelo maestro Silvio Barbato e executado em Brasília em 2008.
Eu acho muito complicado o fato de que o juiz de quais as prioridades culturais acabam sendo as empresas privadas. Desde quando é que a Vale ou a Globo têm competência para julgar políticas culturais? Eles têm é que pagar imposto de Renda e pronto. Eu sou contra a lei Rouanet de ponta a ponta. Tinha que acabar com ela e fazer uma política cultural séria e democrática, discutida de tempos em tempos com a população local, em ações locais, como a gente bem sabe que é possível...por que esse negócio de empresas decidirem isso... são elas - as empresas - mesmas que dizem que isso é democrático, por que eu, tu, ele, que somos povo não temos voto nenhum na política cultural nem da Coca Cola nem da Pepsi.
Super abração, Miro, continuo sempre sua fã.
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