quinta-feira, 3 de março de 2011

Serra abandona gravação da Hebe

Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:

Deu no IG: Serra abandona gravação do programa de Hebe.

A informação é do “Poder Online”, mantido pelos jornalistas Jorge Félix e Tales Faria

“Os políticos lotaram a plateia de Hebe Camargo na gravação de seu primeiro programa na Rede TV!. A estrela da noite, claro, foi a presidenta Dilma Rousseff.

Em todos os blocos, Hebe referiu-se a Dilma, que falou muito de sua rotina no Palácio da Alvorada (por meio de video, em entrevista pré-gravada).

Numas das principais mesas de jantar (a plateia para 500 convidados foi montada ao estilo do prêmio americano Globo de Ouro) estava o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com dona Lu, e o ex-governador José Serra, com dona Mônica, e em outra mesa, um pouco mais ao lado, o ex-ministro José Dirceu.

Hebe:

- Olha ali o Zé Dirceu, que bom que você veio. E o Serra está bem ali ao lado dele.

Não era. Era outro careca.

Quando Hebe citou Dilma pela enéssima vez, Serra levantou-se e foi embora. Eram pouco mais de 21h30 e ainda faltava quase uma hora de gravação.

O programa vai ao ar dia 15.”

*****

Volto eu.

O fato é mais uma prova de que Serra não se dá bem nas situações em que é contrariado. Aliás, o que havia de especial no fato de Hebe fazer referências seguidas a Dilma? Serra queria o que?

Ou ficou chateado por ter sido confundido com outro careca?

Ou estava com sono? Mas ele só dorme depois de 3 da manhã, dizem os assessores…

Ah, ele ficou com inveja porque a Hebe não o convidou para fazer omelete… Nem deu um selinho no tucano.

Isso passa.

A seguir, o texto do “VioMundo” que lembra como Serra reagiu a perguntas duras, durante uma entrevista na última campanha eleitoral…

*****

Áudio divulgado pelo Terra, gravado pela repórter Priscila Tieppo, do momento em que o candidato José Serra discutiu com a entrevistadora Márcia Peltier, no intervalo de uma gravação do Programa Jogo do Poder, da CNT: A discussão foi travada entre o primeiro e o segundo blocos do programa, ou seja, está gravada em alguma fita da emissora mas tudo indica que a CNT não vai colocar no ar (em geral esses momentos de intervalo são considerados off the records, mas se fosse a Dilma as imagens certamente seriam recuperadas e passariam no Jornal Nacional):

Serra: Todo mundo que entra na jogada do PT e do governo ou quer apresentar méritos nesse sentido. Porque… O fato é o seguinte. Eu estou reiterando um crime…

Márcia: Que não era durante o período eleitoral, antes da candidatura.

Serra: E daí, que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui, precioso, em vez de falar de programa de governo, para vocês repetirem os argumentos do PT, que vocês sabem que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui, eu só acho isso…

Márcia: A gente tem de fazer…

Serra: Eu vim aqui numa correria tremenda. Pega a candidata do PT… ela vem aqui?

Márcia:Virá aqui.

Serra: Então, então pergunta pra ela.

Márcia: Vamos perguntar pra ela também, candidato.

Serra: Eram eles que estavam faturando.

Márcia: Vamos perguntar pra ela também. Nós vamos agora voltar e agora vamos falar sobre programa.

Serra: Não, não vou dar essa entrevista, você desculpa.

Márcia: Por que candidato?

Serra: Porque não?

Márcia: Vamos fazer, só que agora falando do programa.

Serra: Não, faz-de-conta que eu não vim.

Márcia: Por que?

Serra: Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério.

Márcia: Como não é um troço sério? Vamos conversar.

Serra: Então apaga.

Márcia: O que é que o sr. quer que apague?

Serra: A televisão.

Márcia: Ah, o sr. quer que apague a televisão?

Serra: Nós vamos conversar nessa base, porque isso aqui tá um programa montado.

Márcia: Montado pra quem? Não tem montação, não tem montagem. Apaga aí por favor, gente. Olha só, deixa eu te falar uma coisa. A gente aqui… a gente aqui não tá fazendo um programa…

Serra: Não é o que me disseram. O que me disseram é que eu ia falar de política e de economia.

Márcia: O primeiro bloco era só isso… Candidato, mas esse era o primeiro bloco. Vai ter… vai ter… vão ter mais três blocos, candidato, três blocos.

Serra: Tudo pergunta óbvia, você sabe o que é pergunta óbvia? Que você sabe o que é que o candidato vai responder. Você vai falar de pesquisa, isso aquilo, etc., você acha que dá para ganhar? O que é que o candidato vai dizer?

Márcia: Mas pensa bem, candidato, pensa bem…

5 comentários:

Tiago Aguiar disse...

Conselhos do além para José Serra

Para muitos a morte é o grilhão e freio dos instintos mais humanos dos vivos, o peso do julgamento final persegue o crente conforme a fé e o humor do padre na hora da confissão e da expiação dos pecados. Para outros é a libertação e a glória de ascensão aos céus, ida tranqüila para um mundo sem dor, com campos de trigo, flores e mel em abundância. Para os comunistas tanto e sempre odiados pelo personagem da historíola aqui contada, o momento fatal é o fim de tudo, a inexistência da alma seria a verdadeira liberdade para quem só tinha a vida para sonhar com um paraíso.

Para o eterno Machado de Assis, foi um instrumento para as mais radicais experimentações na prosa que um autor brasileiro fez até o seu momento. Apresentou a vida inútil de Brás Cubas, um defunto que em reflexões compõe um romance agressivo e de fina ironia. É possível afirmar que este romance psicológico fez a literatura brasileira alcançar a maioridade. Nas memórias póstumas de Brás Cubas, o importante não são os fatos em si, mas a forma como se vêem e sentem as circunstâncias vividas pelos personagens, enfatizando a caracterização interior dos personagens, suas incoerências e problemáticas existenciais.

A cada dia que passa, José Serra está cada vez mais solitário, sem sufrágio, aliados, fadado a ter um fracassado número de apoiadores. O termo “cristianizado” remete à história política de um homem com trajetória e caminho percorrido mostrando o total abandono por todos os partidários a seu redor, com desfecho em uma derrota imensa para um dos maiores líderes políticos que o Brasil já teve, Getúlio Vargas.

Cristiano Machado tinha em comum a José Serra um desejo imponderável pelo cargo de Presidente da República. Em sua cólera, o político mineiro acreditou em sua vitória e como um trator ignorou todos os seus aliados, e contribuiu em todas as suas práticas para que a vitória de Getúlio fosse plena e simples. Em imaginário bastante lúdico, tendo em vista a condição de descrença religiosa deste que escreve, quais as memórias póstumas que o espírito desencarnado Cristiano Machado compartilharia a José Serra em uma carta psicografada?


http://tiagoaaguiar.blogspot.com/2011/02/conselhos-do-alem-para-jose-serra.html

Saudações fraternas, Miro

Tania Lopes disse...

Desculpe, mas quem fica bem quando está sendo contrariado?
Beijo

Marcos disse...

Sou um derrotado! Ó vida, ó dor!
Como dói a dor de cotovelo! Ai ai ai ai ai aia i ui ui

Anônimo disse...

Serra deve ter ficado com medo do fim da festa, vá que alguém resolve comemorar atirando bolinhas de papel e uma o acerte em sua já traumatizada careca, e tenha que fazer outra vez, aquela tomografia computadorizada e ainda tenha que ficar oito dias de repouso, nunca se sabe. Ele já teve que gastar R$4.700,00 por uma tomografia, quando o acertaram com uma bolinha de papel. Essa mesma sorte a popução de São Páulo não tem, hoje existe uma fila de dois anos em que centenas e milhares de paulistas que aguardam por uma tomografia que custa apenas R$150,00.

Sem falar que Serra nunca fica até o fim no mesmo lugar, na prefeitura ele saiu antes do Fim, no Senado nem foi lá, não foi um dia, no governo largou o palácio dos bandeirantes e caiu em busca da presidencia, não ia ser no programa da Hebe que ele ficaria até o final.

Cátia Lins disse...

Gente, Serra não abandonou o programa por ouvir o nome da Dilma, ele apenas antecipou a sua ida, ficou com medo de pegar as enchentes e enxurradas do centro da cidade de São Paulo, ele ficou com medo de ter quje subir no teto de seu carro com a D.Mônica e aguardar o socorro dos helicópteros dos bombeiros, afinal um grupo de irresponsáveis estão no poder ha 17 anos e nada fizeram pela cidade em que o Serra mora.
Afinal, ele foi a festa da Hebe de carro, quando o certo seria ir de canoa, vacilo de seu motorista, aquele irresponsável, tirou o carro em vez do barco.